31 de julho de 2008

E assim se descobrem as verdades...

Esta noite, enquanto dormia profundamente, o meu marido balbuciou estas palavras: "Estou cansado... de ver lojas de roupa de bebé...".
(ops! Parece que vou ter de reduzir as minhas ídas à Modalfa...)

Testemunho

Acho tão bonita a forma como Deus se revela às pessoas. Podemos ensinar-lhes muitas coisas acerca do Senhor, mas a experiência que cada pessoa vai tendo no seu dia-a-dia com Deus é que faz a diferença. E é curioso constatar que Deus não tem uma “chapa 5” que aplica a toda a gente. Nada disso. Ele vai-se revelando de formas diferentes a cada um.
Há dias, uma recém-convertida contava-me que, este ano, o negócio da sua hospedaria estava fraquinho. Entretanto, quando soube que iríamos receber irmãos de outras ilhas para a Assembleia da ABA, sentiu um desejo muito grande de oferecer os quartos da hospedaria para alojar alguns desses irmãos. Ofereceu-os todos, menos um que estava ocupado, durante 4 dias. Assim que se comprometeu a oferecer os quartos, começaram a aparecer pessoas para ficar na hospedaria. E isto foi a tal ponto que quase não conseguia ter os quartos limpos a tempo, pois os hóspedes só os desocuparam pouco tempo antes de chegarem os irmãos para a ABA. Mas esta história não ficou por aqui. Ainda antes de se iniciar a ABA, começaram a chover telefonemas com reservas de grupos e, de repente, aquela irmã ficou com a hospedaria reservada até ao final do Verão. Ela contava-me esta experiência emocionadíssima, louvando ao Senhor. Esta mulher percebeu o quanto Deus a ama e está interessado em cuidar da sua vida.
E ao ouvir este testemunho, fiquei ainda mais deslumbrada com o Deus de Amor.
Vale a pena ter o Senhor na nossa vida. Vale mesmo.

Uma casa no Céu

O meu filho está convicto de que os avós têm uma casa no céu e eu até consigo compreender porquê. Quando os avós o visitam, chegam num avião e quando vão embora, partem noutro. Já lhe tentei explicar que o avião segue até Lisboa e que não fica parado no céu, mas ele não acredita em mim. O avô e avó têm uma casa no céu e pronto. Acabo sempre por desistir de o tentar demover e acho piada à certeza com que ele defende a sua ideia. Na verdade, ele até tem razão. Felizmente, os avós têm mesmo uma casa no Céu. Uma casa que lhes foi oferecida por Jesus. Está lá guardada.
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.” (João 14:2)

29 de julho de 2008

O regresso da laranja mecânica

E em pleno verão, a dream team açoriana regressa em força, desta vez sem meias nem chuteiras. A equipa da Igreja Evangélica Baptista da Horta está agora a dar cartas no campeonato de futebol de praia (e praia de areia preta), com um guarda redes que defende penalties e um pastor ponta de lança. As outras equipas já se vão habituando ao facto de existir uma equipa da igreja baptista nos campeonatos. Muitos conhecimentos têm sido feitos. O relacionamento entre os homens da igreja tem sido fortalecido. Ainda não vai ser desta que vão trazer a taça, mas há-de chegar o dia!

Confessionário

Sei que é feio sentir ciúmes, mas quando vou ao Flickr e vejo aquelas maravilhosas fotos de família (os primos todos juntos, os avós com os netos, etc) que as minhas amigas lá colocam, sinto tanta, mas tanta pena de estar longe da minha família…
É este o penoso preço que pagamos. É este o preço.

26 de julho de 2008

Aqui está ela...

