23 de dezembro de 2008

O aniversário de Jesus

Escolhi esta fotografia para desejar-vos um bom Natal. Esta casa é de uma irmã da nossa igreja, já avançada em idade, e, segundo ela, a casa está assim generosamente iluminada por um único motivo: "O Natal é o aniversário do meu Jesus!"
Que seria de nós sem o amor de Deus?
Então, vamos festejar! Jesus veio até nós!
Um Natal abençoado para todos!
(Até breve)

22 de dezembro de 2008

Festa de Natal/Festa no Céu

Este ano, as duas igrejas evangélicas da ilha (a Baptista e a Assembleia) uniram-se para celebrar o culto de Natal. Adultos e crianças das duas igrejas participaram num coral (que cantou a duas vozes) e em três peças de teatro (maravilhosas, todas). O meu filho fez de Rei Mago e encarregou-se de levar a mirra. Durante semanas, tudo foi cuidadosamente ensaiado e consagrado ao Senhor, tendo sido muito inspiradora e edificante a colaboração entre as duas igrejas. O culto foi de casa cheia, com várias pessoas de pé e muitos visitantes. Duas senhoras entregaram a sua vida a Jesus, neste culto. Uma delas, já assiste aos cultos da Baptista há algum tempo. Entregou-se a Cristo, sem apelo. Simplesmente, a meio de um cântico, levantou-se e foi à frente, dizendo que queria ser de Jesus. A outra senhora era visitante e tomou a sua decisão no final da pregação. No final do culto, o ambiente era de festa e gratidão a Deus pelo que tem feito no nosso meio. Agradeço também a todos vocês que oram pelo Faial. Sentimos muito as vossas orações.
A Deus toda a glória!

Brincadeiras

Passam a vida nisto: ele dá-lhe os cabelos e ela puxa-os com força :)

20 de dezembro de 2008

A festa da escola

Na festa de Natal da escola do nosso filho, coube-lhe o papel de anjo. Achei graça quando soube que ele ía fazer de anjo, pois, em criança, esse papel coube-me durante seis anos seguidos, nas peças de Natal da igreja. Aqui, todas as participações a que assistimos fizeram alusão ao Natal bíblico (ao contrário do que aconteceu na festa de Natal da escola da filha deste casal de amigos nossos, no continente). Naturalmente, algumas músicas faziam especial referência a "Maria". Infelizmente, não pudemos ficar até ao final da festa, por a nossa filha estar adoentada, mas, de facto, a sociedade açoriana, apesar de alguns desvios, ainda conserva muito do "verdadeiro Natal".

18 de dezembro de 2008

A princesa

Lembro-me perfeitamente do dia em que desenhei esta princesa. Não devia ter mais de cinco ou seis anos de idade. Sentada na mesa da sala, marcadores espalhados e a imaginação a fluir a mil. Hoje, acho graça ao detalhe com que desenhei o vestido de mangas de balão e o longo manto. Os cabelos são compridos, naturalmente. Os olhos talvez um pouco esbugalhados, quase parece que usa óculos. A minha mãe guarda religiosamente este desenho, até hoje. Eu guardo a fotografia que o meu pai tirou. Hoje peguei nesta princesa e sorri. Esta princesa era eu, quando crescesse. :)

16 de dezembro de 2008

Um convite singular

Por estes dias, aconteceu algo inédito nesta ilha. Uma irmã da nossa igreja, reformada, dedica-se, há vários anos, a recolher roupas e calçado em 2ª mão para dar a quem precisa. Aqui, existe bastante pobreza. Não é uma pobreza evidente, mas discreta e bem real. Essa irmã faz aquele trabalho voluntáriamente e de uma forma extremosa: a roupa é cuidadosamente lavada, consertada, engomada e só depois distribuída. Por estes dias, essa irmã foi convidada para dar o seu testemunho durante a missa da igreja católica, pois, apesar de saberem que é evangélica, reconheceram que esta mulher tem um exemplo de vida a dar, no que respeita a amar o próximo. Assim, contra todos os preconceitos, surgiu este curioso convite. E ela lá foi, dando testemunho do que o Senhor tem feito na sua vida, durante o tempo de antena que lhe foi concedido na missa. Em contrapartida, recebeu inúmeras promessas de oferta de roupa, suprindo, assim, a dificuldade que por vezes sente de ter quantidades suficientes de roupa para dar. De facto, Deus usa os meios mais incríveis para suprir uma necessidade. Mas supre sempre.

12 de dezembro de 2008

Chico esperto

Ele - "Pai, eu queria uma escavadora! Acho que o pai Natal não a vai comprar, por isso tens mesmo de ser tu e a mãe!"
Pai - "Tu queres um avião, um carro de bombeiros, os peixinhos, a escavadora... Não achas que isso já são prendas a mais?"
Ele - "Mas é que a escavadora não é para mim, é para ti! Tu tiras a terra do chão com a escavadora e depois deitas a terra na minha camioneta!"

Mamã

Já há um bom bocado que ela estava sentada na espreguiçadeira, sossegadinha, entretida a brincar com um bonequinho. Enquanto isso, eu aproveitava a folga que ela me estava a dar e fazia um montão de tarefas de casa. A certa altura, desligo o aspirador e ouço-a dizer assim: “Ma-mã”. Corri para a espreguiçadeira com o maior sorriso babado deste mundo, peguei-lhe ao colo e dei-lhe mimos sem fim. Pela primeira vez, disse o meu “nome”, fazendo as minhas delícias. Há muito que esperava por este momento, até porque ela já diz (e bem) “papá”, há algum tempo…

11 de dezembro de 2008

A urbe

Ao fim de quase 4 anos a viver na ilha, olho para esta foto da cidade e já a consigo considerar um grande centro urbano, com stress, com ritmo acelerado, com trânsito considerável, com falta de estacionamento e tudo aquilo a que uma cidade grande tem direito.

10 de dezembro de 2008

De arrepiar

Sentada no meu gabinete, ouço o avião da TAP a sobrevoar a ilha para tentar aterrar, pela 4ª vez. Um colega meu está dentro daquele avião. Depois da minha experiência num SATA, há um ano atrás, não consigo deixar de me arrepiar só de ouvir o som deste avião. Não é fácil viver nas ilhas. Deus tenha misericórdia.
(Nota: Hoje soube que, por fim, o avião acabou por desistir e regressou para S. Miguel...)

