30 de junho de 2008

Em terras pequenas...

...podem acontecer coisas como esta: chegar ao pequeno almoço da maternidade e constatar que as três senhoras ali internadas (e eu era uma delas) tinham todas camisas de dormir iguais.
(É o que faz só existir um sítio onde se vende roupa de grávida)

29 de junho de 2008

O missionáriozinho

No ano que o meu filho nasceu foi publicada uma foto dele no boletim informativo de Missões Nacionais, acompanhada de uma legenda interessante: “o missionáriozinho Miguel”. Não sei quem foi o autor dessa carinhosa legenda, mas essa pessoa escreveu uma grande verdade. O nosso filho tem-nos aberto imensas portas a nível de relacionamentos. É uma criança muitíssimo comunicadora e desinibida, com uma simpatia irresistível. Temos conhecido muitas pessoas através dele. Certa vez, vinha sozinha com ele no avião e apercebi-me de que havia uma senhora que olhava muito para nós. O rosto não me era estranho, mas não conseguia associá-lo a nada. Quando o avião aterrou, a senhora passou junto de nós e, quando estávamos cara-a-cara, ouço, inesperadamente, a vozinha do meu filho perguntar-lhe: “O teu cão?” Recordo-me de ter achado aquela pergunta estranhíssima, mas, segundos depois, num flash, lembrei-me que aquela senhora costuma passar em frente à igreja a passear um cão pela trela. Nunca tínhamos falado com ela, mas a partir daquele dia tudo mudou. A senhora é apaixonada pelo cão e o meu filho tocou-lhe no seu ponto fraco. “O meu cão? Tu sabes bem quem eu sou, não sabes? Que engraçado! Como ele gosta do meu cão! Olha, ele deve estar cheio de saudades da dona. Amanhã já o vais ver a passear comigo.” – foi a resposta da senhora. Hoje, quando passa por nós já pára e trocamos dois dedos de conversa. Ainda há dias me deu os parabéns pela bebé. Curioso, não é? Um missionáriozinho, sem dúvida.

28 de junho de 2008

Já passou um mês desde que te conheci...

...e continuo absolutamente deslumbrada por ti, minha doce filha .

Choque de Gerações


Neste vídeo, o comportamento da Heidi entre os minutos 7.45 e 8.04 seria certamente censurado numa versão Séc. XXI desta série. A mim, sinceramente, não me choca nada, pois ainda sou da geração do "sopra que está bom"!

27 de junho de 2008

(Amen, meu filho)

24 de junho de 2008

Balanço

Tenho-me recordado muitas vezes de uma coisa que a Ana Rute me disse num comentário a um post, a propósito do que é ter dois filhos: "Não é o dobro do trabalho, mas dá trabalho". Pura verdade. Com este segundo filho tenho a sensação de que é só "acrescentar mais água na panela". O facto dos meus filhos terem uma diferença pequena de idades também ajuda muito. Mudar fraldas, acordar de noite, amamentar, choros, banhos, roupas, não é nada que já tivessemos esquecido. Como se costuma dizer, ainda não tínhamos "perdido o treino". A experiência também tem aqui muito peso. E é tão bom tê-la! Mas o que mais me tem impressionado nesta experiência de "passagem à pluralidade" é a forma como conseguimos amar os dois filhos de forma exactamente igual. Até há umas semanas atrás só amavamos um e agora continuamos a amá-lo, mas também amamos com a mesma medida a sua irmã. De onde veio todo este amor? É de ficar sem palavras... Eu vejo claramente nisto um milagre do Senhor. É obra Sua. E tudo o que Ele faz é muito bom.

O pai herói

Quando o pai vai à noite pescar, a primeira coisa que o nosso filho faz quando acorda de manhã é ir a correr ao frigorífico ver os peixes. Desta vez, de entre os peixes que o pai trouxe destacavam-se dois sargos bem grandes. À tarde, enquanto brincava com um menino nos baloiços, disse com um ar muito orgulhoso e cheio de ênfase: "Sabes, o meu pai pescou dois tubarões!"

Pormenores

Lição nº 1: Conferir sempre os ténis que ele tem calçados antes de sair de casa.

23 de junho de 2008

O Acontecimento

No Continente isto seria uma coisa absolutamente banal, mas aqui é o acontecimento. No Continente todas as terrinhas têm um ou mais do que um. Aqui é estreia absoluta. Senhoras e senhores, agarrem-se que vou lançar a bomba: o Faial tem, finalmente, um... Restaurante Chinês!!!

