17 de dezembro de 2009

Boas pistas

Certa vez, ouvi um pastor partilhar que costumava observar pequenos gestos das pessoas para tentar perceber quem elas são genuinamente. E deu um exemplo que nunca esqueci. Disse que, quando dava boleia ao grupo de jovens, prestava atenção àqueles que íam logo para os bancos da frente e, por outro lado, reparava naqueles que não se importavam de ir atrás. De facto, estes comportamentos podem ser boas pistas para conseguirmos ver a pessoa para além do que é aparente.
Há dias, encontrei uma irmã da igreja nas compras. É uma pessoa com dificuldades financeiras. Reparei que estava a comprar duas paletes de leite, uma de marca branca e outra de marca cara. Na altura pensei que, certamente, o leite mais caro era para ela beber e o mais barato para uso culinário. Mas não. Para minha surpresa, a palete de marca cara foi depois por ela ofertada à igreja, para os cabazes que estamos a preparar para distribuir a famílias necessitadas. A outra palete é que era para consumo da sua casa. Que coração bom...

A nossa família

15 de dezembro de 2009

Ser grato

A Bíblia diz-nos que "em tudo dai graças". E a vida ensina-nos a viver esta verdade. Quando o meu marido chegou a casa, com um ar desgostoso, e me disse que bateu com o carro num pequeno muro, corri para a rua e, ao ver o estado lastimoso da frente do nosso carro, lembrei-me de imediato deste versículo: "em tudo dai graças". Graças a Deus que foi só chapa. Graças a Deus que nem o meu marido, nem o nosso filho, que ía no banco de trás, sofreram um arranhão. Graças a Deus que o dinheiro que vamos ter de gastar vai ser entregue a um mecânico e não a um médico. Graças a Deus.

Curioso

Na sequência do episódio relatado neste post, uma colega, de outra ilha, com quem trabalho há quase quatro anos, confidenciou-me recentemente que também é de outra religião. É adventista do sétimo dia, mas nunca contou a ninguém.

14 de dezembro de 2009

Prioridades

Ainda sobre este fim-de-semana, informo, a quem não saiba, que quando um avião não tem lugares suficientes para levar todos os passageiros que ficaram em terra, dá-se prioridade a uma equipa de futebol, aos técnicos e árbitros (vinte e duas pessoas no total), e uma mãe, com duas crianças pequenas à sua espera noutra ilha, uma delas que ainda é amamentada, fica em lista de espera.

De perder o pio

Depois da minha experiência aeronáutica deste fim-de-semana, em que após quatro tentativas de aterragem frustradas, na Ilha do Faial, o comandate decidiu ir para a Ilha Terceira, onde fiquei retida durante a noite, devido a más condições climatéricas; e em que, no dia seguinte, pela manhã, fiz a minha pior viagem de sempre, cheia de turbulência, pessoas a gritar e a pedir ao comandante para voltar para trás, as lágrimas a cairem-me pelo rosto, mais uma tentativa de aterragem frustrada, até que, à segunda, conseguimos aterrar... enfim, acho que vou precisar de algum tempo para digerir isto tudo.

4 de dezembro de 2009

Um coração bom

No carro, com os dois no banco de trás, ponho um CD no leitor e pergunto:
- "Filho, que música é que queres ouvir? "
- "Põe a preferida da Mariana, a dos cinco irmãos iguais."
- "Mas, filho, a Mariana está a dormir. Aproveita para ouvir as músicas que mais gostas!”
Resposta: “Ela está a dormir, mas vai ouvindo.”

Ontem, na rua, acabado de sair de uma loja de gomas, encontra um amiguinho da igreja. Abre o saco das gomas e retira uma goma enorme (que era peça única) e, sem quaisquer reservas, oferece-a ao menino.

Há dias, no final de mais um dia de escola, perguntei-lhe: “Bebeste os dois leitinhos que a mamã te mandou na mochila? (um para o lanche da manhã e outro para o lanche da tarde)
Resposta: “Só bebi um.”
- “Porquê?” – perguntei pasmada (ele gosta imenso de leite)
Resposta: “Dei o outro à minha colega B., que não tinha levado leitinhos.”

