17 de dezembro de 2009

Boas pistas

Certa vez, ouvi um pastor partilhar que costumava observar pequenos gestos das pessoas para tentar perceber quem elas são genuinamente. E deu um exemplo que nunca esqueci. Disse que, quando dava boleia ao grupo de jovens, prestava atenção àqueles que íam logo para os bancos da frente e, por outro lado, reparava naqueles que não se importavam de ir atrás. De facto, estes comportamentos podem ser boas pistas para conseguirmos ver a pessoa para além do que é aparente.
Há dias, encontrei uma irmã da igreja nas compras. É uma pessoa com dificuldades financeiras. Reparei que estava a comprar duas paletes de leite, uma de marca branca e outra de marca cara. Na altura pensei que, certamente, o leite mais caro era para ela beber e o mais barato para uso culinário. Mas não. Para minha surpresa, a palete de marca cara foi depois por ela ofertada à igreja, para os cabazes que estamos a preparar para distribuir a famílias necessitadas. A outra palete é que era para consumo da sua casa. Que coração bom...

A nossa família

15 de dezembro de 2009

Ser grato

A Bíblia diz-nos que "em tudo dai graças". E a vida ensina-nos a viver esta verdade. Quando o meu marido chegou a casa, com um ar desgostoso, e me disse que bateu com o carro num pequeno muro, corri para a rua e, ao ver o estado lastimoso da frente do nosso carro, lembrei-me de imediato deste versículo: "em tudo dai graças". Graças a Deus que foi só chapa. Graças a Deus que nem o meu marido, nem o nosso filho, que ía no banco de trás, sofreram um arranhão. Graças a Deus que o dinheiro que vamos ter de gastar vai ser entregue a um mecânico e não a um médico. Graças a Deus.

Curioso

Na sequência do episódio relatado neste post, uma colega, de outra ilha, com quem trabalho há quase quatro anos, confidenciou-me recentemente que também é de outra religião. É adventista do sétimo dia, mas nunca contou a ninguém.

14 de dezembro de 2009

Prioridades

Ainda sobre este fim-de-semana, informo, a quem não saiba, que quando um avião não tem lugares suficientes para levar todos os passageiros que ficaram em terra, dá-se prioridade a uma equipa de futebol, aos técnicos e árbitros (vinte e duas pessoas no total), e uma mãe, com duas crianças pequenas à sua espera noutra ilha, uma delas que ainda é amamentada, fica em lista de espera.

De perder o pio

Depois da minha experiência aeronáutica deste fim-de-semana, em que após quatro tentativas de aterragem frustradas, na Ilha do Faial, o comandate decidiu ir para a Ilha Terceira, onde fiquei retida durante a noite, devido a más condições climatéricas; e em que, no dia seguinte, pela manhã, fiz a minha pior viagem de sempre, cheia de turbulência, pessoas a gritar e a pedir ao comandante para voltar para trás, as lágrimas a cairem-me pelo rosto, mais uma tentativa de aterragem frustrada, até que, à segunda, conseguimos aterrar... enfim, acho que vou precisar de algum tempo para digerir isto tudo.

4 de dezembro de 2009

Um coração bom

No carro, com os dois no banco de trás, ponho um CD no leitor e pergunto:
- "Filho, que música é que queres ouvir? "
- "Põe a preferida da Mariana, a dos cinco irmãos iguais."
- "Mas, filho, a Mariana está a dormir. Aproveita para ouvir as músicas que mais gostas!”
Resposta: “Ela está a dormir, mas vai ouvindo.”

Ontem, na rua, acabado de sair de uma loja de gomas, encontra um amiguinho da igreja. Abre o saco das gomas e retira uma goma enorme (que era peça única) e, sem quaisquer reservas, oferece-a ao menino.

Há dias, no final de mais um dia de escola, perguntei-lhe: “Bebeste os dois leitinhos que a mamã te mandou na mochila? (um para o lanche da manhã e outro para o lanche da tarde)
Resposta: “Só bebi um.”
- “Porquê?” – perguntei pasmada (ele gosta imenso de leite)
Resposta: “Dei o outro à minha colega B., que não tinha levado leitinhos.”

São pequenos episódios como este que vou guardando no meu coração e agradecendo a Deus, pois, mais do que tudo, o que desejo para o meu filho é que ele seja um bom homem, com um coração cheio de amor por Deus e pelos que o rodeiam.

3 de dezembro de 2009

"Natal dos Empregados"

Ontem, ao deparar-me com esta cena, fiquei a pensar no que aconteceria à caixinha de moedas do "Natal dos Empregados" da Repsol do Faial, se eles vivessem em Lisboa...