7 de dezembro de 2008

Festa no Céu

Iniciado o culto, a igreja começou a louvar a Deus com cânticos. No final do 2º cântico, o pastor, inesperadamente, fez a seguinte pergunta: “Quem é que aceitou o Senhor durante este cântico?” Confesso que até estremeci por dentro quando ouvi o meu marido fazer esta ousada pergunta. “O quê? Já?”, pensei eu. O culto havia começado nem há 15 minutos. Nisto, vejo um rapaz levantar-se, em lágrimas, e começar a caminhar para a frente. Há muito tempo que aquele rapaz assiste com regularidade aos cultos e participa das actividades da igreja, nomeadamente, da equipa de futebol masculina. Chegado à frente, ouço o meu marido perguntar de novo: “Mais alguém?” Ao ouvir isto, gelei. “Mais? Ai…” Olho para a congregação e vejo a esposa daquele rapaz, que também já tem vindo a assistir aos cultos desde há algum tempo, levantar-se e vir à frente. As lágrimas começam a escapar ao meu controlo. “Mais alguém?” Ao ouvir esta pergunta pela terceira vez, já estava por tudo… “Senhor faz a Tua obra!”, orava em espírito. E, mais um homem, marido de uma senhora que se converteu recentemente, levanta-se e vem à frente declarar que deu a sua vida a Jesus. Depois disto, cantámos, todos juntos, desafinadíssimos, um cântico para Deus. Como é possível ser afinado quando a voz nos treme de emoção? Era este o estado geral da igreja. Terminado o cântico, o pastor diz para a congregação: “Mais alguém se entregou a Cristo?” Foi então que uma senhora, muito especial para mim, que me tem ajudado a passar a roupa a ferro e com quem tenho estabelecido uma amizade bonita, foi à frente assumir a sua fé em Jesus. Uma decisão que tem vindo a ser adiada durante muitos anos, concretizou-se hoje e eu tive o privilégio de assistir àquele momento. “Foi hoje”, disse-me, no final. Sim, “foi hoje” o dia em que estas quatro vidas foram motivo de uma festa no Céu. A Deus toda a Glória!

28 de novembro de 2008

Puro mel

A Mariana faz hoje 6 meses. Meio ano de Mariana.
Já não conseguimos (e este plural envolve também o nosso filho) imaginar as nossas vidas sem ela.
Como descrevê-la? Puro mel.
Deu-me uma gravidez serena, nasceu tranquilamente, dorme bem, come (muitíssimo) bem e é um amor, sempre a distribuir sorrisos, de bem com a vida, não estranha ninguém. As professoras da creche elogiam-na constantemente, dizendo que é uma criança muito calma, feliz e que “transmite muita paz”.
Só tenho motivos para agradecer a Deus. E, como diz o meu marido, “é tão bom ter uma menina!"
(Amamos-te muito, "dorminhoca bebé")

27 de novembro de 2008

Avarias

(Como disfarçar uma tesourada destas?)

26 de novembro de 2008

Bela Vista - continuação

No ano passado, escrevi um post sobre um sítio no Faial que tem uma vista deslumbrante, mas que nada aproveita aos seus residentes: o cemitério.
Há dias, em conversa com uma senhora, lembrei-me de um outro sítio, na ilha, com uma vista maravilhosa: a sala do bloco de partos do hospital. A parede lateral da sala é toda envidraçada, com vista directa para o verde, que desce até ao mar azul-puro, no qual se eleva a arrebatadora montanha do Pico. Não que eu tenho visto alguma coisa do que acabei de descrever. Na verdade, apesar de já ter estado duas vezes naquela sala, não vi nada. Nadinha. Aquela senhora jura que também não viu nada. Fica a intenção do arquitecto.

A não depressão

Certa vez, vi na televisão uma entrevista a mães que tiveram bebés com doenças cardíacas. Nunca mais me esqueci dessa entrevista. Até porque, atendendo a uma limitação de saúde que tenho, eu poderia ter sido mais uma dessas mães. Também nisto, Deus foi muito bom para comigo e para com os meus filhos. Recordo-me que, a dada altura, a entrevistadora perguntou àquelas mães: “Tiveram depressão pós-parto?”, tendo a resposta daquelas mulheres sido unânime: “Depressão? Nem tivemos tempo para isso.” De facto, o sofrimento de ter um filho recém-nascido, minúsculo, indefeso, que nos pode morrer nos braços se não for operado, de peito aberto, em poucas horas, é algo que nos deve absorver todas as energias, todas as emoções, todos os pensamentos e todas as preces.
O aproximar do fim-do-ano, leva-me a começar a fazer o balanço do que foi 2008. Para mim, este ano ficará marcado para sempre como “o ano da não depressão”. Vou explicar melhor. Este ano, tive motivos bastantes (e até de sobra) para ter caído numa depressão profunda. Mas isso não aconteceu. Não porque eu seja espectacular ou uma valentona, mas sim porque Deus foi a minha força. Esta experiência de sentir Deus, a cada dia, a dar-me quilos e quilos de força e garra foi fortíssima, este ano. Em 2008, percebi claramente a diferença entre o que é enfrentar a crueldade da vida sem Deus e com Deus. E com Deus é possível vencer. Com Deus, tudo correu bem, muito bem.
(Obrigada, Pai)

22 de novembro de 2008

O fim de um namoro no séc. XXI

(Que bom que, neste mundo, existem pessoas cheias de humor que nos proprocionam momentos deliciosos como este)

20 de novembro de 2008

Uns puxadores originais...

(senhores designers de mobiliário: aqui fica a sugestão do meu filho)

18 de novembro de 2008

Ops

Há dias, levei os meus filhos ao meu trabalho. A certa altura, estavam os meus colegas todos em redor dos meus filhos, quando, do nada, o meu filho sai-se com esta: “A minha casa está desarrumada, mas é limpinha.”
(Eu poderia explicar todo o contexto que envolve esta afirmação do meu filho, mais concretamente, o facto de termos mudado recentemente de casa e de ainda existirem algumas coisas por organizar. Mas, perante uma saída inesperada destas, tive de me juntar ao coro das gargalhadas e tentar disfarçar o ruborizar da minha face. Afinal, não há nada melhor do que conseguirmos rir de nós próprios.)

17 de novembro de 2008

Quem desdenha...

