16 de março de 2012

Uma boa notícia

Ontem recebemos uma boa notícia. Cinco meses depois de ter fraturado o cotovelo, o nosso filho foi considerado totalmente recuperado. A fratura está sarada, os movimentos do braço estão recuperados e teve alta para voltar a fazer desporto. Damos muitas graças a Deus por tudo isto. Segundo o ortopedista, há pessoas que fazem a mesma operação que o nosso filho fez e que ficam com o braço arqueado, não o conseguindo esticar completamente. Alegramo-nos por isso não lhe ter acontecido. Uma grande bênção recebida, fruto também da oração de muitos amigos (muito obrigada). Deus é Bom!

12 de março de 2012

O cúmulo do azar

O cúmulo do azar é ir comprar umas sapatilhas novas para a 1ª aula de ginástica, chegar ao ginásio toda vaidosa com sapatilhas a estrear, entrar na sala de aula e ouvir da professora: “Pode tirar as sapatilhas, a aula é descalça!”

9 de março de 2012

Mãe

A minha mãe continua muito doente. Temos passado por muitas fases, todas muito fortes do ponto de vista emocional. Há dias mais animadores. Há dias muito difíceis. É complicado escrever sobre este tema. Os médicos não nos dão esperança. Apenas o Senhor nos conforta e dá ânimo a cada dia. Todos os problemas da vida parecem insignificantes e fáceis de resolver quando passamos por uma situação verdadeiramente difícil. Sei que muitos amigos estão a orar pela minha mãe. Agradeço-vos muito (e a minha mãe também pede sempre para agradecer em seu nome). Um abraço com carinho a todos.

7 de março de 2012

Propósito

O meu filho mais novo nasceu com o canal lacrimal do olho esquerdo obstruído. Por volta dos seus 4 meses de vida, foi encaminhado para uma consulta de oftalmologia, a fim de ser avaliado para uma eventual intervenção cirúrgica. Segundo nos explicaram, se a situação se mantivesse após o seu 1º ano de vida, o bebé teria de ser operado. Ao saber disto, fiquei com o meu coração inquieto. Não conseguia imaginar o meu bebé a levar anestesia e a ser operado. Dizem que é uma intervenção muito simples, mas fazia-me muita confusão pensar nisso. Volta e meia começava a pensar na operação e na anestesia. E o tempo ía passando… e o olhinho dele sempre cheio de água e remelas. No meu coração, pedia a Deus para me preparar interiormente para a eventualidade de ele ter de ser operado. E o Senhor foi-me dando paz. Andava eu focada nisto e, inesperadamente, em Outubro passado, o meu filho mais velho partiu o cotovelo na escola e, em menos de 2 meses, teve de ser operado duas vezes, com anestesia geral. Por outro lado, a obstrução do olho do bebé acabou por desaparecer naturalmente (por volta dos seus 8 meses e meio) e ele está óptimo, com o olhinho limpo. Fico a pensar nisto tudo e chego à conclusão de que há situações na vida que têm mesmo por fim preparar-nos para outras situações que iremos viver. Ao pedir a Deus que me desse paz para a operação do bebé, o meu coração foi preparado para as operações do meu outro filho. Se não tivesse andando a pensar na perspetiva de um filho meu ser operado e se não tivesse pedido ajuda ao Senhor, teria sido muito mais difícil acompanhar a situação do meu filho mais velho. Por isso, como diz na Bíblia, “em tudo dai graças”!

1 de março de 2012

9

Andava no meu último ano de faculdade. Era absolutamente solteira, vivia dedicada aos estudos. Há muitos anos que era assim. E nem pensava em compromissos. Havia de acontecer um dia, no tempo certo, pensava eu. Naquele dia, estava no casamento de uma amiga da igreja. A certa altura, a noiva decidiu atirar o ramo às meninas solteiras e, por força das circunstâncias, lá fui eu no grupo. Como sou uma pessoa introvertida, nada dada a estas coisas, fiquei assim mais para trás do aglomerado de mulheres, meio a esconder-me. Foi então que a noiva lançou o ramo a toda a velocidade (um ramo enorme, muito bonito) e, enquanto voava pelo ar, um grupo de rapazes gozões, fez em poucos segundos uma pirâmide humana. Lá no topo, o meu irmão, com muita graça, tentava apanhar o ramo. Mas o ramo passou-lhe ao lado, para riso geral, e enquanto eu própria ria às gargalhadas daquela cena toda, de repente - ZÁS - o ramo veio ter-me às mãos. Fiquei envergonhadíssima, já se sabe, cor de pimentão. A pergunta geral que se seguiu foi, naturalmente: “Então e o príncipe, onde está ele?” Eu ía sorrindo, encolhendo os ombros, até que a minha irmã respondeu em minha defesa: “Assim como o ramo lhe veio cair às mãos, o príncipe também lhe há-de vir ter às mãos.” E assim foi. Logo no mês seguinte, comecei a conversar com um amigo crente que conheci quando tinha 15 anos, nos acampamentos de verão da igreja, e com quem havia perdido o contacto. Daqueles tempos ídos, apenas guardávamos a recordação de que eu o achava bonito e ele a mim (o que sabe sempre bem saber). Agora ele já tinha 25 anos, já não tinha o cabelo comprido, e estudava no Seminário Baptista. Conversámos durante nove meses seguidos e construímos uma amizade muito sólida. Orámos também muito, queríamos ter a certeza de que era a vontade de Deus. Finalmente, começámos a namorar e casámos 1 ano e meio depois, num dia de muita chuva. Foi há 9 anos, comemoramos hoje. As flores do ramo da noiva morreram em pouco tempo. Mas o príncipe que me veio ter às mãos, é mais bonito a cada dia que passa. E tem o dom de tornar as vidas dos que o rodeiam também mais bonitas. Hoje é dia de agradecer a Deus pela vida conjunta que nasceu há 9 anos atrás, da qual nasceram depois mais 3 preciosas vidas. Parabéns para nós! *