Em Dezembro passado, durante as nossas férias no continente, tive uma surpresa muito especial. A Alê e o Alberto, líderes do mistério de adolescentes da Igreja Batista da Orla de Niterói, no Brasil, entregaram-me um conjunto de cartas que os seus adolescentes escreveram para mim. Cada uma daquelas cartas é uma fonte de encorajamento e consolo muito grande. Agradeço-vos muito por esta surpresa deliciosa. Saibam que vocês têm sido uma inspiração para nós aqui, nesta pequena ilha. Os adolescentes da Igreja Baptista da Horta são muito especiais, têm crescido muito no seu relacionamento com Deus. Estão envolvidos no serviço da igreja em diversas áreas: música, drama (levando as suas peças aos palcos das festas populares que se realizam na ilha), fazem parte da escala de limpeza do templo, cuidam das crianças, etc. Quizenalmente, têm a reunião da sua União, que já tem uma líder: a Luiza. Na escola pública, têm a bênção de ter a disciplina de Educação Moral e Religiosa Evangélica, ministrada pelo pastor. Na semana passada, tiveram um "acampadentro", em conjunto com os adolescentes da Assembleia de Deus, com o tema "Liberdade-Responsabilidade" e que correu muito bem. É um grupo muito querido. Em nome de todos eles, retribuo-vos todo o carinho que nos chegou através das vossas cartas. Um abraço para todos, em especial para o Tiago Espanha, Bárbara Oliveira, Francine, Ângelo, Afonso Ferrão, Juliana Cespes e Ana Foguinho. E quem sabe, um dia, ainda juntamos os dois grupos de adolescentes?
27 de fevereiro de 2009
22 de fevereiro de 2009
Uma lição de astronomia
No carro, eu a conduzir e ele atrás, na cadeira:
-"Mamã, sabes que existem muitos planetas? O planeta Terra, o planeta Marte... Só que em nenhum há ninguém. Só no planeta Terra é que há meninos. Nos outros planetas só há pedras, astromautas e monstros-terrestres."
(lol)
21 de fevereiro de 2009
20 de fevereiro de 2009
Episódios do dia-a-dia
Entro na mercearia do nosso novo bairro e dirijo-me à prateleira das papas. Pego numa Cerelac, olho para o lado, e vejo a empregada da mercearia (que não conheço de lado nenhum) a passar no corredor. Educadamente, digo-lhe: "Boa tarde!". Em resposta, ouço um inesperado: "Boa tarde, Dra!"
(Ao fim de 4 anos a viver na ilha, esta falta de anonimato ainda me faz muita confusão)
19 de fevereiro de 2009
Nunca foi tão difícil dizer 34
O bolo de aniversário do meu marido foi escolhido pelo nosso filho. Como consequência directa deste facto, tive de viver este constrangimento:
Funcionária da pastelaria: "Como é que quer o bolo?"
Eu: "Em forma de tubarão, com cobertura azul clara e branca, recheio de formigueiro (pepitas de chocolate)".
Funcionária da pastelaria: "E a vela é para que idade?"
Eu: "É... é... socorro... preciso de um buraco para me esconder.... é.... ............"
Parabéns, marido!
Hoje, há 34 anos atrás, nasceu neste mundo uma pessoa como eu nunca encontrei igual. Aquilo que é na rua, é em casa. Não abre a sua boca para dizer mal de ninguém. Ele é lindo. É amigo. Meigo. De olhos doces. Bom pai, bom filho, bom marido. Tem um coração cheio de amor por Deus e pelas pessoas. Trabalha com dedicação e amor. Hoje é dia de dar graças redobradas a Deus. É o dia em que nasceu metade da minha vida.
17 de fevereiro de 2009
Comida de “mãe”
Nestes últimos dias, um vírus correu toda a nossa família. Não houve um que escapasse. Foram dias particularmente difíceis para nós. Em casa, com os filhos doentes, a ter de inventar forças para cuidar deles, pensava constantemente no bom que seria ter alguém de família por perto. Foi então que recebi um telefonema, muito breve, de uma irmã da igreja, dizendo: “Não faças jantar para hoje. Descansa. O vosso jantar já está feito.” Ao desligar o telefone, lembrei-me, de imediato, daquela passagem em Marcos 10, em que Jesus disse que “ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo…”.
Aquele telefonema soube-me a telefonema de “mãe”. E aquelas palavras confortaram-me profundamente o coração. Caldo de peixe, albacora com batatas doces e salada de fruta, foi o nosso jantar naquele dia. Um jantar tipicamente açoriano. Um jantar literalmente caído do Céu.
Aquele telefonema soube-me a telefonema de “mãe”. E aquelas palavras confortaram-me profundamente o coração. Caldo de peixe, albacora com batatas doces e salada de fruta, foi o nosso jantar naquele dia. Um jantar tipicamente açoriano. Um jantar literalmente caído do Céu.
12 de fevereiro de 2009
Um gesto de amor à séc. XXI
Um bom marido é aquele que, vendo o desânimo da mulher, decide arregaçar as mangas e, num gesto absolutamente pioneiro, entra pelo mundo Blogger adentro, para tentar descobrir (e descobriu mesmo) um problema técnico que durante semanas assolou o meu blogue.
(só tu! *)
6 de fevereiro de 2009
Uma obra a pensar nelas
Por estes dias, estive na Terceira. E na viagem do aeroporto das Lajes para Angra do Heroísmo, constatei que estão a ser feitas obras de fundo na via rápida Vitorino Nemésio. Enquanto o condutor que me transportava ía relatando o teor das obras que estão a ser feitas, confesso que, a certa altura, tive de desmanchar-me a rir. É que não se trata de um mero alargamento das vias, colocação de separadores centrais, etc. Mais do que isso: estas obras foram pensadas de forma a facilitar não só o tráfego de veículos, mas também o tráfego de vacas.
Assim, em ambos os sentidos da estrada, existe uma faixa, de largura idêntica às faixas destinadas aos automóveis, que se encontra separada por uma vedação, e que se destina às vacas. Mais curioso ainda, dos vários viadutos que estão a ser construídos ao longo da via rápida, três destinam-se a automóveis e sete são para vacas.
Não é delicioso?
Assim, em ambos os sentidos da estrada, existe uma faixa, de largura idêntica às faixas destinadas aos automóveis, que se encontra separada por uma vedação, e que se destina às vacas. Mais curioso ainda, dos vários viadutos que estão a ser construídos ao longo da via rápida, três destinam-se a automóveis e sete são para vacas.
Não é delicioso?
2 de fevereiro de 2009
Hoje, 4 anos de Açores
Quatro anos depois, cá continuamos no nosso "bom combate". Com muita dedicação, com muito amor pelas pessoas daqui. Sustentados por muitas orações, é certo. (Obrigada a todos os que se lembram de nós). Até quando ficaremos aqui? Só Deus sabe. Entretanto, vamo-nos tornando cada vez mais açorianos, até porque já temos dois exemplares em casa. E isso é bom, muito bom.
Subscrever:
Mensagens (Atom)