Diz-se que todas as pessoas têm uma criança dentro de si. E é verdade. Pelo menos, é este o sentimento que tenho quando vejo as enxurradas de spots publicitários de brinquedos que, nesta época, passam na televisão. Oficialmente, fica bem a um adulto dizer a viva voz: "Pronto, lá vêm os anúncios de brinquedos! Que chatice... que pressão sobre as crianças! E depois nós, adultos, é que vamos ter de aguentar com os milhentos pedidos de prendas. Haja dinheiro, etc." Mas, bem lá no fundo, não consigo ser indiferente aos brilhantes que agora existem para pôr no cabelo da Barbie, nem ao cruzeiro da Polly e afins. Gosto imenso de brinquedos, admito. Recordo-me sempre, com um sorriso, de, em miúda, ter gasto todo o dinheiro todo que o meu pai me deu para comprar uma prenda, num vestido de alta de costura, do criador Oscar de La Renta, para a minha Barbie. Neste Natal, há um brinquedo que me faz umas cócegas terriveis: o "Hospital das Barriguitas". Inclui um bloco de partos e uma máquina, na sala de espera, para tirar bebidas, sandes e chocolates... irresistível! E, enquanto digo: "Mais anúncios, que chatice, etc...", grito bem alto no meu interior: "Mariana, cresce depressa que nós duas vamo-nos divertir à grande!"

16 de novembro de 2008

Uma família de bem

Aqui nos Açores, é comum vermos casas com bandeiras. Normalmente, são duas as bandeiras içadas: a de Portugal e a dos Estados Unidos da América. Requícios de um passado ligado à emigração. Mas, há dias, descobri uma casa cujas (três) bandeiras me chamaram a atenção de uma forma especial: eram elas a bandeira de Portugal, a dos Açores e... a do Benfica! Sim, senhor, grandes estandartes!

11 de novembro de 2008

Saudades

Nunca estive tanto tempo longe da minha terra e dos meus, como desta vez. As saudades são mais que muitas. O cansaço também. E agora com a agravante de termos uma bebé de cinco meses, cujos avós, tios e primos estão ansiosos por conhecer e poder tocar. Pela graça de Deus, tudo se proporcionou no sentido de podermos viajar neste final de ano. Quando contámos ao nosso filho que iríamos ao Continente, pegou num marcador e fez este desenho (com a ajuda do pai, na parte do piloto). “Mamã, é uma TAP das grandes!” Achei piada às 4 janelas que ele desenhou no avião: uma para cada elemento da família.
Não vejo a hora de abraçar com força cada um dos meus familiares, descansar um pouco os braços por ter avós e tios babados que não vão largar os meus filhos, comer as comidas das suas panelas, passear pelas ruas e ver como está tudo diferente, ouvi-los brincar connosco por causa do sotaque açoriano, encher-me de vaidade quando o meu filho der shows ao serão a cantar “O Areias é um camelo” e afins, para depois voltarmos a sentir muitas saudades dos Açores e da família que aqui também temos. E regressarmos cheios de saudades, no sentido inverso.

9 de novembro de 2008

Uma forma diferente de ver televisão

Look outonal

Mais uma vez, pela mão da Daniela, o meu blogue volta a ter um novo look.
(Obrigada, mana. Gostei muito! A foto do Faial, visto do Pico, ficou demais.)

1 de novembro de 2008

Mais festa no Céu...

No domingo passado, durante a pregação, fomos levados a reflectir se estavamos ou não preparados para, um dia, nos encontrarmos com Jesus. No culto, estavam menos pessoas do que é habitual, por motivos vários. Porém, com as pessoas que estavam, aconteceu o seguinte: tendo sido feito um apelo para reconciliação, uma irmã voltou para o Senhor, e, feito o apelo para receber Jesus, duas senhoras, que já vêm a assistir aos cultos há alguns meses, foram à frente e afirmaram perante a igreja que, na sua intimidade, já se tinham decidido por Jesus e que querem fazer parte da igreja.
Que dizer mais? Não há palavras...
A obra é do Senhor e a glória é só Dele!

Menina

Selo de Rafeiro

A Vilma, do blogue Coisas de Mim, contemplou-me com este engraçado selo Rafeiro. Segundo o dicionário, rafeiro quer dizer: “uma casta de cães próprios para a guarda de gado, ou o indivíduo que acompanha sempre outro, vigiando-o e defendendo-o.”
Vou passar este selo a 2 senhoras: a Vera (que ama todos os cães deste mundo, inclusivamente os rafeiros pulguentos) e a Daniela (que pela-se de medo de cães, mas que é uma rafeirosa pura no segundo sentido da definição).

20 de outubro de 2008

Festa no Céu


Neste Domingo, a Igreja Baptista da Horta celebrou mais um baptismo. Desta vez, uma senhora. E como boa açoriana que é, tinha o desejo de baptizar-se no mar. No final do culto, a igreja dirigiu-se à Praia da Conceição e, debaixo de um sol maravilhoso (depois de uma semana cinzenta e chuvosa), celebrámos o baptismo. Na praia estavam algumas pessoas, que pararam o que estavam a fazer para ver o baptismo. Curiosamente, quando a nossa irmã se levantou das águas, as pessoas que estavam na praia (na areia e no mar) começaram a bater palmas, comentando que "foi muito lindo". E foi mesmo. A Deus toda a glória!

19 de outubro de 2008

Há mais Césares na Terra

Hoje, foi dia de eleições regionais. E quando há eleições, os pastores costumam apelar à igreja que dê bom testemunho, cumprindo os seus deveres cívicos. Normalmente, esta palavra é acompanhada daquele versículo bíblico em que Jesus disse: "Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".
Antes de sairmos de casa, disse ao meu marido: "Querido, aqui nos Açores, é melhor não citares o versículo... pode parecer que estás a aconselhar a igreja a votar em determinado partido político."

15 de outubro de 2008

Resquícios da ída ao circo

Todas as noites, é certinho. Só adormece com uma história. Naquela noite, decidi contar-lhe a história de Daniel na cova dos leões. Estava eu a dizer-lhe que "...quando Daniel chegou ao fundo da cova, os leões, por milagre, não lhe morderam", ele interrompe-me bruscamente, e começa a relatar o resto da história com um entusiasmo vibrante, dizendo: "E depois o Daniel pegou nas cordas e bateu com elas no chão e os leões saltaram de cadeira em cadeira...".
(Ainda não se esqueceu da ída ao circo)

Viver num lugar arrebatador

(Fajã - Faial)
(Flamengos e cidade da Horta, ao fundo)
(Vista para a Ilha do Pico)
(Fotos - Flickr)

14 de outubro de 2008

Festa no Céu

No domingo passado, a Igreja Baptista da Horta celebrou o seu 33º aniversário. É impressionante como numa ilha tão pequena e tão profundamente católica há uma igreja evangélica que, contra ventos e marés, mantém as suas portas abertas há 33 anos. Por vezes, sem pastor durante anos a fio. Outras vezes, com apenas um punhado de crentes. Mas sempre na linha da frente, levando a Palavra. E num culto de casa cheia, com muitos visitantes, a igreja agradeceu a Deus pela vida (e pelas vidas) que lhe tem dado. O ponto alto do culto foi o do baptismo de três irmãos. Desta vez, todos homens. O Senhor tem sido bom para esta igreja. A Ele toda a glória!
(Foto: Cascalho, Faial - in Flickr)