Missão cumprida

Na última semana, vi-me confrontada com duas situações em que “ou falava ou calava-me para sempre” no que se refere à defesa da fé cristã evangélica. Os ambientes em que surgiram essas oportunidades de testemunho não foram propriamente fáceis, pois estavam presentes muitas pessoas, algumas delas com cargos públicos muito importantes. Na primeira situação, a pergunta foi-me feita directamente, pelo que respondi, mas apenas falei 1% de tudo o que queria dizer. Faltou-me coragem. A pressão da oposição que teria de enfrentar e o pensamento de que “eles vão odiar o que vou dizer”, fez-me calar. Da segunda vez, assim que percebi que a oportunidade estava a surgir de novo, comecei a orar em silêncio. E Deus ajudou-me. De forma muito clara, serena, mas incisiva, alertei para o favorecimento que se faz de uma determinada religião cristã em detrimento de outras igualmente cristãs, que também têm desenvolvido um importante trabalho. Chamei a atenção para a ideia pré-concebida, mas profundamente errada, de que toda a gente pertence a determinada religião. Alertei para a relação de especial cuidado e separação que deve existir para com a Igreja. E, pela graça de Deus, aquilo que disse foi compreendido por todos e aceite, ou pelo menos tolerado, pela generalidade das pessoas. As sugestões apresentadas irão ser superiormente ponderadas e poderão vir a marcar a diferença num acontecimento que iria ser bastante discriminatório. Depois de falar todas aquelas coisas, recostei-me na cadeira, tirei um rebuçado de mentol do bolso e, durante alguns segundos, não o consegui desembrulhar, de tanto que me tremiam as mãos. Ninguém reparou, mas eu tremia como varas verdes. Não foi apenas uma descarga de tensão, eu senti mesmo uma pressão muito grande. Respirei fundo, agradeci a Deus por ter sido comigo e lá comi o rebuçado, com um sentimento de missão cumprida. De facto, Deus não merece o meu silêncio. Tenho aprendido que mais importante é o que Deus pensa de mim, do que o que os homens pensam de mim.

2 de dezembro de 2009

Aterragem na Ilha Terceira - 20/11/2009

E eu que tinha uma viagem em serviço agendada para esse dia, que foi desmarcada nas vésperas... ufffffff

Festa no Céu

No culto de domingo passado, a pregação foi sobre imoralidade sexual, com especial ênfase sobre pornografia. Um tema muito específico, não levado ao púlpito com muita frequência, mas que o meu marido tinha a certeza que era a Palavra que Deus queria entregar à igreja naquele dia. A congregação ouviu atentamente a Mensagem do Senhor, com o silêncio e a reflexão a que o tema leva. Por vezes, podemos ser levados a pensar que determinados temas, mais “incómodos”, não devem ser usados nas pregações, mas, de facto, toda a Palavra deve ser anunciada. E Deus sabe todas as coisas. No final da pregação, sem qualquer apelo, um senhor levantou-se e foi até ao pastor, chorando muito. Queria arrepender-se dos seus pecados e receber a Salvação. Orámos todos juntos por mais esta vida que o Senhor alcançou. Marido de uma irmã da igreja, recém-baptizada, e que já vem assistindo aos cultos há vários meses. Deus seja louvado! A Ele toda a glória!

19 de novembro de 2009

Já era...

Já me tinha acontecido isto algumas vezes, quando lhes dava exemplos relacionados com música ou grupos musicais, respondiam-me sempre que não conheciam. Mas quando, no domingo passado, dei por mim a ter de explicar à classe de adolescentes, da escola bíblica dominical, quem é a Claudia Schiffer, como ela foi marcante no mundo da moda e, como a partir dela, nasceu o conceito de topmodel, tive de me render às evidências e assumir de uma vez por todas: estou a ficar velha.

17 de novembro de 2009

Adopção



Ao ver estas imagens, de uma premiada campanha publicitária sobre adopção, recordei-me de um caso que acompanhei durante o meu estágio, que me marcou de forma especial. Uma adopção. Uma menina com meses de vida, órfã de pai e mãe, foi entregue a um casal que há onze anos sonhava ter um filho. Curiosamente, a bebé era a carinha chapada da mãe adoptiva: muito loira com uns arrebatadores olhos azuis. O quarto cor-de-rosa, com ursinhos brancos, meticulosamente pintado pelas mãos do pai adoptivo, foi das coisas mais bonitas que já vi. A menina foi recebida como uma princesa. Amor não mais lhe faltou. E o que mais me marcou nesta história foi o semblante luminoso daquele casal, depois de ter ganho aquela filha. E as lágrimas grossas de pura felicidade que escorriam pelos olhos do pai adoptivo, quando dizia “A minha filha!” De facto, como diz o slogan desta campanha: “Adopt. You will receive more than you can ever give”.

