27 de junho de 2009

Um pedido fora do vulgar

Ainda por causa disto e disto:
Antes de partir para mais uma viagem em serviço, perguntei ao meu filho:
"O que é que gostavas que a mamã te trouxesse de S. Miguel?"
Resposta: "Hum... pode ser dois tubarões-martelo gémeos!"

24 de junho de 2009

Nha, nha, nha, nha!

Olá amigos continentais! Estão todos a ter um bom dia de trabalho?
Então, continuem no vosso trabalhinho que, hoje, aqui na Ilha, é FERIADO!

23 de junho de 2009

What?

Chega ao pé de mim com o livro do "nascimento" nas mãos, abre-o na página onde está a imagem acima e diz-me, num tom de súplica: "Mamã, eu ainda não tive uns manos destes!"

Um casal esquisito

Éramos casados há pouco mais de um ano e estávamos empenhados em conseguirmos um empréstimo para comprar uma casa. Não era fácil consegui-lo. Os bancos consideravam que o meu marido tinha uma “profissão de risco” (mal sabiam eles que o patrão do meu marido é o "dono do ouro e da prata"). Eu era ainda estagiária. Certo dia, num dos bancos a que fomos, ouvimos um funcionário, num tom muito divertido, dizer a um colega: ”Tenho aqui um casal ainda mais esquisito do que aquele do outro dia. É um pastor e uma advogada!” Ainda hoje recordo esta história com um sorriso nos lábios. É que é mesmo esquisito! Mas Deus faz destas coisas. Às vezes não percebemos, a curto-prazo, a razão de ser das coisas. Mas depois, mais à frente, começamos a entender o porquê. Ao longo destes anos, Deus tem usado a minha formação para abençoar o nosso ministério. O lugar onde trabalho e os conhecimentos que este me proporciona têm-nos permitido testemunhar a pessoas de um nível diferente. Pessoas que dificilmente um dia entrariam na igreja. “O que faz o seu marido?” – é a pergunta que dá início a um quebrar de preconceitos e a uma oportunidade de testemunho. A reacção inicial nem sempre é a melhor. Ainda na semana passada, vi um alto funcionário ficar branco como a cal, quando, durante uma visita à sua propriedade, o meu marido lhe respondeu à pergunta “onde trabalha?”. Hoje, não são poucas as pessoas da ilha que, ao conviver connosco, já perceberam que “um pastor evangélico” não é um ser estranho, indesejável, mas que pode ser alguém tão simples como “o simpático marido da minha colega”. Há dias, enquanto alguém desabafava comigo sobre problemas conjugais, procurava, na minha mente, encontrar palavras de conforto e esperança, quando, de repente, essa pessoa diz-me assim: “Contigo é diferente. Tu e o teu marido têm uma fé que vos une. E isso torna o vosso casamento muito forte, pois estão juntos nesse propósito.” Respirei de alívio. O testemunho já estava praticamente todo dado. Aquela pessoa já tinha percebido Quem a podia ajudar.
De facto, Deus sabe o que faz. E num meio tão pequenino, em que é tão importante evangelizarmos através dos relacionamentos, este casal “esquisito” tem uma razão de ser.

Meteorologia

E já a chegar ao final do mês de Junho, começamos, finalmente, a poder usar mangas curtas.
(Mas sem deixar o casaquinho de vista…)

9 de junho de 2009

Palavra de bombeiro - continuação

Meu dito, meu feito. Hoje ao final da tarde, chegado da escola, ao entrar em casa, olha para o chão e diz: "Com mil labaredas! Outra vez formigas em casa!"