13 de outubro de 2008

Casa nova

Já instalados na casa nova, só temos motivos para agradecer a Deus pela forma como correu esta mudança. Pela primeira vez, nada se partiu, nada se estragou. E eu que, antes de começar a mudança, andei preocupadíssima (até mesmo desesperada) só de imaginar o montão de coisas que teríamos de desmontar, transportar, voltar a montar, arrumar e limpar (com dois bebés pelo meio), acabo por ter de dar a mão à palmatória e reconhecer que a minha preocupação foi escusada pois tudo se compôs. Os irmãos da igreja foram amorosos e ajudaram-nos muito na mudança, nas limpezas e até a tomar conta dos meninos. Sem eles, não teríamos conseguido. Custou-me um pouco entregar a chave da nossa quinta casa (custa-me sempre). Enquanto a limpava, recordava diversos momentos que ali vivemos, quer como família, quer ao serviço do Senhor, e agradecia a Deus por cada um desses momentos. Os nossos vizinhos ficaram com muita pena de irmos embora. Enfim... agora é continuar a pôr tudo nos sítios (socorro, mamã…) e seguir em frente nesta nova e abençoada casinha.

5 de outubro de 2008

Pela 6ª vez...

Nos próximos dias, vamos andar "um bocadinho" atarefados. Senhoras e senhoras, pela 6ª vez, nos últimos 5 anos, vamos mudar de casa (só com um pouco de humor é que isto lá vai...).
(Até breve)

Contradições

Faz-me confusão que num país onde a vida humana é desvalorizada ao ponto de uma mulher poder chegar a um hospital e fazer um aborto porque sim, nesse mesmo país a vida humana seja sobrevalorizada ao ponto de a minha filha ter vários colegas de turma, cujos nomes já constam dos cabides onde se penduram as mochilas e os casacos dos bebés, e que já pagam a mensalidade, mas que estão a faltar à creche por, simplesmente, ainda não terem nascido.

3 de outubro de 2008

Coincidências...

Aproximo-me do portão da escola para ir buscar o meu filho. As crianças são mais que muitas, excitadíssimas. Abraço o meu filho e vejo a educadora dele aproximar-se de nós com uma expressão diferente do habitual. Estende-me a mão, que eu seguro, e começa a falar comigo de mão dada. "Sabe, estive a ler a ficha que preencheu com os dados da família e vi que são evangélicos... e, sabe, fiquei muito feliz porque eu também sou evangélica (da Assembleia) ... e em quinze anos de profissão é a primeira vez que tenho um aluno evangélico." Com um sorriso de orelha-a-orelha e o meu coração a estoirar fogo-de-artifício, respondi-lhe que também eu ficava muito feliz por saber que a educadora do meu filho é evangélica.
Como é possível? Em pleno Açores, no ano em que o meu filho entra para a escola, uma professora crente, que não estava nesta ilha, é colocada aqui e fica com a turma dele. São coisas como esta que me fazem acreditar cada vez menos em coincidências. São coisas como esta que reforçam a minha fé no Deus de Amor, que cuida dos seus.

2 de outubro de 2008

O bolo dos tubarões

Durante semanas, o meu filho andou a pedir-nos um bolo de aniversário "com um tubarão, velas e foguetes e tudo". O seu sonho concretizou-se com este exemplar confeccionado por uma senhora que faz bolos por encomenda, melhor do que ninguém nesta ilha. Ao vivo, o bolo era um encanto. Até a areia era comestível (bolacha ralada). O mar parecia ter vida, com o retoque da espuma branca das ondas. Por dentro era de puro chocolate... O bolo foi um sucesso na escola, para casa veio apenas a tábua da base. E o melhor de tudo, foi o sorriso deslumbrado do nosso filho, que tudo merece. Tudo.

Cinderela

Na 6ªf passada, ao chegar a casa, reparei que a minha filha trazia apenas um sapatinho calçado. Fiquei desfeita... Nem queria acreditar que tinha perdido um dos seus sapatinhos rosa, novinhos à estreia. Vasculhei o carro ao pormenor, o meu marido foi procurar o sapatinho na rua, mas nada... Dei-o por perdido. Até que, ao passar em frente a uma loja, algo despertou a minha atenção na montra (ver foto acima). Lá estava ele, em grande destaque!
Vivam as terras pequenas e as pessoas de coração bom!
(e já ganhei o dia)

Recaída

(No berço, com os brinquedos da mana bebé)

:)

Há dias, a educadora do meu filho chamou-me à parte para me dizer que ele tem uma linguagem muito perceptível e rica para a sua idade. “Para além de falar bem, ele usa até palavras rebuscadas” – explicou a educadora. Desde então, tenho ficado ainda mais atenta ao que ele diz e, de facto, a educadora tem razão. Por exemplo, ainda ontem, na igreja, dei com ele a dizer, muito gentilmente, a um menino: “Queres uma das minhas próprias bolachas?”
(lol)

30 de setembro de 2008

Do lado de cá

Hoje, ao ver o telejornal da RTP1, confesso que fiquei um pouco indignada por terem colocado legendas aos testemunhos dos açorianos que viveram o drama da explosão em Vila Franca do Campo. "Para quê legendas? Percebe-se perfeitamente o que eles dizem!" - pensei eu. Mas, logo a seguir, lembrei-me que vivo há 3 anos e meio nos Açores. Mais ainda, lembrei-me de um episódio caricato, quando trabalhava para um Banco no Continente, em que telefonei para um senhor açoriano que, mal ouviu as minhas primeiras palavrinhas, passou logo o telefone à filha por "não entender o português".
(RTP1, estás perdoada.)

28 de setembro de 2008

Rap açoriano

Foi desta música que tirei o nome para o meu blogue... ó rapazainhe... lol!