...a vinha da igreja.
(Adolecentes a comer uvas - doces como mel)

25 de julho de 2008

ABA

No fim-de-semana passado, a nossa igreja foi a anfitriã da 28ª Assembleia-geral da Associação Baptista Açoriana (para quem não conhece, a ABA é como a Convenção Baptista, mas de dimensão regional e com sotaque açoriano). Admiro muito a Igreja da Horta pela coragem que teve para abrir as suas humildes portas a um evento desta dimensão e pelo trabalho que desenvolveu para receber os irmãos das outras ilhas.Nos dias que antecederam a Assembleia, os irmãos trabalharam até altas horas da noite. Homens, mulheres, adolescentes, alguns de muletas e até de cadeira de rodas, todos deram o seu contributo para deixar as instalações da igreja um brinco. Uns pintaram as portas da fachada, outros limparam o quintal e a vinha da igreja, outros conduziram a camioneta que levava as ervas e os lixos do quintal, outros ofertaram mobílias para os quartos do 2º piso, outros colocaram cortinas, outros prepararam as ementas das refeições e fizeram compras, outros cozinharam (e bem) outros decoraram a montra da igreja, outros limparam, aspiraram, os adolescentes ensaiaram vezes a fio as mímicas que iriam apresentar, outros ofereceram as suas casas para receber pessoas, outros disponibilizaram carros para transportar pessoas. Deu gosto ver o empenho e a alegria com que a igreja fez tudo isto. Simplesmente, porque amam o Senhor.
Durante 3 dias, recebemos os nossos irmãos das outras ilhas e fomos abençoados com a presença do Pastor Jónatas Figueiredo, orador convidado, que nos trouxe mensagens do Senhor profundamente tocantes e desafiadoras. Tivemos também a honra de receber a visita do Pastor Abel Pêgo, Presidente da Convenção Baptista. Nesta Assembleia, foi eleito o novo Presidente da ABA, desta vez, uma mulher: a irmã Délia Silva, da Terceira. Os cultos tiveram sempre casa cheia, com várias pessoas de pé e visitantes. Um dos momentos altos foi, sem dúvida, o do testemunho de um irmão da Ilha Graciosa, lugar onde já existe um grupo de novos convertidos, nove deles já baptizados. Foi um tempo muito edificante pelo qual damos muitas graças a Deus. Saímos todos desta Assembleia muito mais fortalecidos e animados para continuar o nosso "bom combate".

24 de julho de 2008

Glup

Quando encontro o quarto dele neste estado, tendo-o eu arrumado momentos antes, vêm-me logo à memória as sábias palavras do meu saudoso avô Manuel: "Para quê fazer a cama se logo à noite vou-me deitar outra vez?" (Tinhas toda a razão, avô)

Delicioso

No dia em que regressei ao trabalho, enquanto me despedia dos meus filhos, à porta de casa da ama, com o coração completamente despedaçado, o meu filho, do alto dos seus dois anos e meio, diz-me com um ar muito seguro de si: “Mamã, vai trabalhar que eu cuido da mana!”

20 de julho de 2008

No mundo tereis aflições

Nesta vida passamos por situações muito difíceis. Algumas são mesmo profundamente difíceis e dolorosas. Como esta que vivo hoje, dia em que vou ter de regressar ao trabalho, um mês e três semanas depois da minha filha ter nascido.

13 de julho de 2008

A 1ª pescaria

O nosso filho já estreou a cana de pesca. E que estreia! Pescou dois peixes na primeira ída à pesca. Temos pescador! Ainda não foi desta que pescou "um tubarão com batatas", como pretendia. Mas, por este andar, ainda lá vai chegar!

Festa no Céu

A Igreja da Horta tem dois novos membros. Pessoas que, no passado, já se tinham decidido por Cristo e que, por isso, já foram motivo para que tenha havido "festa no Céu". Entretanto, ao longo das suas vidas, seguiram rumos que as afastaram do Caminho. Hoje, estão novamente no seio da igreja. As suas vidas têm vindo a ser visivelmente transformadas e moldadas pelo Senhor. É uma alegria para toda a igreja receber mais estas duas vidas. E, no Céu, a festa continua.

