29 de outubro de 2014

O pecado menos confessado

Por estes dias, li um livro que me incomodou profundamente. Foi-me oferecido por uma amiga, no meu aniversário. "Este livro já é bem antigo, não diz nada que já não saibas, é apenas uma lembrança." - disse-me ela. Qual quê! Tenho andado aqui às voltas para tentar digerir tudo o que li. Creio até que vou ter de o ler novamente. O livro aborda o pecado mais comum entre os cristãos, que curiosamente é também o pecado menos confessado. Esse pecado chama-se... o pecado da falta de oração. O autor faz um apelo direto para que confessemos este pecado e nos arrependamos dele. Incita-nos também a pedir a ajuda do Espírito Santo para nos fortalecer na descoberta de uma vida de oração rigorosa, comprometida, mas muito feliz. Pois a oração é o segredo de uma vida espiritual poderosa.
"Muito se diz e muitas queixas se fazem sobre a fraqueza da Igreja em cumprir a sua chamada, em exercer uma influência sobre os membros, em libertá-los do poder do mundo e a levá-los a uma vida de santa consagração a Deus. Muito também se diz sobre a sua indiferença face aos milhões de perdidos que Cristo lhe confiou para que ela torne conhecidos deles o Seu amor e salvação. Qual a razão para muitos milhares de obreiros cristãos no mundo não terem uma maior infuência? Nada, a não ser isto - a falta de oração no seu serviço." (A Vida de Oração - Andrew Murray)

27 de outubro de 2014

À minha maneira

Houve um dia um homem que decidiu dar uma oferta a Deus. Ele sabia que para Deus há que dar sempre o melhor. Aliás, o melhor dos melhores. Ele sabia que Deus deseja as primícias, não os restos (porque Deus é digno). Ele sabia tudo isso. No entanto, decidiu dar apenas uma boa oferta, em vez de uma oferta excelente. Deu a oferta como quis, não como Deus pede. Quem viu aquele homem depositar a sua oferta no altar, certamente pensou: “Bem, este homem ama profundamente a Deus! Que oferta maravilhosa está ele a trazer ao Senhor… Que coração generoso!” Porém, a Bíblia diz-nos que Deus não aceitou aquela oferta. (Gén.4:3-5)
 
Houve um dia alguém que recebeu um convite para ir ao casamento do filho do Rei. Que alegria! Que honra! Aquela pessoa sabia que todos os convidados teriam de usar vestes nupciais, no entanto, entendeu que iria vestido a seu gosto. E não é que teve esse atrevimento? Enquanto se dirigia para o casamento, pensava para consigo mesmo: “- O Rei há-de compreender a razão pela qual não quis vestir aquelas vestes. Ele é um Rei compreensivo e amável. Aquelas vestes não fazem mesmo o meu estilo. Afinal de contas, eu tenho o direito de vestir-me como bem entendo.” Porém, diz-nos a Bíblia que o Rei não deixou aquela pessoa participar da boda. (Mateus 22:1-14) 

17 de outubro de 2014

Alegria

Deus fala-nos de muitas maneiras. Até através de estranhos. Todos os dias, quando vou levar os meus filhos mais velhos à escola, cruzo-me com uma mulher que também vai levar o seu filho à escola. Recordo-me do 1º dia em que reparei nela e da forma como Deus falou ao meu coração através dessa situação. Eu que vou sempre muito apressada, com o tempo contado ao segundo, a procurar ajudar os meus filhos a carregar as mochilas, a lancheira, os casacos, procurando gerir alguma birra de última hora e com o pensamento no filho mais novo que, dali a alguns minutos, temos de deixar noutra escola, que ainda fica distante daquela… e o combóio que tenho de apanhar de seguida e o tempo sempre a correr… pois bem, naquele dia, o meu olhar ficou preso àquela mãe. Ela vai muito tranquila com o seu filho para a escola, como que aproveitando cada momento. Tem um sorriso rasgado, próprio de alguém a  quem tudo corre bem na vida. Partilha essa boa disposição com o filho e com as pessoas conhecidas com quem se cruza no caminho. Despede-se do menino com um longo abraço e beijos. O menino vai todo contente para a aula. Volta para casa a pé, serena. Todos os dias reparo nela. Esta mãe, que deve ser mais ou menos da minha idade, traz um lenço a cobrir a cabeça, pois não tem cabelo. O seu ar pálido confirma aquilo que todos percebem que traz dentro de si. O sorriso daquela mãe, apesar das circunstâncias, aquece-me o coração. Também eu tenho de aprender a descansar mais e mais no Senhor e sorrir de gratidão, pelo bom, pelo menos bom, por todas as coisas. Pois a alegria do Senhor é a nossa força (Num.8 :10)

16 de outubro de 2014

Coração bom

Este ano, no aniversário do nosso filho, proporcionámos-lhe uma ída à Kidzania. Era um sonho que ele tinha. As primas íam com ele, mas ele pediu-nos que também fosse um menino. Dissemos-lhe então para escolher dois meninos de entre os seus amigos. Pensou e logo decidiu quem eram os dois meninos que ía convidar. O que nos surpreendeu foi o motivo que pesou na sua escolha: “Eu vou escolher o … e o … porque eles secalhar nunca terão oportunidade de ir à Kidzania”. Sem palavras. Que Deus te conserve sempre assim, filho. Um coração bom.

Orações

A Mariana a orar, com muita emoção, e eu a morder os lábios para não me desmanchar a rir. São assim crianças. Maravilhosas :) 
“- Ó Senhor, ajuda os pobrezinhos! Eles coitadinhos só têm umas migalhinhas para comer… Ajuda-os a encontrar uma, ou duas, ou três moedinhas para comprar pão. Que eles possam pôr o seu copinho à janela e que Tu faças chover para eles terem água para beber. E que eles possam ter Jesus no seu coração. E depois dá-lhes também um iogurte…”