26 de setembro de 2008

Testemunho

Há uns tempos, recebi um e-mail muito engraçado, intitulado “As t-shirts do Nuno Markl”. E de todas aquelas t-shirts, houve uma que me fez rir a bom rir. Era uma que dizia assim: “Recibo Verde since 1993”.
Aquela quase poderia ter sido a minha t-shirt. Desde que terminei o curso, tenho trabalhado sempre a recibos verdes. Não vou aqui falar sobre o que é trabalhar a recibos verdes, não vale a pena. Prefiro sorrir com o sentido de humor de Nuno Markl. Até porque, pela graça de Deus, os meus recibos verdes têm os dias contados. Por estes dias, estive a concorrer para um vínculo mais estável e fiquei apurada. Parece um sonho…
Neste dia, quero dedicar a concretização deste vínculo a uma pessoa muito especial: uma menina muito doce, de olhos meigos e sorriso rasgado, de quem tive de me privar de passar o dia todo, com muitas lágrimas e dor, quando ela tinha apenas um mês e três semanas de vida. Esta vitória é para ti, Mariana. E, no próximo ano, vais ter um mês inteirinho de férias com a tua mamã (e com direito a subsídio de férias para comprarmos bonecas!!).
Muito, muito obrigada, meu Deus!

21 de setembro de 2008

16 de setembro de 2008

Figurão


Sempre achei esta publicidade exagerada, até que o meu filho começou a ter este preciso comportamento ao final de cada dia de escola.

A verdade sai da boca das crianças

Na casa de umas pessoas amigas: “Papá, dá-me um bocadinho daquela água de sumo…”

12 de setembro de 2008

Natanael

Desde o ano passado que este dia passou a ser também o dia em que o Natanael foi viver com o Pai. Recordamo-lo com aquele sorriso rasgado que trazia sempre no rosto. Queremos aqui deixar um abraço muito grande para os seus pais, irmãos e demais família no Brasil. Saibam que a esposa e filhas do Natanael têm aqui uma família que as ama muito. Um abraço especial para o Pastor Pedro, por quem continuamos sempre a interceder.

31


(e porque hoje não é apenas o meu dia, parabéns também para ti, mãe)

9 de setembro de 2008

1º dia de escola

"Portou-se muito bem. Não chorou, brincou muito e aquilo de que mais gostou foi rebolar na relva" (palavras da professora, no final do 1º dia de escola)

8 de setembro de 2008

Caricato

O cúmulo da pontaria é ir passar um fim-de-semana à Ilha do Pico para desanuviar da rotina do dia-a-dia, ver coisas diferentes, respirar outros ares, etc, e encontrar lá: os nossos vizinhos da frente, os nossos vizinhos do lado e ainda o nosso senhorio.

5 de setembro de 2008

No banho...

... calçado e de bóia.

4 de setembro de 2008

A ama que ama

Há um ano atrás, escrevi este post. Nesse dia, fui trabalhar com os olhos marejados por não ter conseguido vaga para o meu filho na creche, pelo 2º ano consecutivo. Hoje, voltei a ir trabalhar com os olhos marejados. O motivo foi exactamente o oposto ao do ano passado. Hoje, tivemos de dizer à ama dos nossos filhos que afinal não é só o nosso filho que vai deixar de andar na ama (este ano, vai para a pré-escola), mas que a nossa menina também vai sair por ter sido aceite na creche. Foi muito difícil para nós dizer isto àquela senhora. Aqui, se uma criança não entra na creche logo no 1º ano de vida, muito dificilmente conseguirá entrar nos anos seguintes (é sempre a mesma turma que transita de ano para ano). Por isso, esta é uma oportunidade única para a nossa filha. A senhora aceitou com naturalidade esta nossa decisão, mas não conseguiu esconder completamente a emoção que a notícia lhe causou. Por momentos, os olhos dela brilharam mais e percebemos claramente que as lágrimas estavam ali por perto. Nunca esquecerei aquela expressão de amor. A ama dos nossos filhos é muito querida para nós. Cuida dos nossos filhos com muito afecto e apego. Numa terra onde não temos ninguém de família, esta senhora tem sido o nosso braço direito na educação dos nossos filhos. A amizade, essa, perdurará sempre. E já combinámos que o nosso filho há-de lá ficar nas férias escolares. Aquela senhora faz parte do nosso dia-a-dia há quase três anos e agora vai deixar de fazer. É difícil. Um novo ciclo irá iniciar-se. E, por tudo isto, hoje voltei a ir trabalhar com os olhos marejados.

Prince

Sinto-me um Prince em relação ao meu blogue. Diz-se que o músico Prince tem muito material inédito na gaveta. Também eu tenho imensos posts na minha mente e tão pouco tempo para estar ao computador.

Comparações

"Os pés dela são piquininos". Pausa. "Os meus são normaus".

Piso -1 lotado. Piso -2 vago.

1 de setembro de 2008

Bê-sel-bê

"Bê-sel-bê" é a música que ele mais gosta de trautear.
(Tradução de "Bê-sel-bê": ver aqui vídeo, no minuto 2:10 em diante)

29 de agosto de 2008

Festa no Céu

Certa vez, foi feito um apelo numa igreja e converteram-se “duas vidas e meia”. Ao ouvir isto, alguém perguntou: “Foram dois adultos e uma criança?” E a resposta do pastor foi a seguinte: “Não, converteram-se duas crianças e um adulto”, e continuou, "...as crianças têm toda a vida para servir a Jesus, já os adultos restam-lhes apenas alguns anos de vida".
No nosso acampamento, três meninas e um menino aceitaram Jesus como Senhor e Salvador das suas vidas. Têm uma vida pela frente para O servir e receber as Suas bênçãos. Que assim seja.

23 de agosto de 2008

O homem dos sete ofícios

Nestas ilhas acontecem coisas muito giras. Esta que vos vou contar é mesmo surreal. Aconteceu - e continua a acontecer - na Ilha do Corvo. Para quem não conhece muito esta realidade, o Corvo é a ilha mais pequena do arquipélago, com cerca de 400 habitantes e uma caixa multibanco. Os telefones do Corvo não enchem uma página das Páginas Amarelas. Foi neste lugar que uma colega minha, numa deslocação em serviço oficial, presenciou isto que vos vou relatar. Quando o avião aterrou no Corvo, estava um senhor na pista a fazer aqueles sinais com os reflectores para orientar na aterragem. Feita a aterragem, o senhor arrumou os reflectores, sentou-se num carrinho e conduziu-o até junto do avião. Depois, descarregou as malas para o carrinho. Seguidamente, levou o carrinho com as malas para dentro e descarregou-as. Para além disto, este homem também faz o check-in e o check-out. Querem mais?
(Fantástico)

22 de agosto de 2008

Mariana

...ontem dormiu dez horas seguidas e esta noite dormiu doze horas seguidas.
(dou muitas graças a Deus por esta menina)