8 de junho de 2009

A dificuldade de contar uma história

- "Mamã, conta-me uma história com a tua boquinha!"
- "Era uma vez um menino..."
- "Desculpa interromper... mas o menino posso ser eu?"
- "Ok. Era uma vez um menino chamado Miguel. E o sonho do menino era andar de combóio..."
- "Desculpa interromper... mas o meu sonho não é andar de combóio, o meu sonho é ver um tubarão-martelo."
- "Ok. Era uma vez um menino chamado Miguel e o seu sonho era ver um tubarão-martelo. Então, desceu ao fundo do mar e..."
- "Desculpa interromper, mas para ver o tubarão-martelo o menino não pode ir ao fundo do mar, senão o tubarão come o menino e depois nada de menino! Para ver o tubarão-martelo, o tubarão tem de ir à praia e depois o menino vê o tubarão na areia! Mas, pronto, tu é que estás a contar a história..."

Palavra de bombeiro

De há uns tempos para cá, o meu filho, quando contrariado, começou a dizer esta expressão:"Ora, bolas!" Durante algum tempo, pensámos que ele tinha aprendido isto na escola, com os colegas, até que, no sábado, enquanto dava o "Bombeiro Sam" na tv, ouvimos o dito bombeiro repetir diversas vezes ao longo do episódio:"Ora, bolas!"
Assim sendo, já não vou ficar admirada se, dentro de dias, ele se sair com a outra expressão do bombeiro: "Com mil labaredas!"

6 de junho de 2009

O verdadeiro dono

Há oito meses atrás, quando nos mudámos para a casa onde vivemos agora, reparei que, no quintal, sobre a casinha do gás, estava um vaso cheio de terra, com um caule seco. Podia simplesmente ter deitado fora o conteúdo daquele vaso e semeado uma nova flor. No entanto, decidi começar a pôr água naquele vaso. Depois, tirei-o de cima da casinha do gás, onde estava exposto aos fortes ventos que aqui se fazem sentir no Inverno, e coloquei-o num sítio mais abrigado. Durante os primeiros meses, nada aconteceu. Entretanto, começaram a nascer umas folhinhas verdes. Fiquei cheia de esperança. As folhinhas foram nascendo em número cada vez maior. Todos os dias, retirava as folhas secas e continuava a deitar água e a expô-la ao sol. Entretanto, o meu filho também começou a interessar-se pela flor e passei-lhe a tarefa de deitar água no vaso. No mês passado, descobrimos que rebentaram os primeiros botões de flor. Fizemos uma festa! Todos os dias íamos ver se já tinham desabrochado. Levou o seu tempo, mas quando abriram, deram umas flores lindas, cor-de-rosa escuro. Até que... aconteceu o inesperado. Na festa de aniversário da minha filha, enquanto os miúdos jogavam futebol, o meu vaso foi brutalmente atingido. Não houve um raminho que não se tivesse partido e as pétalas voaram pelo quintal. Fiquei desolada. Peguei nos ramos, voltei a espetá-los na terra. Continuei a regar o vaso e, felizmente, não morreu e continuam a nascer flores. Estava eu feliz da vida com a minha segunda vitória, quando, um dia destes, apercebi-me que a minha vizinha do lado tem um canteiro de flores iguais à minha. Parece-me coincidência a mais. O mais provável é que, afinal, aquele vaso seja da minha vizinha, e não meu, pois a casinha do gás, onde o vaso estava inicialmente, fica a dividir as duas propriedades. Agora, vou ter de lhe perguntar se o vaso é dela... (que vergonha).
Hoje pensei nesta história o dia todo e fiz o paralelismo com a nossa vida e com o ministério. Nada é nosso. Tudo tem um dono: o Senhor. Muitas vezes, apegamo-nos às coisas e amamo-las tanto e com tanta dedicação, que quando vêm as investidas da "bola de futebol" ficamos desanimados. Mas, se pensarmos bem, nós podemos cuidar, regar, amar, mas só o Dono de todas as coisas é que tem poder para dar vida a um caule seco. Só o Dono de todas as coisas tem poder para curar um ramo partido. Por isso, aqui estamos Senhor. Prontos para continuar a Tua obra. Para Tua Honra. Para Tua glória.