23 de dezembro de 2008

O aniversário de Jesus

Escolhi esta fotografia para desejar-vos um bom Natal. Esta casa é de uma irmã da nossa igreja, já avançada em idade, e, segundo ela, a casa está assim generosamente iluminada por um único motivo: "O Natal é o aniversário do meu Jesus!"
Que seria de nós sem o amor de Deus?
Então, vamos festejar! Jesus veio até nós!
Um Natal abençoado para todos!
(Até breve)

22 de dezembro de 2008

Festa de Natal/Festa no Céu

Este ano, as duas igrejas evangélicas da ilha (a Baptista e a Assembleia) uniram-se para celebrar o culto de Natal. Adultos e crianças das duas igrejas participaram num coral (que cantou a duas vozes) e em três peças de teatro (maravilhosas, todas). O meu filho fez de Rei Mago e encarregou-se de levar a mirra. Durante semanas, tudo foi cuidadosamente ensaiado e consagrado ao Senhor, tendo sido muito inspiradora e edificante a colaboração entre as duas igrejas. O culto foi de casa cheia, com várias pessoas de pé e muitos visitantes. Duas senhoras entregaram a sua vida a Jesus, neste culto. Uma delas, já assiste aos cultos da Baptista há algum tempo. Entregou-se a Cristo, sem apelo. Simplesmente, a meio de um cântico, levantou-se e foi à frente, dizendo que queria ser de Jesus. A outra senhora era visitante e tomou a sua decisão no final da pregação. No final do culto, o ambiente era de festa e gratidão a Deus pelo que tem feito no nosso meio. Agradeço também a todos vocês que oram pelo Faial. Sentimos muito as vossas orações.
A Deus toda a glória!

Brincadeiras

Passam a vida nisto: ele dá-lhe os cabelos e ela puxa-os com força :)

20 de dezembro de 2008

A festa da escola

Na festa de Natal da escola do nosso filho, coube-lhe o papel de anjo. Achei graça quando soube que ele ía fazer de anjo, pois, em criança, esse papel coube-me durante seis anos seguidos, nas peças de Natal da igreja. Aqui, todas as participações a que assistimos fizeram alusão ao Natal bíblico (ao contrário do que aconteceu na festa de Natal da escola da filha deste casal de amigos nossos, no continente). Naturalmente, algumas músicas faziam especial referência a "Maria". Infelizmente, não pudemos ficar até ao final da festa, por a nossa filha estar adoentada, mas, de facto, a sociedade açoriana, apesar de alguns desvios, ainda conserva muito do "verdadeiro Natal".

18 de dezembro de 2008

A princesa

Lembro-me perfeitamente do dia em que desenhei esta princesa. Não devia ter mais de cinco ou seis anos de idade. Sentada na mesa da sala, marcadores espalhados e a imaginação a fluir a mil. Hoje, acho graça ao detalhe com que desenhei o vestido de mangas de balão e o longo manto. Os cabelos são compridos, naturalmente. Os olhos talvez um pouco esbugalhados, quase parece que usa óculos. A minha mãe guarda religiosamente este desenho, até hoje. Eu guardo a fotografia que o meu pai tirou. Hoje peguei nesta princesa e sorri. Esta princesa era eu, quando crescesse. :)

16 de dezembro de 2008

Um convite singular

Por estes dias, aconteceu algo inédito nesta ilha. Uma irmã da nossa igreja, reformada, dedica-se, há vários anos, a recolher roupas e calçado em 2ª mão para dar a quem precisa. Aqui, existe bastante pobreza. Não é uma pobreza evidente, mas discreta e bem real. Essa irmã faz aquele trabalho voluntáriamente e de uma forma extremosa: a roupa é cuidadosamente lavada, consertada, engomada e só depois distribuída. Por estes dias, essa irmã foi convidada para dar o seu testemunho durante a missa da igreja católica, pois, apesar de saberem que é evangélica, reconheceram que esta mulher tem um exemplo de vida a dar, no que respeita a amar o próximo. Assim, contra todos os preconceitos, surgiu este curioso convite. E ela lá foi, dando testemunho do que o Senhor tem feito na sua vida, durante o tempo de antena que lhe foi concedido na missa. Em contrapartida, recebeu inúmeras promessas de oferta de roupa, suprindo, assim, a dificuldade que por vezes sente de ter quantidades suficientes de roupa para dar. De facto, Deus usa os meios mais incríveis para suprir uma necessidade. Mas supre sempre.

