28 de fevereiro de 2011

Tempos de mudança

Hoje foi dia de despedidas. Cinco anos depois, deixei o meu serviço para mudar-me para outro. Há uns meses atrás, depois de muito ponderar, decidi concorrer para outro departamento, que me oferecia mais alguma estabilidade profissional. Pela graça de Deus, fiquei. Mesmo estando grávida. Hoje foi o meu último dia no antigo serviço. A despedida dos meus colegas foi um momento muito bonito e emotivo. Nunca esquecerei as suas palavras. Sem que nada esperasse, ofereceram-me um lindo par de brincos de ouro branco, postais e um ramo de flores deslumbrante. Parto daquele serviço com um sentimento de missão cumprida, com muito orgulho do trabalho que ali prestei, com muita dedicação. Mais do que colegas, fiz amigos. Uma nova etapa se seguirá. Um misto de alegria e tristeza é o sentimento que me acompanha hoje. Mas creio que Deus tem os seus propósitos e certamente tem novos desafios para mim. Que a Sua vontade se cumpra.

25 de fevereiro de 2011

Amigos e Amigas

Nas últimas 2 semanas, comemorou-se nos Açores o Dia dos Amigos e o Dia das Amigas. Trata-se de uma tradição açoriana que tem lugar nas semanas que antecedem o Carnaval. Em semanas distintas, só homens e depois só mulheres, saem para conviver e celebrar a amizade. Aproveitando estas datas, que mobilizam sempre muita gente, a nossa igreja tem, nos últimos anos, realizado jantares de amigos e de amigas, seguido de um programa de convívio fraternal bem mais saudável do que aquele que se vive nas casas de diversão nocturna naqueles dias. Este foi o 2º ano em que fizemos o jantar de amigos, tendo participado 19 homens, dos quais 5 eram visitantes. O jantar de amigas já vai na sua 5ª edição. O primeiro jantar foi em 2007 (ver aqui). Hoje, duas senhoras (visitantes) que estiveram nesse jantar, converteram-se e estão na classe de preparação para o baptismo. Este ano, contámos com cerca de 35 mulheres no jantar, ao qual se seguiu um bom tempo de convívio e um karaoke de música cristã. Seis daquelas senhoras eram visitantes. No final destes jantares, voltamos para casa cheios de alegria. Não daquela falsa alegria que o vinho dá, mas da sã e duradoura alegria de que o Senhor nos enche e que o mundo não conhece.
Que o Senhor possa completar a obra iniciada em cada vida, para Sua glória.

Pesadelo insular

Do nada, comecei a sentir contracções. Eram cada vez mais intensas. Corri para o Hospital. Ali chegada, observaram-me. Comecei então a notar um burburinho entre as enfermeiras. Uma delas, correu para o telefone e pediu um avião com urgência. Explicou-me depois que o bebé ainda era muito pequenino para nascer no Faial, onde não há ventilador, e que eu ía ter de ser já evacuada para Lisboa. Meio assustada, lá fui para o Puma da Força Aérea e descolei rumo ao Continente. Em pleno vôo, entre balanços e contracções, acordei e percebi que estava deitada na minha caminha, serena da vida, e que tudo aquilo não tinha passado de um pesadelo. Que alívio...

21 de fevereiro de 2011

Tomás

Aqui vos deixo uma foto do Tomás inside às 32 semanas. Uma gravidez abençoada, quase a chegar ao fim. Estamos desejosos por conhecer o nosso Tomás.

11 de fevereiro de 2011

Baptismos

No início deste ano, começou uma nova classe de preparação para o baptismo, a qual irá prolongar-se durante alguns meses, com lições de discipulado. Até ao momento, dez irmãos decidiram fazer parte desta classe. Oramos para que todos eles possam permanecer nesta sua decisão.

7 de fevereiro de 2011

Milagres

Há cerca de um ano atrás, escrevi este post (ver aqui), com o coração pequenino. Hoje, partilho convosco esta boa-nova: depois de ter tido alta em Junho passado, a minha mãe, na semana passada, foi a mais uma consulta periódica no IPO para avaliação do seu estado de saúde e o que lhe disseram foi o seguinte: "A senhora dê-se por curada! Não tem mais nada."
(Louvado seja Deus)

O 2º bebé do ano

Nasceu ontem, ao final da tarde, o bebé nº 2 de 2011 da nossa igreja (o nº 2 dos 5 novos bebés esperados para o 1º semestre deste ano). Um lindo Gustavo açoriano, de 2.700 Kg.
(parabéns!)

