26 de abril de 2011

12 de abril de 2011

Bem-vindo, Tomás!



Nasceu no dia 10.04.2011, pelas 14h43, com 3.200kg e 48,5 cm. Correu tudo bem, agradeço muito as vossas orações, pude senti-las muito. O Tomás é lindo e estamos todos felicíssimos com a sua chegada. Até breve, amigos...

3 de abril de 2011

Até breve...

Hoje completo 39 semanas. O Tomás deverá nascer nos próximos dias. Tudo está preparado para a tua chegada, meu amor. O papá e os manos também estão desejosos por te conhecer. É quando quiseres. À tua espera estão mimos sem fim. Irei fazer uma breve pausa no blogue, mas dar-vos-emos notícia do nascimento. Até breve.

Estar preparado - parte 2

Tenho vivido estas últimas semanas de malas feitas. Todos os dias, os meus olhos batem no saco de viagem que vou levar para a maternidade. Tudo está preparado. As minhas roupas, as do Tomás, os nossos produtos, tudo está organizadinho ao pormenor. Nada falta. É um descanso saber que quando ele der sinal, estará tudo preparado para a nossa viagem até ao hospital. Todos os dias acordo sem saber se na próxima noite ainda irei dormir em casa. É uma perspectiva de vida que me faz ter planos a prazo mais curto, pois tudo tem de estar pronto para essa eventualidade. Talvez seja este o modo correcto de viver a vida. De malas feitas. Sem pontas presas. De bem com todos. De bem com Deus.

Estar preparado - parte 1

Aqui há uns tempos, depois de um dia dedicado a limpezas, preparava-me para ir descansar (já de pijama), quando me apercebo que ficou a faltar despejar o saco do lixo, que tinha ficado mesmo junto à porta da entrada. Aquele lixo começou a fazer-me cócegas, não o podia deixar ali. Abro a porta de casa, já era noite cerrada. O contentor do lixo fica mesmo do outro lado da rua, uns sete metros de distância, no máximo. A rua estava deserta e silenciosa. Decido arriscar. Mesmo de pijama e chinelos, arranco em direcção ao contentor do lixo. Estava eu a abrir a tampa do contentor quando ouço: "Olá vizinha!"... Quase que morria! A minha vizinha e a filha tinham-me visto e apressavam-se na minha direcção para me cumprimentar. Envergonhadíssima, pedi-lhes deculpa pelo meu traje e cumprimentei-as. "Venha aqui a casa num instante ver uns arranjos de flores que estamos a fazer, venha!" - pediram-me com insistência. Sem jeito, acabei por aceder. Enquanto me dirigia para a casa delas, outra vizinha aparece à janela da sua casa e vê-me naqueles trajes, dizendo-me "Boa noite, vizinha!" (e eu pra morrer). Vi os arranjos de flores, vi a nova decoração da sala, cumprimentei o filho... e lá voltei para casa, vermelha de vergonha, com o meu pijaminha de ursinhos e chinelinhos de quarto. Uma coisa aprendi naquele dia: nunca, mas nunca, vale a pena arriscar. Não há nada como estar preparado para o que der e vier.

O tempo de Deus

Ela era a mais nova de uma família de nove irmãos, da ilha do Pico. Hoje, penso que na casa dos 70, recorda esta história ainda ao pormenor. O seu pai, homem íntegro e humilde, foi um dia evangelizado pelo missionário Cox, era aquela mulher ainda criança. O pai converteu-se a Cristo e, a partir daí, passou a abrir as portas da sua casa para fazer estudos bíblicos, numa ilha onde não havia nenhuma igreja evangélica. Chegava a andar 50 km a pé para ir levar o Evangelho a outros. Na escola, os meninos chamavam-na de "filha do protestante". O rótulo era de tal forma pesado que chegou a dizer ao pai que não queria ir mais à escola, e que tinha medo, pois as crianças chamavam-na de "protestante". Foi então que o pai lhe ensinou a resposta: "Diz-lhes que protestamos contra a mentira". A partir daí, nunca mais a incomodaram. O pai faleceu muito cedo, era ela ainda uma adolescente. Com a morte do pai, a mãe, católica, não deu seguimento à educação cristã-evangélica que os filhos vinham recebendo e passou a encaminhá-los para a igreja católica. Entretanto, a mãe faleceu em poucos anos. Casou nova, com o seu primeiro e único namorado, um faialense, que se mantém ao seu lado até hoje. Viveu toda a sua vida dentro da tradição católica e era uma católica fiel e dedicada. Porém, recordava sempre com carinho os ensinos e o testemunho que o seu pai lhe passou em criança. Há cerca de uma dúzia de anos atrás, foi com uma amiga (que se havia convertido) passar um fim-de-semana à sua ilha de origem - o Pico. À noite, a amiga pegou na Bíblia e começou a lê-la em voz alta. O seu coração começou a arder com aquela Palavra. De repente, parecia estar a reviver aqueles serões, em criança, quando o pai lia a Bíblia para a família. A amiga convidou-a para ir à sua igreja, no Faial. No domingo seguinte, entrou pela primeira vez na Igreja Baptista. Cantavam o hino "Foi na cruz, foi na cruz, onde um dia eu vi meu pecado castigado em Jesus". Era um dos hinos que o pai cantava. Nesse dia, teve um encontro real com Deus. Converteu-se e é até hoje um dos pilares da nossa igreja. É uma inspiração para mim e para todas as mulheres da igreja. E pensar que tudo começou com uma semente plantada no coração de uma criança que deu fruto mais de cinquenta anos depois. O seu pai teria gostado de saber. O missionário Cox também. De facto, o tempo de Deus não é o nosso. Deus seja louvado!