16 de novembro de 2009

9 anos

Faz hoje 9 anos que começámos a conversar. E, até hoje, continuamos em amena cavaqueira. Hoje, é dia de dar graças a Deus pelo meu amado marido.

Uma prenda de Natal original

Na caixa do hipermercado, a funcionária pergunta ao meu filho:
- "Então, já decidiste o que vais pedir para o Natal?"
- "Sim, uma bola de futebol cor-de-laranja."
- "Só? És muito meigo a pedir. Não queres mesmo mais nada?"
- "Hum... ok... pode ser um Feice-boque".
(Tudo porque gosta imenso de jogar Fishville e Farmville, no Facebook)

12 de novembro de 2009

Pois...

A minha filha decidiu dar-me uma ajudinha a encher a máquina de lavar roupa...

Mistura húngara

O meu marido descobriu um supermercado na ilha que vende mistura húngara, os meus bolos de eleição. Grande descoberta...

11 de novembro de 2009

Festa no Céu (continuação)

Ainda sobre domingo passado: no final do culto, duas pessoas decidiram integrar a nova classe de preparação para o baptismo: uma nova convertida e uma irmã congregada há vários anos :)

9 de novembro de 2009

Festa no Céu

Ontem de manhã, ao sairmos para o culto, o meu marido disse-me que sentia no seu coração que iria haver Salvação. Disse-o num tom tão seguro e tão sereno que nem questionei. O dia anterior tinha sido muito desgastante, de muita luta espiritual. Mas, uma coisa já aprendemos: as grandes vitórias são precedidas de intensas lutas. Ainda antes da pregação, o pastor disse umas breves palavras à congregação sobre viver com Cristo e, de uma forma muito simples, perguntou se alguém queria arrepender-se dos seus pecados. Três irmãos, pessoas que um dia já fizeram a sua decisão por Jesus, arrependeram-se publicamente e reconciliaram-se com Deus. E duas vidas entregaram-se a Jesus: um senhor e um menino de dez anos. O menino tem crescido na igreja e o senhor é fruto de anos de oração, marido de uma senhora, membro da igreja.
Estes testemunhos públicos abençoaram e fortaleceram muito a igreja, que viu ali a resposta de Deus às suas orações. Honra e glória para o Senhor! O Senhor que se importa e que ama muito os habitantes destas ilhas pequeninas, perdidas no meio do oceano.
(E, também ontem, o meu marido completou seis anos de consagração ao ministério pastoral. Que o Senhor o continue sempre a sustentar, é a minha oração)

Momentos 2

Ontem, no culto, no momento em que o meu marido estava a fazer o apelo à Salvação, ouve-se, de repente, um enorme estrondo vindo da casinha de arrumos, onde o nosso filho estava a brincar (mandou uma ventoinha de pé alto ao chão). De imediato, ouve-se a vozinha dele gritar cá para fora: “Está tudo bem! Está tudo sobre o controlo!”
(riso geral)

Momentos 1

Ontem, enquanto o meu marido falava do púlpito, o nosso filho levantou-se, foi até à frente, esticou a mão na direcção do pai fazendo o gesto "fixe", e disse num de tom de voz que toda a gente conseguiu ouvir: "Boa, pai! Estás a ir bem! Estás a ir bem!"
(riso geral)

5 de novembro de 2009

Pormenores


(Perguntei a uma amiga que mora nesta rua se ela, por acaso, sabe o motivo pelo qual aquele cavalo, volta e meia, é ali amarrado. "Será por estar à espera de consulta no veterinário? - perguntei eu, uma vez que existe uma clínica mesmo por detrás daquele sinal. Resposta: "Ele é ali amarrado enquanto vão às compras, à mercearia.")