São pequenos episódios como este que vou guardando no meu coração e agradecendo a Deus, pois, mais do que tudo, o que desejo para o meu filho é que ele seja um bom homem, com um coração cheio de amor por Deus e pelos que o rodeiam.

3 de dezembro de 2009

"Natal dos Empregados"

Ontem, ao deparar-me com esta cena, fiquei a pensar no que aconteceria à caixinha de moedas do "Natal dos Empregados" da Repsol do Faial, se eles vivessem em Lisboa...

Missão cumprida

Na última semana, vi-me confrontada com duas situações em que “ou falava ou calava-me para sempre” no que se refere à defesa da fé cristã evangélica. Os ambientes em que surgiram essas oportunidades de testemunho não foram propriamente fáceis, pois estavam presentes muitas pessoas, algumas delas com cargos públicos muito importantes. Na primeira situação, a pergunta foi-me feita directamente, pelo que respondi, mas apenas falei 1% de tudo o que queria dizer. Faltou-me coragem. A pressão da oposição que teria de enfrentar e o pensamento de que “eles vão odiar o que vou dizer”, fez-me calar. Da segunda vez, assim que percebi que a oportunidade estava a surgir de novo, comecei a orar em silêncio. E Deus ajudou-me. De forma muito clara, serena, mas incisiva, alertei para o favorecimento que se faz de uma determinada religião cristã em detrimento de outras igualmente cristãs, que também têm desenvolvido um importante trabalho. Chamei a atenção para a ideia pré-concebida, mas profundamente errada, de que toda a gente pertence a determinada religião. Alertei para a relação de especial cuidado e separação que deve existir para com a Igreja. E, pela graça de Deus, aquilo que disse foi compreendido por todos e aceite, ou pelo menos tolerado, pela generalidade das pessoas. As sugestões apresentadas irão ser superiormente ponderadas e poderão vir a marcar a diferença num acontecimento que iria ser bastante discriminatório. Depois de falar todas aquelas coisas, recostei-me na cadeira, tirei um rebuçado de mentol do bolso e, durante alguns segundos, não o consegui desembrulhar, de tanto que me tremiam as mãos. Ninguém reparou, mas eu tremia como varas verdes. Não foi apenas uma descarga de tensão, eu senti mesmo uma pressão muito grande. Respirei fundo, agradeci a Deus por ter sido comigo e lá comi o rebuçado, com um sentimento de missão cumprida. De facto, Deus não merece o meu silêncio. Tenho aprendido que mais importante é o que Deus pensa de mim, do que o que os homens pensam de mim.

2 de dezembro de 2009

Aterragem na Ilha Terceira - 20/11/2009

E eu que tinha uma viagem em serviço agendada para esse dia, que foi desmarcada nas vésperas... ufffffff

Festa no Céu

No culto de domingo passado, a pregação foi sobre imoralidade sexual, com especial ênfase sobre pornografia. Um tema muito específico, não levado ao púlpito com muita frequência, mas que o meu marido tinha a certeza que era a Palavra que Deus queria entregar à igreja naquele dia. A congregação ouviu atentamente a Mensagem do Senhor, com o silêncio e a reflexão a que o tema leva. Por vezes, podemos ser levados a pensar que determinados temas, mais “incómodos”, não devem ser usados nas pregações, mas, de facto, toda a Palavra deve ser anunciada. E Deus sabe todas as coisas. No final da pregação, sem qualquer apelo, um senhor levantou-se e foi até ao pastor, chorando muito. Queria arrepender-se dos seus pecados e receber a Salvação. Orámos todos juntos por mais esta vida que o Senhor alcançou. Marido de uma irmã da igreja, recém-baptizada, e que já vem assistindo aos cultos há vários meses. Deus seja louvado! A Ele toda a glória!