28 de março de 2014

Fome de Deus

Quando li o livro de Joanna Weaver, houve uma parte que me tocou bastante. Foi a parte que falava sobre o facto de muitas pessoas não sentirem “fome” de Deus. E isto é uma realidade tão preocupante! Muitas vezes, procuro aguçar o “apetite” por Deus àqueles com quem me relaciono, mas o interesse por provar o “cardápio” que lhes é apresento (e que é quase sempre bem aceite e respeitado) acaba por não se concretizar, pois as pessoas andam de “estômago cheio”. Joanna Weaver conta até um episódio interessante. Certa vez, uma mulher andou todo o dia a preparar uma refeição para receber umas visitas. Preparou comidas, sobremesas, decoração,enfim, foi uma azáfama. E enquanto trabalhava, ía petiscando aqui e ali. Quando chegou a hora do jantar, a mesa estava linda, repleta das melhores iguarias e ela não tinha uma ponta de fome. Que desperdício! É preocupante não sentirmos fome do “Pão da Vida” por termos o estômago cheio de gulodices. Estas podem ser até coisas muito boas: família, trabalho, projetos, desporto, lazer. Mas não são o alimento principal. E isto não é só para descrentes, aliás, Joanna fala para crentes. Há dias, falava com uma pessoa que me dizia que, olhando para trás, reconhece que houve um período de tempo na sua vida em que andou afastada do caminho de Deus. E o pior: nem tinha consciência de que andava tão mal. Hoje, tem outra compreensão das coisas e reconhece “o risco” que correu. Muitos de nós também já trilhámos esse caminho mau. Não nos enganemos: petiscos e snacks não são refeição. Na verdade, são um engano. São alimento que traz doença e morte. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.” (Mateus 5:6)

27 de março de 2014

Dawow

Por estes dias, no meu trabalho, tive de telefonar para a Divisão de Obras e Urbanismo de uma Câmara Municipal que fica numa  das zonas mais complicadas, a nível de sotaque, da ilha de São Miguel. Responderam-me que tinha de fazer o meu pedido por e-mail. Até aqui tudo bem. O problema foi quando pedi para me dizerem o e-mail. Ora bem, o e-mail começa por “dou@...” (que são as iniciais de Divisão de Obras e Urbanismo), mas até eu perceber o “dou” foi uma verdadeira tourada. Dizia-me a senhora qualquer coisa como: “Dawow”. “Desculpe?” E ela repetia “Dawow”. “Pode soletrar, por favor?” (o que eu fui dizer…) “Ok. “Daw / “Aou” /”iuu”. Bem, a dada altura, a senhora começou a rir (certamente pensando "estas queques de Lisboa não percebem nada disto!") e eu própria comecei a rir e foi uma risada pegada. E ela lá se esmerava: “Daw de daduu” ("Ok, D de dado" – lá ía eu tentando pescar alguma coisa), “iuu de iuuva" (U de Uva…). Bem, já me caíam lágrimas de tanto rir! Que belo momento. Viva a boa disposição!

25 de março de 2014

Soberano

 
Quando estivemos de visita à Igreja de Braga, fomos também à Escola Bíblica Dominical. Como o meu filho mais novo não estava a querer ficar na classe das crianças, fiquei com ele a assistir à lição. A professora, Raquel Andrade, sentada com as crianças numa roda, contava-lhes a história de Dorcas. Do lado de fora da roda, eu observava as expressões das crianças, completamente concentradas na história. A dada altura da história, Dorcas morreu. A professora perguntou então às crianças: ”Porque será que Deus nem sempre responde às nossas orações da forma que gostávamos?” Fez-se um silêncio. “Porque é que Deus não faz tudo o que lhe pedimos?” – insiste a professora. Nisto, ouço a minha filha, destemida, num tom muito seguro e sereno, avançar com uma resposta: “É porque os pais não têm de obedecer aos filhos!”. Confesso que fiquei surpreendida com a profundidade da sua resposta e emocionada ao mesmo tempo. É isso mesmo, filha. Deus é soberano.