Testemunho

Naquele dia, quando aquela mulher entrou no meu gabinete, eu não podia imaginar o que me vinha contar. Pensava eu que vinha tratar de assuntos meramente profissionais, como fez tantas outras vezes. Mas, não. A sua expressão estava diferente do habitual. Mais triste. Sem me olhar nos olhos, muito constrangida, confidenciou-me que se tinha separado, pelos piores motivos. Estava profundamente magoada. “Onde me devo dirigir para tratar do divórcio?” O meu trabalho passa muito por isto: ser ouvidos de quem precisa de desabafar. Não lhe respondi logo. Detesto aquela pergunta. Durante algum tempo, ouvi aquela mulher de coração despedaçado. Senti tanta pena... Queria muito falar-lhe de Jesus e convidá-la para ir ao culto, mas apenas lhe disse algumas palavras de esperança e conforto, dentro do que um ambiente profissional me permite fazer. Depois que foi embora, fiquei com aquela mulher e a sua família no meu pensamento. Porém, confesso, nunca orei por ela. Esqueci-me sempre. Mal imaginava eu o que estava para acontecer. Num destes domingos, a meio do culto, ao olhar para a congregação, vejo o marido daquela mulher, sentado num dos bancos do fundo, cabisbaixo, com os olhos rasos de água. “Quem o terá convidado?”, foi o meu pensamento imediato. Nunca soube quem o convidou, mas, naquele momento, percebi que a “pena” que eu senti daquela família não é nada (mesmo nada…) perto da “pena” que Deus sentiu. Percebi também que Deus é tão poderoso que, mesmo quando nós não fazemos bem o nosso “trabalho”, Ele não deixa de alcançar os que ama. Que profunda lição Deus me deu acerca do Seu amor!... Agora, a minha oração é que a Palavra que aquele homem ouviu possa gerar frutos, para honra e glória do Senhor. Agora, a minha oração é que Deus me dê mais amor, em vez de pena.
(estamos sempre a aprender)

2 de novembro de 2009

Luto em Festa

Há uma passagem na Bíblia de que gosto muito e que diz que Deus muda “a sorte” das pessoas, transforma a tristeza em alegria, o luto em dia de festa. Muitas vezes, quando as pessoas chegam a Jesus, trazem muita dor no coração, vidas sofridas. E é tremendo ver como o Senhor cuida, sara, liberta. Deus fá-lo com tanto amor, com tanta gentileza.
Há uns meses atrás, estávamos na reunião de oração de mulheres, quando, no momento de partilha, uma irmã, nova convertida, deu o seguinte motivo de agradecimento: “Eu quero agradecer a Deus porque hoje, depois de muitos anos, consegui vestir uma peça de roupa vermelha.” Ao ouvirmos isto, olhámos todas para a irmã e apercebemo-nos que trazia umas calças vermelhas. Esta mesma irmã, entretanto baptizada, voltou recentemente ao seu trabalho, depois de 4 anos de baixa por depressão. Como Deus transforma… e como a Sua obra de transformação é completa! Luto em festa… Deus seja louvado!

31 de outubro de 2009

Na luz

Mal chegou do continente, disse-me logo: "Mamã, vi o Benfica verdadeiro! Marcou mil golos!"
(Referindo-se ao jogo Benfica 6 - Nacional 1, com uma assistência equivalente à população de três ilhas do Faial e ainda sobravam quase três mil pessoas)

29 de outubro de 2009

Ops

Há dias, mesmo na presença do meu filho, cometi um erro crasso. O meu filho chamou-me logo à atenção. Envergonhada, disse-lhe assim: “Desculpa filho, não foi por querer. Vamos combinar uma coisa: não vamos contar a ninguém isto que a mamã fez, está bem? Fica um segredo nosso, combinado?”
Estava eu descansadinha com o assunto, quando, ao entrarmos em casa, o meu filho diz de imediato para o meu marido: “Papá, a mamã passou um sinal vermelho!”

26 de outubro de 2009

Pormenores


Cozinha de brincar, na Pediatria do Hospital da Horta. De madeira, com aspecto de ter sido feita à mão. O lava-louça é um alguidar embutido. As torneiras são verdadeiras, bem pequeninas. A porta mais à esquerda é, por dentro, um frigorífico. Amorosa.

:(

Desde miúda, quando estou triste, preocupada, costumo gastar toda essa energia negativa da seguinte forma: limpo a casa. Ocupo a mente e as mãos, ando entretida e acabo por fazer uma coisa útil. Gavetas, estantes, roupas, louças, nada me escapa. Fica tudo num brinco! Hoje, a minha casa até pisca…
(quase uma semana sem os meus rapazainhes…é muito tempo...)

Uma pergunta curiosa

Uma irmã da nossa igreja foi ao Banco e, na caixa, o funcionário sai-se com esta pergunta: “Diga-me lá: porque é que ao domingo, quando passamos na avenida, vemos as pessoas a sair da vossa igreja todas a sorrir, muito felizes e, quando vemos as pessoas a sair da missa, vem tudo muito sério, muito sisudo?”