21 de junho de 2008

20 de junho de 2008

Irmãos

Desde que soubemos que iríamos ter mais um filho, uma das nossas maiores preocupações foi preparar o filho mais velho para a chegada do bebé. Durante a gravidez correu sempre tudo muito bem, melhor até do que poderíamos esperar à partida. A nossa grande expectativa era ver a reacção dele quando visse a bebé olhos nos olhos. Alguns minutos depois da bebé ter nascido, o pai foi buscá-lo a casa. Entraram no quarto do hospital e, numa corrida, abeirou-se da cama onde eu estava com a menina. Olhou para ela e disse muito alto: “Ela não tem dentes!” Foi gargalhada geral. Segundos depois, a chucha da bebé fez o trajecto que se vê nas fotos acima: da boca dela para a boca dele. No dia seguinte, preparámos uma surpresa para ele. Durante meses, ele andou a “namorar” um camião enormíssimo, de caixa aberta, que estava em exposição numa mercearia onde costumamos fazer compras. Pois bem, nesse dia, à hora da visita, o camião estava embrulhado, debaixo da minha cama do hospital, e dissemos-lhe que era uma prenda da Mariana para ele. Foi a loucura! Desde então, aqueles dois vivem um amor meloso nunca visto. Ele passa o dia a dar-lhe festinhas, beijos e chama-lhe carinhosamente: “minha tontinha!” A frase mais ouvida aqui por casa é: “Mamã, posso pegar-lhe?” É uma alegria e uma bênção ver como ele gosta da irmã e a ama tanto. E nós, pais babados, já perdemos a conta aos beijos que lhes damos por dia. O sentimento é de gratidão desmedida por estes dois tesouros que Deus nos entregou.

7 de junho de 2008

Encontro de Amigos

O "Panda-pêlo" (como o meu filho lhe chama) veio ao Faial e o meu filho conheceu-o em "carne e osso".

O que mudou

De 2005 para 2008, algumas coisas mudaram aqui na maternidade do Hospital. Hoje, há muito mais mulheres internadas, mas nem todas por terem dado à luz ou estarem na iminência de o fazer. Muitas delas estão ali por causa disto. E por causa disto, existe agora um constrangimento no ar que leva a que as mulheres tenham deixado de perguntar umas às outras o motivo porque estão ali estão internadas. Agora, perguntam umas às outras: "Por acaso sabe porque é que aquela senhora está internada?"

Das visitas

Quando o meu filho nasceu, estavamos a viver no Faial há apenas 7 meses. Ainda assim, foram muitas as pessoas que me visitaram na maternidade, nomeadamente, os irmãos da igreja e o meu senhorio. Nessa altura, também tive a surpresa de receber a visita dos meus pais, ao 3º dia. Desta vez, uma das coisas que me impressionou foi o carinho transbordante que recebi em visitas, flores, ofertas, sms, telefonemas. Até fora de horas recebia visitas de pessoas que trabalham no hospital e que têm "livre trânsito". Não houve quem me batesse em flores naquela maternidade. Fico a pensar no que aconteceu nestes três anos e pouco de Faial. Hoje, temos tantos amigos, tantos conhecimentos... E o melhor de tudo isto é constatar que as pessoas gostam de nós e já nos vêem como "gente da terra". De facto, o amor de Deus atrai e une com laços fortes. Que assim possa perdurar.

Do parto

Ainda não consegui perceber se é uma qualidade ou um defeito, esta minha característica de suportar a dor em silêncio. E por causa disto, muitas vezes as pessoas não se apercebem que eu estou prestes a "dar o estoiro". Tive essa experiência no parto do meu primeiro filho e também agora com a minha filha. Das duas vezes, a parteira olhou para mim e achou que "ainda ía ser coisa demorada". Também das duas vezes, mandou-me voltar para casa e regressar quando estivesse "mais apertada". Mas, das duas vezes, tive de regressar dali a poucas horas, nascendo os bebés de seguida. Desta vez, fui para casa às 19h00 e voltei a dar entrada no hospital às 20h45, tendo a bebé nascido às 21h32. Sem soro, sem epidoral, apenas assistida por uma parteira e uma enfermeira estagiária. A igreja estava reunida em oração, pois o trabalho de parto coincidiu com o horário do culto de 4ª feira. Senti claramente que o Senhor estava comigo. Correu tudo tão bem. No final, o sentimento de gratidão era tão profundo...
Acredito que não é por acaso que tudo correu tão bem. Foi a Mão do Senhor, sem dúvida.
(Agradeço muito a todos os que oraram por nós)

2 de junho de 2008

Meus rapazainhes

...trazendo a Mariana para casa.