20 de março de 2014

:)

(A respeito de uma senhora, na casa dos 50, que começou a namorar)
Miguel: "- Ó mamã, porque é que ela só começou a namorar agora com esta idade?"
Eu: "-Bem, na verdade, não foi "só agora" que começou a namorar. Sabes, essa senhora já teve marido, filhos, netos... mas depois ficou sozinha. Então, agora ela encontrou alguém para lhe fazer companhia. Entendes?"
Miguel: "- Sim..." (pausa) E continua: "- O avô também está sozinho..." (pausa) "- Ele também podia arranjar uma companhia..." (pausa mais longa) E conclui: "- Acho que o avô não deve ter muito jeito com as miúdas!"
(lol)

"Aquietai-vos"

Por estes dias, passei por uma sitação no trabalho em que precisava de muita sabedoria (mesmo muita) para reagir a essa situação. Não sabia o que fazer. Na minha força, pensei em mil e uma respostas diferentes, mas todas elas acabavam por me parecer ou insuficientes ou exageradas. Uma palavra em falso poderia despoletar um problema. Decidi não responder logo, rendi-me à minha incapacidade e orei ao Senhor. Pedi-Lhe sabedoria para agir. É curioso que, depois de orar, senti muita paz. Passou-se o fim-de-semana e Deus foi falando ao meu coração. Na 2ªfeira, eu já sabia a resposta que tinha de ser dada. E a resposta era: "Não responder". E assim foi. E é incrivel como a sabedoria de Deus é tão perfeita! Ao não responder, tudo ficou resolvido e o meu testemunho cristão foi passado. Não é fácil, mas Deus capacita-nos a não nos deixarmos dominar pelos nossos impulsos (muitas vezes tão enganadores). "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus." (Salmos 46:10)

19 de março de 2014

Escrita

Na reunião de mulheres da nossa igreja, tive oportunidade de partilhar com as irmãs um pouco do meu testemunho de vida cristã. Desta forma, pude dar-me a conhecer um pouco melhor às irmãs, procurando também encorajá-las na sua caminhada com Cristo. No final, colocaram-me uma pergunta muito pertinente e que, curiosamente, é uma pergunta que me acompanha há muito tempo e sobre a qual tenho vindo a refletir (às vezes, até digo na brincadeira que hei-de escrever um livro sobre este tema). E a pergunta é mais ou menos esta: “Como vê o papel da mulher do pastor e como pode a igreja colaborar com ela/ajudá-la?”. Eu, confesso, não ía preparada para esta pergunta e não sou nada boa no improviso. Mas, lá respondi o que estava no meu coração. Curiosamente, alguns dias depois, uma outra irmã, por quem tenho muita estima e respeito pela sua vivência cristã, veio perguntar-me porque é que eu não passava a escrito o que tinha falado na reunião sobre o papel da mulher do pastor e a forma como eu vivo essa realidade, e enviava para a revista do DF. Estou a “cozinhar” a ideia… 

:)

Acho muita graça que a minha chefe diga que o meu marido é o responsável pela "Paróquia de Queluz".

17 de março de 2014

Jovens


No domingo passado, o culto foi dirigido pelos jovens da Igreja de Queluz e foi mesmo maravilhoso! Dirigiram os louvores, apresentaram o ministério de jovens e a pregação foi entregue pelo Rui Ribeiro, jovem seminarista da nossa igreja. Foi tudo tão bom, numa atitude tão espiritual, que deu gosto ver estes jovens já tão envolvidos na obra do Senhor! Têm tantos dons diferentes, tanto potencial! Fico a imaginar o que Deus poderá fazer através de cada um deles… é tremendo! Oro pela consagração diária destes jovens ao Senhor. No final do culto, almoçaram todos juntos, sempre num ambiente de união e amizade. Que Deus abençoe, proteja e a multiplique este grupo de jovens.

