16 de junho de 2014

Reencontros

Conheci-a com sete anos de idade, era uma açoriana pequenina. Durante os cultos, vinha muitas vezes sentar-se ao meu lado e dava-me a mão. E eu já sabia para o que era. Enquanto o meu marido pregava, eu fazia-lhe festinhas na mão, muito devagarzinho, dedo por dedo. Depois, quando terminava, ela trocava de mão, muito depressa, para continuar a levar festinhas. Esta menina passou por momentos muito difíceis na sua família e eu percebia a sua carência. Por vezes, ía encostando a cabecinha ao meu ombro e quase adormecia (se é que não passava mesmo pelas brasas) encostadinha a mim. Ela faz este ano dezassete anos. Está da minha altura, se é que não me passou já. O meu filho apelidou-a de “mini-Adriana”, pois, de costas, confunde-nos. Temos o mesmo corte de cabelo. Ultimamente, já não vinha tanto para junto de mim, pois já é uma adolescente crescida. Mas, quando estive agora no Faial, no culto de domingo, veio sentar-se ao meu lado. Pegou na minha mão, olhou para ela por momentos e disse-me: “As tuas mãos continuam iguais”. Sorri para ela. Depois, com um jeito meio envergonhado, colocou a sua mão sobre a minha, como fazia quando era pequenina. Percebendo a sua saudade, agi com naturalidade, como se ela fosse a menina pequena de outrora e comecei a dar-lhe festinhas. E assim foi durante toda a pregação. Missões é também isto. Amar as pessoas. Vai muito mais além do ensino, do discipulado e do aconselhamento. É criar laços com as pessoas. É acrescentar a nossa família. Que Deus guarde esta jovem sempre no Seu caminho e que ela possa ser sempre uma mulher virtuosa, cheia do temor do Senhor.

13 de junho de 2014

Regresso aos Açores

Regressar aos Açores foi mesmo um presente divino. Um ano e meio depois de termos vindo para o continente, pude  voltar ao Faial, com os meus dois filhos mais velhos, a convite da União Feminina da Igreja Baptista da Horta. Pudemos rever aquele lugar paradisíaco e muitas caras que amamos (de dentro e de fora da igreja). Os meus filhos consolaram-se com os seus amiguinhos açorianos, com quem puderam brincar e fazer muitas pulseirinhas de elásticos (a 'febre' também já lá chegou). Foi muito bom reencontrar a igreja tão bem, tão saudável e feliz. Tive o privilégio de entregar os estudos bíblicos do retiro anual de senhoras (com muito temor e tremor). Romanos 12:1 e 2. "Transformação total". Foram 3 dias maravilhosos, de muita união, partilha e coração aberto para aprender do Senhor. Um tempo marcante para todas nós. Que o que o nosso Deus ali começou possa permanecer e dar muito fruto, para glória  de Deus!