O circo veio à ilha

A vinda de um circo à ilha tem um impacto que já não se conhece no Continente. Lembro-me de, em tempos, viver esse entusiasmo quando o circo ía à minha terra. Aqui ainda é assim. Como não temos muita oferta de eventos lúdicos, em especial nas ilhas mais pequenas, a adesão das pessoas acaba por ser bastante razoável. Ainda assim, o investimento que representa empacotar um circo (ainda que não venha completo) e enviá-lo num barco até uma ilha no meio do Atlântico (sem apoios externos, segundo afirmam) acaba por não justificar tão dispendiosa deslocação. Este mês esteve cá o "Circo Dallas". Este circo já não vinha aos Açores há 16 anos. Trapezistas, malabaristas e números com leões, pombas, camelos, poneys e cães fizeram as delícias das crianças da ilha. O meu filho, pelo menos, ruge como um leão desde esse dia. Quando é que outro circo irá aventurar-se a vir à ilha? Não sabemos.

10 de julho de 2008

Mãos cheias...

...de presentes de Deus.

Pastor Pedro

Ando há algum tempo para escrever este post, mas nem tenho tido coragem para o fazer. É sobre algo que ainda não acredito muito bem que esteja a acontecer. Mas está. O nosso querido amigo Pastor Pedro, irmão do Natanael, encontra-se em coma. Conhecêmo-lo em Setembro passado, no dia em que o Natanael partiu para o Senhor. Tivemos o privilégio de o hospedar em nossa casa e de gozar da sua companhia. Amámo-lo desde o primeiro momento. É uma pessoa extraordinária. Um homem de Deus, com um coração cheio de amor pela obra do Senhor. Manso, muito humilde. A nossa família e toda a igreja está muito consternada com o sucedido. Sei que a sua família costuma passar por aqui de vez em quando. Saibam que estamos aqui todos a orar, com perseverança, pelo Pastor Pedro. Um abraço carinhoso para toda a família.

8 de julho de 2008

A prenda mais desejada

Uma cana de pesca "vedadéra" (verdadeira)

Menina

Sete - continuação

E no dia em que completei sete anos que acabei o curso, o meu irmão Gustavo estava na Faculdade de Psicologia de Coimbra a defender a sua tese de mestrado. Dezoito valores, foi a brilhante nota que arrecadou. Nem tenho palavras para descrever a alegria que sinto... Muitos parabéns, mano! E que o teu futuro possa ser sempre assim muito brilhante e abençoado pelo nosso bom Deus.
(esta é só para ti: viva o ronobotxorobolono!)

7 de julho de 2008

Sete

Hoje, dia sete do sete, há sete anos atrás, acordei com o som do telefone de casa dos meus pais, a tocar muito ao longe. Como não estava mais ninguém em casa, lá me levantei, muito contrariada, e fui atender o estraga sonos. Era de Coimbra, da Sociedade Filantrópica. Telefonaram-me para informar que já tinham saído as notas de Direito e Processo Civil. Gelei. Era a cadeira que me faltava fazer para concluir o curso. A 2ª frequência tinha-me corrido "assim-assim", por isso, eu já andava a estudar para a prova oral. Era por isso que ainda estava a dormir àquela hora da manhã. A noite tinha sido longa. Quando ouvi do outro lado a nota que tinha tido (e abro aqui um parêntesis para explicar que não vou dizer em concreto que nota foi, pois as classificações de Direito em Coimbra entristecem qualquer texto), agradeci a informação e, serenamente, desliguei o telefone. Fiquei estática por uns momentos. Lembro-me que respirei fundo e depois comecei a rir e a chorar ao mesmo tempo. "Acabou" - repetia eu - "Acabou, acabou!". Hoje, há sete anos, completou-se um importante capítulo da minha vida. Um capítulo de muito esforço, muita entrega. Um capítulo em que cresci muito por dentro. O meu tempo de estudante. Até hoje, tenho muita gratidão para com Deus pela forma como me abençoou na faculdade. Naquele dia, Deus deu-me um presente que hoje é uma bênção para ajudar muita gente. Sete anos. Parece que foi ontem.