28 de março de 2013

Queluz



Recordo-me de ter uns 12 anos de idade e de, certo dia, estar na Igreja Evangélica Baptista de Queluz, visitando amigos queridos (Queluz era a igreja dos meus amigos, ou seja, era a minha igreja de sonho), quando, de repente, o então pastor daquela igreja (João Rosa de Oliveira) aproximou-se de mim, junto das escadas que dão para as salas da escola dominical, e perguntou simpaticamente: "Quem é esta menina?"... Timidamente, como é habitual em mim, respondi: "Sou a Adriana..." Vendo que o pastor continuava sem saber quem eu era, acrescentei mais uma nota, a ver se ele me identificava: "Eu sou da igreja das Caldas". "Das Caldas? De que família?"- perguntou-me. Sem entender muito bem a pergunta (pois estava na baptista há pouco tempo, só tendo vindo mais tarde a perceber que os baptistas conhecem-se todos), lá respondi, ingenuamente: "Eu sou dos Cadetes..." (nota: nem sei se alguma vez algum Cadete entrou numa igreja baptista, pois são quase todos da Assembleia). O pastor ainda pensou um pouco, mas, muito querido, lá acabou por dizer que não estava a ver quem eram os Cadetes, mas que mandava saudações à igreja. Ultimamente, tenho-me lembrado muitas vezes deste episódio, em especial quando vejo o Pastor Oliveira, e acabo sempre por sorrir ao recordar a cena. Como Deus faz as coisas... Volvidos vinte e três anos, o meu marido assume o pastorado desta querida igreja, onde ainda assiste o pastor Oliveira e a sua esposa, bem como tantas irmãs e tantos irmãos tão especiais para nós. É uma honra e uma responsabilidade muito grande. Sentimo-nos pequeninos e estamos certos de que a obra é do Senhor. Fomos recebidos calorosamente no aeroporto por um grupo de irmãos, que nos acompanharam até casa, cuidando de todos os pormenores. Até prendas esperavam as crianças no apartamento. O culto de tomada de posse foi muito tocante, com uma assistência incontável, pessoas de pé até à porta da rua. Uma ausência muito sentida por mim, a minha mãe, que certamente iria gostar mais do que todos do nosso regresso ao continente. A ela depositei as flores que recebi nesse culto. Aos poucos, estamos a procurar conhecer a igreja e readaptarmo-nos ao estilo de vida daqui, sempre dando especial atenção aos nossos filhos. Tudo tem corrido bem , pela graça de Deus. Os Açores continuam sempre presentes nos nossos corações e orações. Mas é interessante o amor tão grande que, em tão pouco tempo, já sentimos por Queluz. Que o Senhor abençoe muito esta querida igreja e que ela possa elevar bem alto o Seu Santo Nome!

26 de março de 2013

De volta

Pensei dá-lo por findo. Mas pediam-me que continuasse e escrever. E, sinceramente, acho que já não vivo sem ele. O Meus Rapazainhes está de volta. Desta vez para contar as histórias de uma família, não numa ilha no meio do mundo, mas numa cidade que é um verdadeiro mundo. Aos poucos, espero conseguir começar a partilhar aqui as muitas coisas boas que já nos aconteceram neste abençoado lugar. Até breve!
(Imagem: parte de um desenho do Miguel - o primeiro que fez, na escola da cidade grande)