Diálogos

Chamam-lhe o “ouro” do Açores. A plantação de próteas é já considerado um negócio de futuro, pois as condições climatéricas dos Açores são adequadas a este tipo de cultura, tendo as flores açorianas muita qualidade. Estão já em estudo as condições de transporte marítimo destas flores açorianas (pois o transporte aéreo é caro) para o norte da Europa, para a sua reexportação mundial. Pois bem, por estes dias fizeram um programa dedicado a este tema (que passou em simultâneo na rádio e na RTP Açores), em que as pessoas podiam telefonar para lá e colocar questões em directo. Ora, um dos senhores que telefonou para o programa era um ex-criador de vacas/leite, e partilhou que abandonou essa actividade para se dedicar à criação de próteas, que é muito mais rentável . Nisto, o jornalista perguntou-lhe se, por acaso, já partilhou essa realidade com outros criadores de vacas da sua freguesia e se estes sentiram vontade de fazer o mesmo. Resposta: “Eu já lhes disse que é mais rentável, mas eles acham que cultivar flores é coisa de maricas!”
(lol)

2 de fevereiro de 2011

6 anos



Faz hoje 6 anos que viemos para os Açores. Recordo-me como se fosse hoje. A consciência de que existiam algumas igrejas sem pastor no nosso país andava, desde há algum tempo, a incomodar os nossos corações. Porém, nunca pensámos que o Senhor nos trouxesse para uma igreja no meio do oceano. Depois de vários meses buscando a Sua Vontade, percebemos claramente onde é que o Senhor nos queria. E era mesmo aqui, nos Açores. Um lugar completamente desconhecido para nós. Ainda antes de qualquer decisão, a Convenção Baptista Portuguesa proporcionou-nos uma primeira vinda ao Faial, para conhecermos este lugar e para a igreja nos conhecer. Recordo-me de andarmos a passear por estas serenas ruas, procurando perceber se era mesmo isto que Deus tinha para nós. Era tudo muito bonito, mas tão diferente de tudo o que estávamos habituados e tão longe dos nossos. Mas, quando conhecemos a igreja e aqueles irmãos, os nossos corações começaram a arder... Deus deu-nos um amor inexplicável por estas vidas e por este lugar. Era mesmo isto. No continente, tínhamos acabado de comprar a nossa casa. Tão linda… Nunca a chegámos a estrear, tivemos de a arrendar (e Deus deu-nos a pessoa certa para cuidar da nossa casa). Curiosamente, não nos custou assim tanto não chegarmos a habitá-la. Os nossos corações estavam mais apegados à Chamada. Mais difícil foi deixarmos a família em lágrimas. Muito difícil mesmo... Seis anos se passaram. Deixámos tudo e Deus deu-nos o dobro do que tínhamos. Hoje, somos ricos em experiências de vida, de ministério, em lutas e em vitórias. Foi muito mais do dobro, bem feitas as contas. Éramos apenas dois, hoje somos quase cinco. É tão bom obedecer ao Senhor! Não sabemos quanto mais tempo viveremos aqui. Só Deus sabe. Mas, seis anos já se passaram, repletos de motivos para dar graças ao nosso Bom Deus.

1 de fevereiro de 2011

Festa no Céu

Ser manso e humilde de coração, foi a pregação deste domingo. Uma Palavra explicada de forma muito simples, mas muito profunda e tocante. No final, levantámo-nos para orar e dar o culto por encerrado. De repente, da congregação, alguém diz em voz alta: Está aqui uma senhora que quer aceitar Jesus! Tratava-se de uma rapariga que tem assistido aos cultos nos últimos tempos. Vai sozinha, com um bebé de colo. No domingo anterior, perguntou ao pastor como é que devia fazer para ler a Bíblia, pois já tinha uma, mas não sabia por onde começar. O pastor aconselhou-a a começar pelo Livro de João. E parece que "João" fez o seu trabalho. Enquanto aquela rapariga caminhava pelo corredor central da igreja até à frente, ouviu-se outra voz. Era a voz de um rapaz que assiste aos cultos há cerca de 2 anos. Disse alto: "Eu também quero!" Arrepiante. Orámos todos juntos por mais estas duas vidas que o Senhor tocou, gratos e muito emocionados. Sem quaisquer apelos, estas duas vidas entregaram-se voluntariamente nos braços do Pai. A Deus toda a glória!

Fome e sede (da Palavra)

Há uma irmã da nossa igreja que faz algo muito curioso. Quando algum irmão falta ao culto por estar doente, ela telefona para essa pessoa (normalmente, durante o período do louvor) e proporciona à pessoa a quem telefona a possibilidade de ouvir um pouco do culto. Já aconteceu comigo e soube-me muito bem. Por vezes, ela vai mais longe e telefona a amigas suas que não pertencem à igreja. Um dia, telefonou para uma senhora da ilha do Pico, enquanto na igreja cantávamos o hino "Ó quão cego eu andei". Essa senhora - e todas as pessoas que estavam em sua casa - ficaram encantadas com o que ouviram. Telefonou de volta, felicíssima, para agradecer aquele momento. No domingo seguinte, à mesma hora, aquela senhora esperou ansiosamente pelo telefonema da nossa irmã, desta vez já com algumas vizinhas a seu lado, a quem convidou para ouvir "uns hinos muito lindos". Desde então, aquela senhora recebe sempre um telefonema aos domingos e convida pessoas para o ouvirem consigo. Que o Senhor possa completar a Sua obra naquelas vidas, do outro lado do canal.

Meio-lugar

Terminado o período de cânticos, saí do piano e fui procurar um lugar para me sentar a ouvir a pregação. Fui andando pelo corredor central da igreja, andando, andando e, quando dei conta, estava junto à porta da entrada, de pé, sem ter encontrado nenhum lugar vago. Uma senhora, apercebendo-se da minha dificuldade, apertou-se e cedeu-me um meio-lugar. Foi ali, naquele meio-lugar, que ouvi - feliz - a pregação. Necessitamos, urgentemente, de "alargar tendas". Problemas bons.