25 de setembro de 2009

Uma campanha diferente

O presidente da nossa junta de freguesia, a mulher e o filho, vieram bater-nos à porta de casa para nos convidarem para um jantar, no salão social da freguesia. Salada de atum, carne assada e feijão no forno. Curiosa esta forma de fazer campanha eleitoral.

21 de setembro de 2009

4 anos

Naquela madrugada não preguei olho. Volta e meia sentia uma dor intensa, que logo passava. Era a primeira gravidez, tudo era novo. Lembro-me de ficar na dúvida se deveria ir para o hospital ou não. "Será que já é para nascer?", pensava. Pelas oito da manhã, achei por bem ir para o hospital. Ali chegada, deitei-me sobre uma cama e comecei a clamar baixinho por Jesus. Nestas horas, todas as mulheres pedem socorro a Deus. Recordo-me que ainda me levantei e, com muita dificuldade, despejei a minha mala e arrumei as minhas roupas e as do bebé no armário do hospital. Por volta das dez e tal, não aguentei mais, e chamei a enfermeira. Levaram-me de imediato para o bloco de partos. O meu marido, que esperava notícias no corredor, viu-me passar e correu atrás de mim, enquanto vendia o nosso carro (de dois lugares apenas) pelo telemóvel. Algo do género: “O carro está em óptimo estado, posso mostrar-lho, mas só mais logo, pois agora vou entrar para o bloco de partos que a minha mulher vai ter um bebé!”. Surrealista. O Miguel nasceu pelas onze horas e quinze minutos, chorando a plenos pulmões. Recordo-me que assim que mo deram e lhe peguei, calou-se de imediato. “É tão lindo.. é tão lindo…” repeti vezes sem conta. E o sorriso rasgado do meu marido, que se dividia entre mim e o bebé num êxtase nunca visto! Foi há 4 anos… Quatro anos muito ricos em sorrisos, em amor e em gargalhadas, pois o nosso filho é muito doce, muito inteligente e extremamente cómico! É único. É um presente de amor do nosso Deus.
Muitos parabéns, filho! E muito obrigada, meu Deus, por nos teres confiado esta riqueza imensa!

15 de setembro de 2009

Cedência de passagem

A caminho de casa, no final de um dia de trabalho, o trânsito complicou-se.

Pela 2ª vez

Pelo segundo ano lectivo consecutivo, a professora do meu filho não conseguiu colocação no Continente e ficou, mais uma vez, colocada na ilha, com a turma do meu filho. A professora ficou satisfeita, pois gostou muito de cá viver no ano lectivo anterior e nós ficámos radiantes. Numa ilha profundamente católica, em que a cultura religiosa é abrangida pelos programas escolares, o meu filho tem o privilégio de ter uma professora evangélica. Uma crente fiel, dedicada e uma professora maravilhosa.
Coincidência? De forma alguma. Isto é a Mão de Deus, cuidando e abençoando de forma extremosa.
(Obrigada, Senhor)

14 de setembro de 2009

Homens ao poder

Diz-se que "as mulheres estão a tomar conta do mundo". Desde que estudam e trabalham fora, os homens estão a ficar para trás, etc, etc. Mas, sorrateiramente, e enquanto pensamos que somos as melhores, as maiores e as mais inteligentes, os homens estão a invadir e a tomar conta de domínios que eram exclusivamente nossos. Vejam a nova lei da parentalidade e as licenças partilhadas, os 30 dias de gozo exclusivo pelo pai. Mais, vejam a nova embalagem da Cerelac! Dezenas de anos depois, surge na Cerelac, pela primeira vez, um homem, lado-a-lado com a mãe!! Cuidado, senhoras! Eles andam aí!!
(E ainda bem)

12 de setembro de 2009

32

Desde miúda, aprendi a memorizar coisas por associação. É muito mais fácil. Recordo-me perfeitamente de andar a aprender a tabuada na escola e ter fixado que 8x4 era a idade da mamã. Nunca mais me esqueci. Estava sempre desejosa que a professora me perguntasse quanto era 8x4, pois essa não iria errar de certeza absoluta. Hoje, completo 8x4 anos. Hoje, sou eu a mamã. Como o tempo passa...
Dou muitas graças a Deus pela vida que me tem dado e, hoje, a minha oração é que o Senhor me ajude a viver esta mesma vida cada vez mais para Sua honra e glória.
E tu, mamã, que hoje também fazes anos, recebe o meu abraço aqui do meio do oceano e, quando eu soprar as velas, vou imaginar que estou a soprá-las contigo, como sempre fazíamos.

3 de setembro de 2009

Mulher ao volante

E para quem não se apercebeu, ou não viu o filme abaixo até ao final, chamo a atenção para a madrinha do novo avião da SATA, o "Diáspora". Sim, é uma mulher comandante! Chama-se Filipa Gonçalves, é natural da Ilha Terceira, e (agora segurem-se) tem 27 aninhos!
Os açorianos estão muito à frente!

Um baptizado diferente

Os novos aviões açorianos foram baptizados por um padre. Ver aqui o vídeo.

Coincidências

Ainda sobre a minha última viagem de avião. Antes de sair de casa, o meu marido aconselhou-me a ler a Bíblia enquanto fosse a voar. É um bom calmante, sublinhou. E assim foi. Em 45 minutos li 8 capítulos de João. E quando o avião se estava a fazer à pista do aeroporto de Ponta Delgada (e aquela aproximação é sempre estranha, pois é antecedida por uma curva sobre o mar que me deixa com pele de galinha), mergulhei ainda mais na Palavra que estava a ler, como que à procura de um socorro, e li precisamente esta frase de Jesus: “pois sei de onde vim e sei para onde vou”.
(Agora dá-me vontade de rir, mas na altura não achei piada nenhuma, lol.)

1 de setembro de 2009

O lugar seguro

Desde que passei por aquela experiência, em Dezembro de 2007, nunca mais consegui andar tranquilamente de avião. Ganhei medo. Mesmo medo. Aqui há uns tempos, ía eu em mais uma das minhas viagens em serviço, o vento forte, as nuvens negras, e eu com as mãos geladas, quando, a certa altura, um senhor que ía sentado ao meu lado perguntou-me assim: “Tem medo de andar de avião?” Com um sorriso amarelo, respondi-lhe: “Um bocadinho...” E ele acrescentou: “É que está a agarrar os braços da cadeira com tanta força!” Ao ouvir isto, olhei para as minhas mãos e dei conta da figura que estava a fazer. Fiquei tão envergonhada!
Há dias, recebi um e-mail, daqueles que toda a gente recebe, que era o relatório do acidente de avião da SATA, em S. Jorge. Hoje em dia, recebe-se tudo por e-mail. E eu, claro, tive de ler. E, um dos pormenores que me despertou logo a atenção foi que, após a colisão, não houve uma cadeira que ficasse agarrada à estrutura do avião. Ao ler isto, compreendi que, realmente, de nada serve agarrar-me aos braços da cadeira. De nada serve mesmo. E tantas vezes temos esta tendência de nos agarrarmos a certas coisas e depositarmos nelas a nossa segurança, quando, afinal, são coisas também elas tão frágeis e passageiras. Que erro…
Na semana passada, ao viajar de Ponta Delgada para a Horta, aconteceu-me algo inédito. Comecei a imaginar as mãos de Deus por debaixo do avião… duas mãos imensas, fortes… e o avião bem pequenino, com as suas duas ventoínhas bem minúsculas…e, enquanto imaginava isto, adormeci. Ao despertar, percebi claramente a Quem devo entregar o meu medo. E percebi que, em troca, Ele dá-nos paz.