21 de agosto de 2008

Encontro com o Rei

Recordo-me sempre com um sorriso nos lábios de uma história que a minha saudosa avó me contava (ela contava as mesmas histórias várias vezes): o seu encontro com a rainha da Inglaterra. Quando a rainha veio a Portugal (na altura era muito novinha), todos a esperavam com muita expectativa. A minha avó foi cedíssimo para o local onde aguardavam a rainha e, no meio da multidão, tentava, em bicos dos pés, arranjar um lugar onde pudesse avistar a tão esperada rainha. Porém, quando a rainha chegou, a decepção foi enorme. A minha avó tinha imaginado uma rainha de densos vestidos, manto vermelho e coroa dourada, mas, afinal, a rainha, dizia ela, “era uma rapariga igual às outras”, com um “vestido simples”. As crianças e adolescentes das duas igrejas evangélicas da ilha também estão, desde ontem, a ter “um encontro com o Rei”. É este o tema do acampamento de verão deste ano. O acampamento foi pensado e organizado com muito amor, muito trabalho e muita oração. Inúmeras surpresas aguardam estas crianças: praia, piscinas naturais, gincanas, histórias bíblicas, louvor, entre outras coisas. Este ano, os adolescentes, para além de campistas, vão estar também a trabalhar no acampamento e, pela primeira vez, são os responsáveis pela música. Para algumas destas crianças esta é a primeira vez que estão a ter contacto com um ambiente cristão evangélico. Durante estes dias, tudo o que tenho pedido a Deus é que este acampamento possa ser marcante para aquelas crianças e adolescentes, pois, se ninguém esquece um encontro com o rei (ou rainha), quanto mais um encontro com o “Rei dos Reis”!

Acho tão estranho…

…que ele diga “quarto de banho” quando nós dizemos “casa de banho”.

14 de agosto de 2008

Está explicado!

Achei estranhíssimo que ele tivesse despejado pelo chão do terraço os M&M's que lhe tinha acabado de comprar no supermercado. Foi ele que os tinha pedido com tanto gosto... Mas, antes de partir para o ralhete, consegui respirar fundo e perguntar-lhe o motivo pelo qual tinha feito aquilo. A resposta era óbvia, só eu é que não estava a perceber. Aquilo não eram M&M's, mas sim sementes! E ele tinha acabado de as plantar. Agora restava-lhe ficar ali a aguardar que dessem "belas flores". Foi então que me lembrei da origem de tudo isto.

Recaída

Foi num piscar de olhos. Depois de encher a banheirinha da bebé (que já foi dele...), conferir a temperatura da água, etc, fui buscar a minha filha ao quarto. Mas, quando cheguei à casa de banho, a banheira já tinha um ocupante... Já diz o ditado "Quem foi ao ar perdeu o lugar..."

13 de agosto de 2008

Melgas

Hoje tive a prova. Já andava desconfiada disto, mas depois da noite passada não tenho mais dúvidas. Como tínhamos visitas em casa, dormimos os 4 no mesmo quarto. Aliás, os 5: nós e uma melga. Com quatro pessoas para morder, quem é que foi o escolhido, quem foi? Eu e só eu. Está provado, quem tem uma Adriana por perto não precisa de repelentes de melgas.
(e ainda bem que fui a escolhida, tadinhos dos meus meninos...)

8 de agosto de 2008

Para reflectir

Isto aconteceu em Toronto, na St. Paul the Apostle Maltese Catholic Church, em Abril 2008.

6 de agosto de 2008

5 de agosto de 2008

Há mais Josés na terra…

A Igreja da Horta deve ser provavelmente uma das igrejas do país com mais crianças em relação à dimensão da congregação. Sem falar das crianças mais velhas, posso dizer-vos que só depois do meu filho nascer (ainda não fez 3 anos) já nasceram mais 9 bebés.
Por isso, durante a pregação, temos um programa paralelo para as crianças. Certa vez, fiquei com as crianças e decidi contar-lhes uma história. Contei-lhes a história de Maria e José. Estava eu a entrar naquela parte em que Maria teria de contar a José que ía ter um bebé, quando lhes fiz esta pergunta: “Ainda se lembram quem era o noivo de Maria? Hum? Era o… Jo-sé!” Nisto, o meu filho levanta-se, aponta para a parede onde estão alguns desenhos em exposição e grita muito alto: “Já sei! É aquele!” Olho para o desenho a que ele se referia e dou de caras com o José e a capa multicolores.

Como Deus trabalha…

Há uma irmã da nossa igreja que desde que começou a frequentar as reuniões de oração de mulheres pediu sempre que orássemos pela C. e pela D., suas amigas. Ela partilhava connosco que lhes falava de Jesus e que as convidava para virem à igreja, porém, os convites eram sempre declinados. Recentemente, uma outra irmã da igreja, recém-convertida, que não sabia disto, convidou a mãe da C. para vir à igreja. A mãe veio e, pouco tempo depois, trouxe também a filha. Desde então, têm voltado sempre. Ontem, a C. esteve pela primeira vez na reunião de mulheres e contámos-lhe que já orávamos por ela há muito tempo. Ela, emocionada, contou que agora é ela quem tem falado de Jesus à amiga D.

1 de agosto de 2008

A promessa

Parece que é mesmo desta que o nosso filho vai largar as fraldas. E ele sabe que quando o fizer receberá uma bicicleta do Noddy. Sempre que vai ao híper, fica a namorar a sua prometida "boliquéta" (bicicleta), como ele lhe chama. Por causa disto, sempre que faz alguma coisa no bacio, grita pela casa fora: "Ganhei mais uma roda! Ganhei mais uma roda!"

Miminhos originais

Enquanto dava festinhas carinhosas à irmã, o meu filho dizia num tom muito amoroso: "Ó minha fedorentazinha... minha fedorentazinha!...".

Mariana

Esta noite dormiu sete horas seguidas… sete!
(Obrigada, meu Deus)

31 de julho de 2008

E assim se descobrem as verdades...

Esta noite, enquanto dormia profundamente, o meu marido balbuciou estas palavras: "Estou cansado... de ver lojas de roupa de bebé...".
(ops! Parece que vou ter de reduzir as minhas ídas à Modalfa...)

