29 de março de 2010

Terra de Partidas (e de chegadas)

Ontem, despedimo-nos de mais uma irmã da igreja, que mudou de residência para outra ilha. É o 19º membro da igreja que sai para viver noutro lugar, desde que estamos nos Açores (há 5 anos). São assim os Açores. Terra de partidas e de chegadas. Ontem, a igreja estava muito bem composta, praticamente cheia, mas quando o pastor pediu que se pusesse de pé quem estava na igreja há 5 anos atrás, apenas nove pessoas ficaram de pé. É difícil ter de dizer adeus com tanta frequência a pessoas que amamos. Curiosamente, o meu marido e eu, com cinco anos de ilha, já nos sentimos uns “veteranos” nos Açores. Mas é assim o Ministério nas ilhas. E entre partidas e chegadas, Deus vai sempre sustentando esta igreja, pois é Ele o seu alicerce.

Ídolos

Durante a pregação, o meu marido explicava que o povo de Deus, a dada altura, trocou a adoração a Deus pela adoração a ídolos, quando, de repente, o nosso filho sai-se com esta (num tom alto):
-“Ídolos? Olha, mamã, é o que tu vês na televisão!”
(que vergonha)

O amigo

Como vem sendo habitual, durante uma troca de miminhos, o meu marido perguntou à nossa filha: “Quem é o teu amigo, quem é?” , esperando ele ouvir a resposta de sempre: “É o papá”.
Porém, para sua surpresa, a resposta dela foi categórica: “É o Nuno!”
(lol)

27 de março de 2010

Páscoa

Eu, para o meu filho: "O que é que estão a fazer na escola para a Páscoa?"
Resposta: "Este ano a professora não vai fazer nada sobre a Páscoa. Este ano é só sobre Jesus. Jesus está vivo, mamã!"
(Ter uma professora evangélica numa escola pública é, de facto, uma bênção muito grande)

Tão bom

Tão bom descobrir tantas pessoas novas que lêem o blogue...
(obrigada pelo carinho)

25 de março de 2010

Há uma passagem no livro de Job que diz que quando os amigos deste chegaram perto dele ficaram sentados aos seu lado, em silêncio, durante sete dias e sete noites, "pois viam que a dor era muito grande". É este o sentimento que me tem acompanhado nos últimos dias. Há notícias que jamais estaremos preparados para receber. Foi uma notícia destas que eu recebi. Foi diagnosticado um cancro à minha mãe.
Tinha decidido permanecer em silêncio. Porém, houve uma pessoa que foi decisiva para que eu voltasse a escrever, a mesma pela qual eu tinha desistido: a minha mãe.
A todos os que por aqui passam peço que se juntem a nós em oração pela minha mãe. (Agradeço-vos muito pelas mensagens carinhosas que me escreveram a pedir que voltasse ao blogue. Um abraço a todos)

18 de março de 2010

Silêncio

É em silêncio que vão encontrar este blogue durante algum tempo. Até breve.

9 de março de 2010

Jovens

Neste momento, já não sei se é correcto continuar a chamá-los de adolescentes. Parece-me mais justo tratá-los por jovens. Os anos passam. É um prazer e uma alegria trabalhar com eles. Não falham a escola bíblica dominical, a não ser que não possam mesmo estar presentes. Normalmente, quando chego à sala, já estão sentados à minha espera. São interessados e sedentos pela Palavra. As suas partilhas comovem-me. Procuram viver de acordo com os padrões de Deus. Mais do que eu vivi, na idade deles. Dou muitas graças a Deus por estes jovens. Dão tão pouco trabalho. Eles próprios organizam-se, ensinam música uns aos outros, dançam, ensaiam dramas. Louvo ao Senhor porque os meus motivos de oração em relação a eles não são a sua rebeldia, ou o seu desligamento da igreja, mas sim assuntos muito mais profundos, como por exemplo o desejo de querer ser baptizado nas águas e não poder por ainda ser menor de idade e ter a oposição da família. Que o Senhor guarde estes jovens tão especiais e os faça crescer muito para Sua glória.

Desperdício

Sempre que me recordo deste episódio dá-me vontade de rir. Andávamos já há algum tempo a combinar uma ida à piscina. Ambos gostamos de dar uns bons mergulhos. Chegado o dia, depois de uma viagem de carro e alguma dificuldade em encontrar lugar para estacionar, lá fomos nós todos contentes para a piscina. Pagámos os bilhetes de entrada e dirigimo-nos para um local relvado, onde as pessoas apanhavam banhos de sol. Estendemos as toalhas e deitamo-nos ali um pouco (pensávamos nós…), antes de darmos um mergulho. Porém, sob aquele calor delicioso, acabámos por adormecer. Quando despertámos do sono, estavam a fechar as piscinas. Sobressaltados, levantamo-nos a correr e, antes de sair, só demos um mergulho muito rápido na piscina (para justificar os bilhetes) e saímos a toda a pressa, cheios de pena de não ter dado nem uma braçada naquelas piscinas maravilhosas, nem experimentado os escorregas. Que desperdício…
Ontem, recordei-me deste episódio enquanto pensava na forma como se vive hoje o cristianismo. O Senhor tem-me falado muito ao coração nestes últimos tempos, de muitas maneiras. Talvez não me tenha recordado desta história por acaso.

1 de março de 2010

7

Hoje, há sete anos atrás, começou uma nova família. A nossa.
(viva)

A Ilha azul ficou branca...