Mulheres

No dia da Mulher, as senhoras da Igreja Baptista de Queluz reuniram-se para ter um tempo de partilha, oração e convívio. Foi uma reunião muito abençoada. Éramos 28 mulheres. Ficámos a conhecer-nos melhor (nas igrejas grandes isto nem sempre é fácil) e fomos muito edificadas com as partilhas de cada uma. Esperamos todas que esta tenha sido a primeira de muitas reuniões deste género. Ficamos na expetativa do que o Senhor irá fazer.

11 de março de 2014

Quando crescer

Aos 5 anos, há gostos e dons que se começam a revelar: “Quando for grande quero ser ou médica, ou uma senhora que ensina os meninos a pintar.”

Há doutores e doutores

O que aprendeste hoje na escola bíblica dominical: “Hoje foi sobre quando Jesus era um menino e estava a conversar no meio dos médicos.” (lol)

Meticuloso

A ver um filme acerca do Velho Testamento, diz-me do alto dos seus 8 anos: “Mamã, existiam 12 tribos? Porque é que nunca me disseste que existiam 12 tribos? É um pormenor importantíssimo!”

Amigos

No sábado passado estive com uma amiga que guardo desde os onze anos de idade. Uma amiga do coração. Foi tão bom estar com ela e com a sua família. As duas famílias juntas totalizavam quatro adultos e sete crianças :) Vai partir para Praga em missão. Agora que, finalmente, estou tão perto dela, o Senhor chama-a para tão longe. É a vez dela ir. Que o Senhor acompanhe, guarde e abençoe esta querida família, é a minha oração.

5 de março de 2014

Mães que oram... por mães.

Eu já conhecia o ministério (e até pertenço a um grupo destes) das "Mães que oram" (pelos filhos), mas ao ler um livro de meditações para novas mães, de Sandra Drescher-Lehman, achei muito interessante esta ideia de Mães (mais velhas) que oram por Mães (mais novas). Tão importante! Deixo aqui esta partilha: “No outro dia, a minha mãe comentou comigo que acha que a tarefa das mulheres da sua idade é orar pelas mulheres na minha fase da vida. Ela disse que as novas mães não tem tempo de orar. Como é que ela sabia disso? Eu nunca teria admitido a ela que quase não tenho tempo de orar! Mas ela falou como se isto fosse um facto bastante conhecido, e nem precisava de resposta. (…) Sinto falta dos períodos de silêncio e oração que eu tinha com Deus antes do bebé. (…) Obrigada, Senhor, por minha mãe e por todas as mães que oram por nós que acabamos de nos juntar a elas.”

3 de março de 2014

Norte

Por estes dias, estivemos em Braga e Guimarães, visitando as igrejas ali e partilhando a Palavra do Senhor. Fomos tão bem acolhidos por aqueles irmãos, tão acarinhados, que até deu vontade de ficar ali mais tempo. Ficámos em casa de um casal amigo, que tem filhos da idade dos nossos, o que foi muito bom também para as crianças. Voltámos de coração cheio com tudo o que vimos e ouvimos. Em Braga, encontrámos uma congregação bastante jovem, com muitas crianças (naquele domingo foi até dedicado a Deus um novo bebé muito mini, com apenas um mês de vida). Têm uma congregação boa, com muitos músicos, vários instrumentos e, muito importante, havia visitantes no culto. Muitos dos irmãos que estão a servir e a dar escola dominical têm filhos pequenos e vidas muito ocupadas, mas isso não é obstáculo para deixarem de ajudar na igreja. Em Guimarães,  encontrámos uma congregação igualmente acolhedora, empenhada no seu ministério de estabelecer uma igreja naquela cidade. Uma congregação que gosta de louvar o Senhor, com jovens a tocar vários instrumentos musicais. Tem também crianças (e que lindas que elas são). São congregações que, neste momento, não têm pastor e que buscam a orientação de Deus nesse sentido. Que essa necessidade possa ser suprida em breve, com um pastor segundo o coração de Deus, que seja uma bênção naquele lugar, para Salvação de muitos. É a nossa oração.

1 de março de 2014