Testemunho

Acho tão bonita a forma como Deus se revela às pessoas. Podemos ensinar-lhes muitas coisas acerca do Senhor, mas a experiência que cada pessoa vai tendo no seu dia-a-dia com Deus é que faz a diferença. E é curioso constatar que Deus não tem uma “chapa 5” que aplica a toda a gente. Nada disso. Ele vai-se revelando de formas diferentes a cada um.
Há dias, uma recém-convertida contava-me que, este ano, o negócio da sua hospedaria estava fraquinho. Entretanto, quando soube que iríamos receber irmãos de outras ilhas para a Assembleia da ABA, sentiu um desejo muito grande de oferecer os quartos da hospedaria para alojar alguns desses irmãos. Ofereceu-os todos, menos um que estava ocupado, durante 4 dias. Assim que se comprometeu a oferecer os quartos, começaram a aparecer pessoas para ficar na hospedaria. E isto foi a tal ponto que quase não conseguia ter os quartos limpos a tempo, pois os hóspedes só os desocuparam pouco tempo antes de chegarem os irmãos para a ABA. Mas esta história não ficou por aqui. Ainda antes de se iniciar a ABA, começaram a chover telefonemas com reservas de grupos e, de repente, aquela irmã ficou com a hospedaria reservada até ao final do Verão. Ela contava-me esta experiência emocionadíssima, louvando ao Senhor. Esta mulher percebeu o quanto Deus a ama e está interessado em cuidar da sua vida.
E ao ouvir este testemunho, fiquei ainda mais deslumbrada com o Deus de Amor.
Vale a pena ter o Senhor na nossa vida. Vale mesmo.

Uma casa no Céu

O meu filho está convicto de que os avós têm uma casa no céu e eu até consigo compreender porquê. Quando os avós o visitam, chegam num avião e quando vão embora, partem noutro. Já lhe tentei explicar que o avião segue até Lisboa e que não fica parado no céu, mas ele não acredita em mim. O avô e avó têm uma casa no céu e pronto. Acabo sempre por desistir de o tentar demover e acho piada à certeza com que ele defende a sua ideia. Na verdade, ele até tem razão. Felizmente, os avós têm mesmo uma casa no Céu. Uma casa que lhes foi oferecida por Jesus. Está lá guardada.
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.” (João 14:2)

29 de julho de 2008

O regresso da laranja mecânica

E em pleno verão, a dream team açoriana regressa em força, desta vez sem meias nem chuteiras. A equipa da Igreja Evangélica Baptista da Horta está agora a dar cartas no campeonato de futebol de praia (e praia de areia preta), com um guarda redes que defende penalties e um pastor ponta de lança. As outras equipas já se vão habituando ao facto de existir uma equipa da igreja baptista nos campeonatos. Muitos conhecimentos têm sido feitos. O relacionamento entre os homens da igreja tem sido fortalecido. Ainda não vai ser desta que vão trazer a taça, mas há-de chegar o dia!

Confessionário

Sei que é feio sentir ciúmes, mas quando vou ao Flickr e vejo aquelas maravilhosas fotos de família (os primos todos juntos, os avós com os netos, etc) que as minhas amigas lá colocam, sinto tanta, mas tanta pena de estar longe da minha família…
É este o penoso preço que pagamos. É este o preço.

26 de julho de 2008

Aqui está ela...

...a vinha da igreja.
(Adolecentes a comer uvas - doces como mel)

25 de julho de 2008

ABA

No fim-de-semana passado, a nossa igreja foi a anfitriã da 28ª Assembleia-geral da Associação Baptista Açoriana (para quem não conhece, a ABA é como a Convenção Baptista, mas de dimensão regional e com sotaque açoriano). Admiro muito a Igreja da Horta pela coragem que teve para abrir as suas humildes portas a um evento desta dimensão e pelo trabalho que desenvolveu para receber os irmãos das outras ilhas.Nos dias que antecederam a Assembleia, os irmãos trabalharam até altas horas da noite. Homens, mulheres, adolescentes, alguns de muletas e até de cadeira de rodas, todos deram o seu contributo para deixar as instalações da igreja um brinco. Uns pintaram as portas da fachada, outros limparam o quintal e a vinha da igreja, outros conduziram a camioneta que levava as ervas e os lixos do quintal, outros ofertaram mobílias para os quartos do 2º piso, outros colocaram cortinas, outros prepararam as ementas das refeições e fizeram compras, outros cozinharam (e bem) outros decoraram a montra da igreja, outros limparam, aspiraram, os adolescentes ensaiaram vezes a fio as mímicas que iriam apresentar, outros ofereceram as suas casas para receber pessoas, outros disponibilizaram carros para transportar pessoas. Deu gosto ver o empenho e a alegria com que a igreja fez tudo isto. Simplesmente, porque amam o Senhor.
Durante 3 dias, recebemos os nossos irmãos das outras ilhas e fomos abençoados com a presença do Pastor Jónatas Figueiredo, orador convidado, que nos trouxe mensagens do Senhor profundamente tocantes e desafiadoras. Tivemos também a honra de receber a visita do Pastor Abel Pêgo, Presidente da Convenção Baptista. Nesta Assembleia, foi eleito o novo Presidente da ABA, desta vez, uma mulher: a irmã Délia Silva, da Terceira. Os cultos tiveram sempre casa cheia, com várias pessoas de pé e visitantes. Um dos momentos altos foi, sem dúvida, o do testemunho de um irmão da Ilha Graciosa, lugar onde já existe um grupo de novos convertidos, nove deles já baptizados. Foi um tempo muito edificante pelo qual damos muitas graças a Deus. Saímos todos desta Assembleia muito mais fortalecidos e animados para continuar o nosso "bom combate".

24 de julho de 2008

Glup

Quando encontro o quarto dele neste estado, tendo-o eu arrumado momentos antes, vêm-me logo à memória as sábias palavras do meu saudoso avô Manuel: "Para quê fazer a cama se logo à noite vou-me deitar outra vez?" (Tinhas toda a razão, avô)

Delicioso

No dia em que regressei ao trabalho, enquanto me despedia dos meus filhos, à porta de casa da ama, com o coração completamente despedaçado, o meu filho, do alto dos seus dois anos e meio, diz-me com um ar muito seguro de si: “Mamã, vai trabalhar que eu cuido da mana!”

20 de julho de 2008

No mundo tereis aflições

Nesta vida passamos por situações muito difíceis. Algumas são mesmo profundamente difíceis e dolorosas. Como esta que vivo hoje, dia em que vou ter de regressar ao trabalho, um mês e três semanas depois da minha filha ter nascido.

13 de julho de 2008

A 1ª pescaria

O nosso filho já estreou a cana de pesca. E que estreia! Pescou dois peixes na primeira ída à pesca. Temos pescador! Ainda não foi desta que pescou "um tubarão com batatas", como pretendia. Mas, por este andar, ainda lá vai chegar!

