26 de junho de 2010

Cântico Açoriano

(Tradução? Quem arrisca?)

Está-se bem (nos Açores)

Ontem, feriado. Hoje, tolerância de ponto. Amanhã, sábado. Depois de amanhã, domingo.

24 de junho de 2010

Continentais

Aeroporto de Ponta Delgada. Entro no autocarro que leva os passageiros até ao avião da SATA e deparo-me com um grupo de pessoas do Continente. “Que ilha é esta?”- perguntava um deles. “Opá, isto é Ponta Delgada… ora, Ponta Delgada acho que é em S. Miguel… ó Zé, isto é a Ilha de S. Miguel, não é? “ (pausa) “Isto é muita calminho… é muita tranquilo…” – num tom de gozo. Depois acharam muita graça por não haver lugares marcados no avião. Curioso... há 5 anos atrás, quando vim para os Açores, acho que também pensava assim e provavelmente dizia coisas semelhantes a estas. Também eu achava o Continente uma super potência em relação aos Açores. Hoje, é diferente. Creio ter abandonado completamente a arrogância (e ignorância) continental. Consigo perceber o sentir dos açorianos e sei que não gostam nada quando se diz que “Em Portugal é que é”, como se os Açores não fizessem parte do território português. E confesso que, em pleno voo, quando o avião começou a abanar (apanhámos uns belos ventos cruzados na descida para a Terceira) e aquele grupo do Continente começou a suar e a agarrar-se às cadeiras, dizendo “O que é isto?”, eu e mais dois senhores açorianos sorrimos uns para os outros, tendo um deles dito assim: “Não se assustem, nós já estamos habituados a isto! São só ventos cruzados. Ainda vos falta experimentar um poço de ar!”
(lol)

Pormenores


Mesa do "chá", no final da reunião de mulheres da nossa igreja.

22 de junho de 2010

Portugueses

Em pleno Mundial, muito se tem falado acerca dos portugueses de sotaque brasileiro que integram o plantel da selecção. Ora é porque a selecção está cheia de "brasileiros", ora é porque se os "brasileiros" não cantam o hino nacional é porque de certeza que não sabem a letra (como se todos os "portugueses" a soubessem de cor...), enfim. Ontem li um comentário num site desportivo que me deixou arrepiada. Dizia alguém, referindo-se à ausência de Deco, por lesão, que “agora é que vamos ver jogar os verdadeiros portugueses”! Medonha esta afirmação. Como é que nós, que temos cinco portugueses emigrados para cada estrangeiro que vive em Portugal, podemos tratar assim aqueles que escolheram o nosso país para viver e que o adoptaram como sua pátria? Não são muitos milhões de portugueses também franceses, americanos, suíços, brasileiros? E não estão também eles a contribuir para o bem daqueles países? E se os nacionais de origem desses países os chamassem de “falsos nacionais”? Pois.

Uma aventura nas compras

Escondidos na Modalfa. Não se pode tirar o olho deles...

Reencontro

Depois de quase oito semanas de tratamentos diários, os médicos deram uma semana de "férias" à minha mãe. Curiosamente, nessa sua semana de descanso, foi-me agendada uma viagem em serviço a Lisboa. Um presente de Deus. Na viagem de avião, estava um pouco ansiosa pelo momento em que iria reencontrar a minha mãe. Sabia que ela ía estar à minha espera no aeroporto. Assim que passei as portas das "chegadas", procurei o rosto da minha mãe entre o de dezenas e dezenas de pessoas que ali estavam... e, de imediato, encontrei logo o seu sorriso rasgado e emocionado (o mesmo sorriso que, há 4 anos atrás, descobri que também sei fazer na perfeição: o sorriso de mãe). Retribuo-lhe o sorriso e apresso-me na sua direcção para a abraçar. Enquanto caminho para ela, penso para comigo: "Meu Deus, ninguém diz que a minha mãe está doente! Ela está óptima..". Foi muito pouco o tempo que estivemos juntas, mas soube tão bem. Vejo muito a Mão de Deus em toda esta situação. Perante um diagnóstico tão delicado, os tratamentos estão a fazer os seus efeitos e "acima das expectativas" dos médicos, como eles próprios disseram. Agradeço muito a todos os que oram pela minha mãe. Sei que são muitas pessoas. Obrigada, de coração.
Há momentos em que nos dedicamos mais a ouvir do que a falar. É assim que tenho vivido os últimos tempos e creio que é assim que vou continuar. Porém, decidi acabar com o jejum de blogue. Tenho saudades de escrever. Faz-me tão bem... E têm acontecido tantas coisas boas que é uma pena não partilhá-las convosco. Resumindo, estou de volta.