12 de dezembro de 2008

Chico esperto

Ele - "Pai, eu queria uma escavadora! Acho que o pai Natal não a vai comprar, por isso tens mesmo de ser tu e a mãe!"
Pai - "Tu queres um avião, um carro de bombeiros, os peixinhos, a escavadora... Não achas que isso já são prendas a mais?"
Ele - "Mas é que a escavadora não é para mim, é para ti! Tu tiras a terra do chão com a escavadora e depois deitas a terra na minha camioneta!"

Mamã

Já há um bom bocado que ela estava sentada na espreguiçadeira, sossegadinha, entretida a brincar com um bonequinho. Enquanto isso, eu aproveitava a folga que ela me estava a dar e fazia um montão de tarefas de casa. A certa altura, desligo o aspirador e ouço-a dizer assim: “Ma-mã”. Corri para a espreguiçadeira com o maior sorriso babado deste mundo, peguei-lhe ao colo e dei-lhe mimos sem fim. Pela primeira vez, disse o meu “nome”, fazendo as minhas delícias. Há muito que esperava por este momento, até porque ela já diz (e bem) “papá”, há algum tempo…

11 de dezembro de 2008

A urbe

Ao fim de quase 4 anos a viver na ilha, olho para esta foto da cidade e já a consigo considerar um grande centro urbano, com stress, com ritmo acelerado, com trânsito considerável, com falta de estacionamento e tudo aquilo a que uma cidade grande tem direito.

10 de dezembro de 2008

De arrepiar

Sentada no meu gabinete, ouço o avião da TAP a sobrevoar a ilha para tentar aterrar, pela 4ª vez. Um colega meu está dentro daquele avião. Depois da minha experiência num SATA, há um ano atrás, não consigo deixar de me arrepiar só de ouvir o som deste avião. Não é fácil viver nas ilhas. Deus tenha misericórdia.
(Nota: Hoje soube que, por fim, o avião acabou por desistir e regressou para S. Miguel...)

7 de dezembro de 2008

Festa no Céu

Iniciado o culto, a igreja começou a louvar a Deus com cânticos. No final do 2º cântico, o pastor, inesperadamente, fez a seguinte pergunta: “Quem é que aceitou o Senhor durante este cântico?” Confesso que até estremeci por dentro quando ouvi o meu marido fazer esta ousada pergunta. “O quê? Já?”, pensei eu. O culto havia começado nem há 15 minutos. Nisto, vejo um rapaz levantar-se, em lágrimas, e começar a caminhar para a frente. Há muito tempo que aquele rapaz assiste com regularidade aos cultos e participa das actividades da igreja, nomeadamente, da equipa de futebol masculina. Chegado à frente, ouço o meu marido perguntar de novo: “Mais alguém?” Ao ouvir isto, gelei. “Mais? Ai…” Olho para a congregação e vejo a esposa daquele rapaz, que também já tem vindo a assistir aos cultos desde há algum tempo, levantar-se e vir à frente. As lágrimas começam a escapar ao meu controlo. “Mais alguém?” Ao ouvir esta pergunta pela terceira vez, já estava por tudo… “Senhor faz a Tua obra!”, orava em espírito. E, mais um homem, marido de uma senhora que se converteu recentemente, levanta-se e vem à frente declarar que deu a sua vida a Jesus. Depois disto, cantámos, todos juntos, desafinadíssimos, um cântico para Deus. Como é possível ser afinado quando a voz nos treme de emoção? Era este o estado geral da igreja. Terminado o cântico, o pastor diz para a congregação: “Mais alguém se entregou a Cristo?” Foi então que uma senhora, muito especial para mim, que me tem ajudado a passar a roupa a ferro e com quem tenho estabelecido uma amizade bonita, foi à frente assumir a sua fé em Jesus. Uma decisão que tem vindo a ser adiada durante muitos anos, concretizou-se hoje e eu tive o privilégio de assistir àquele momento. “Foi hoje”, disse-me, no final. Sim, “foi hoje” o dia em que estas quatro vidas foram motivo de uma festa no Céu. A Deus toda a Glória!