Festa no Céu

A Igreja da Horta tem dois novos membros. Pessoas que, no passado, já se tinham decidido por Cristo e que, por isso, já foram motivo para que tenha havido "festa no Céu". Entretanto, ao longo das suas vidas, seguiram rumos que as afastaram do Caminho. Hoje, estão novamente no seio da igreja. As suas vidas têm vindo a ser visivelmente transformadas e moldadas pelo Senhor. É uma alegria para toda a igreja receber mais estas duas vidas. E, no Céu, a festa continua.

O circo veio à ilha

A vinda de um circo à ilha tem um impacto que já não se conhece no Continente. Lembro-me de, em tempos, viver esse entusiasmo quando o circo ía à minha terra. Aqui ainda é assim. Como não temos muita oferta de eventos lúdicos, em especial nas ilhas mais pequenas, a adesão das pessoas acaba por ser bastante razoável. Ainda assim, o investimento que representa empacotar um circo (ainda que não venha completo) e enviá-lo num barco até uma ilha no meio do Atlântico (sem apoios externos, segundo afirmam) acaba por não justificar tão dispendiosa deslocação. Este mês esteve cá o "Circo Dallas". Este circo já não vinha aos Açores há 16 anos. Trapezistas, malabaristas e números com leões, pombas, camelos, poneys e cães fizeram as delícias das crianças da ilha. O meu filho, pelo menos, ruge como um leão desde esse dia. Quando é que outro circo irá aventurar-se a vir à ilha? Não sabemos.

10 de julho de 2008

Mãos cheias...

...de presentes de Deus.

Pastor Pedro

Ando há algum tempo para escrever este post, mas nem tenho tido coragem para o fazer. É sobre algo que ainda não acredito muito bem que esteja a acontecer. Mas está. O nosso querido amigo Pastor Pedro, irmão do Natanael, encontra-se em coma. Conhecêmo-lo em Setembro passado, no dia em que o Natanael partiu para o Senhor. Tivemos o privilégio de o hospedar em nossa casa e de gozar da sua companhia. Amámo-lo desde o primeiro momento. É uma pessoa extraordinária. Um homem de Deus, com um coração cheio de amor pela obra do Senhor. Manso, muito humilde. A nossa família e toda a igreja está muito consternada com o sucedido. Sei que a sua família costuma passar por aqui de vez em quando. Saibam que estamos aqui todos a orar, com perseverança, pelo Pastor Pedro. Um abraço carinhoso para toda a família.

8 de julho de 2008

A prenda mais desejada

Uma cana de pesca "vedadéra" (verdadeira)

Menina

Sete - continuação

E no dia em que completei sete anos que acabei o curso, o meu irmão Gustavo estava na Faculdade de Psicologia de Coimbra a defender a sua tese de mestrado. Dezoito valores, foi a brilhante nota que arrecadou. Nem tenho palavras para descrever a alegria que sinto... Muitos parabéns, mano! E que o teu futuro possa ser sempre assim muito brilhante e abençoado pelo nosso bom Deus.
(esta é só para ti: viva o ronobotxorobolono!)

7 de julho de 2008

Sete

Hoje, dia sete do sete, há sete anos atrás, acordei com o som do telefone de casa dos meus pais, a tocar muito ao longe. Como não estava mais ninguém em casa, lá me levantei, muito contrariada, e fui atender o estraga sonos. Era de Coimbra, da Sociedade Filantrópica. Telefonaram-me para informar que já tinham saído as notas de Direito e Processo Civil. Gelei. Era a cadeira que me faltava fazer para concluir o curso. A 2ª frequência tinha-me corrido "assim-assim", por isso, eu já andava a estudar para a prova oral. Era por isso que ainda estava a dormir àquela hora da manhã. A noite tinha sido longa. Quando ouvi do outro lado a nota que tinha tido (e abro aqui um parêntesis para explicar que não vou dizer em concreto que nota foi, pois as classificações de Direito em Coimbra entristecem qualquer texto), agradeci a informação e, serenamente, desliguei o telefone. Fiquei estática por uns momentos. Lembro-me que respirei fundo e depois comecei a rir e a chorar ao mesmo tempo. "Acabou" - repetia eu - "Acabou, acabou!". Hoje, há sete anos, completou-se um importante capítulo da minha vida. Um capítulo de muito esforço, muita entrega. Um capítulo em que cresci muito por dentro. O meu tempo de estudante. Até hoje, tenho muita gratidão para com Deus pela forma como me abençoou na faculdade. Naquele dia, Deus deu-me um presente que hoje é uma bênção para ajudar muita gente. Sete anos. Parece que foi ontem.

30 de junho de 2008

Em terras pequenas...

...podem acontecer coisas como esta: chegar ao pequeno almoço da maternidade e constatar que as três senhoras ali internadas (e eu era uma delas) tinham todas camisas de dormir iguais.
(É o que faz só existir um sítio onde se vende roupa de grávida)

29 de junho de 2008

O missionáriozinho

No ano que o meu filho nasceu foi publicada uma foto dele no boletim informativo de Missões Nacionais, acompanhada de uma legenda interessante: “o missionáriozinho Miguel”. Não sei quem foi o autor dessa carinhosa legenda, mas essa pessoa escreveu uma grande verdade. O nosso filho tem-nos aberto imensas portas a nível de relacionamentos. É uma criança muitíssimo comunicadora e desinibida, com uma simpatia irresistível. Temos conhecido muitas pessoas através dele. Certa vez, vinha sozinha com ele no avião e apercebi-me de que havia uma senhora que olhava muito para nós. O rosto não me era estranho, mas não conseguia associá-lo a nada. Quando o avião aterrou, a senhora passou junto de nós e, quando estávamos cara-a-cara, ouço, inesperadamente, a vozinha do meu filho perguntar-lhe: “O teu cão?” Recordo-me de ter achado aquela pergunta estranhíssima, mas, segundos depois, num flash, lembrei-me que aquela senhora costuma passar em frente à igreja a passear um cão pela trela. Nunca tínhamos falado com ela, mas a partir daquele dia tudo mudou. A senhora é apaixonada pelo cão e o meu filho tocou-lhe no seu ponto fraco. “O meu cão? Tu sabes bem quem eu sou, não sabes? Que engraçado! Como ele gosta do meu cão! Olha, ele deve estar cheio de saudades da dona. Amanhã já o vais ver a passear comigo.” – foi a resposta da senhora. Hoje, quando passa por nós já pára e trocamos dois dedos de conversa. Ainda há dias me deu os parabéns pela bebé. Curioso, não é? Um missionáriozinho, sem dúvida.

28 de junho de 2008

Já passou um mês desde que te conheci...

...e continuo absolutamente deslumbrada por ti, minha doce filha .