24 de outubro de 2009

23 de outubro de 2009

Cristãos que deixam marca

Na semana passada, assisti a um debate acerca do aleitamento materno, promovido pelo núcleo da S.O.S. Amamentação do Faial. Um movimento que teve como fundadora, no continente, uma cristã evangélica, e que muito tem ajudado as mães (e principalmente os bebés) do nosso país.
Hoje, assisti a uma peça de teatro infantil, com uma mensagem maravilhosa acerca do diálogo intercultural e respeito pela diversidade. O actor principal desta peça - o “Zeca” - é um jovem evangélico, da Igreja Baptista de Queluz.
É tão bom ver os nossos irmãos em Cristo a contribuir para o enriquecimento da nossa sociedade, deixando a marca do seu bom testemunho cristão. Dá gosto.

21 de outubro de 2009

Baptismos

No domingo passado, celebrámos os baptismos de mais duas irmãs. Mais uma vez, Deus preparou um dia lindo para estes baptismos no mar. Depois do culto, a igreja foi até à praia e ali, todos juntos, agradecemos a Deus por estas duas vidas, que, perante o olhar atento de vários cidadãos locais, foram baptizadas nas águas, dando testemunho público da sua fé em Jesus. No final, todos batemos palmas (incluindo os banhistas). Deus seja louvado! A Ele toda a Glória!

15 de outubro de 2009

Sem meias palavras

A nossa vizinha, senhora de idade já muito avançada, vai todas as tardes para um Centro de dia para idosos. À hora do almoço, uma carrinha do Centro vem apanhá-la à porta de sua casa. Normalmente, a hora em que a carrinha passa costuma coincidir com a hora em que eu e o meu filho estamos a sair de casa. Por estes dias, ao sairmos de casa, vimos a vizinha parada à porta de sua casa. Nisto, o meu filho, sai-se com esta: "Olá vizinha! Estás à espera do autocarro dos velhotes?"
(que vergonha...)

14 de outubro de 2009

Lutas

Gosto de escrever no meu blogue apenas aquilo que é edificante. Há muitas (muitas) coisas que guardo apenas para mim. E o que guardo são as nossas lutas, as desilusões, as lágrimas. Estas coisas ficam entre nós e Deus. Todas as alegrias e vitórias que aqui relato são sempre precedidas (e depois seguidas) de duras provas. Estou consciente de que há uma luta espiritual muito grande por detrás de todas as coisas. No domingo passado, enquanto a igreja celebrava no piso superior do templo, num jantar maravilhoso que se seguiu ao culto, tive de sair a correr com o meu filho, em prantos, porque, do nada, rebentou-lhe uma otite no ouvido direito. E, enquanto estava nas urgências a ser atendida, e o meu filho sofria aquela dor terrível, pensava no desfecho daquela noite de vitória. Pensava que aquilo que para muita gente pode ser encarado como uma coincidência, para mim é muito mais do que isso. Que o Senhor nos proteja e fortaleça.
(Agradeço a todos os que oram por nós)

13 de outubro de 2009

Aniversário da Igreja

Ontem, a Igreja Baptista da Horta celebrou o seu 34º aniversário, num culto muito abençoado. Casa cheia, pessoas de pé ao fundo do salão de cultos, pessoas de pé na sala lateral, a espreitar para o salão, tentando acompanhar o que se ía passando. Muitos visitantes. Três irmãs deram testemunho público da sua conversão a Cristo. Uma delas foi baptizada durante o culto. As restantes serão baptizadas no próximo domingo, no mar. Um culto festivo, em que demos graças a Deus pelo que tem feito no nosso meio. Um culto muito inspirador, em que a Salvação em Jesus foi mais uma vez anunciada. No final, depois do culto já ter terminado, quando boa parte das pessoas já tinha abandonado a sala, ouço o pastor dizer: "Irmãos, esperem, o culto ainda não terminou!" Olhamos todos para o pastor e vemo-lo junto a um rapaz, que tem vindo a assistir aos cultos desde há alguns meses. Aquele rapaz, por iniciativa própria, tinha ído até à frente para dizer publicamente: "Eu quero-me entregar!" - foram estas as suas palavras. Orámos juntos por mais esta vida que o Senhor colheu e celebrámos ainda com mais alegria a festa. Pois, ontem houve festa na terra e festa no Céu!
(Deus é Maravilhoso)

Concurso de Pesca

Por estes dias, a nossa igreja teve uma actividade diferente do habitual: um concurso de pesca. Pode parecer estranho, mas, dentro da realidade açoriana, pescar é algo muito comum. E não se pense que só os homens é que pescam. Aqui, é comum ver-se toda a família à pesca. No final, houve uma taça para quem pescou mais e outra para o peixe mais pesado (ambos os troféus foram arrecadados pela mesma pessoa). O 2º lugar - e agora pasmem-se - foi ganho por uma senhora. Por fim, o peixe que foi apanhado deu um belo almoço na igreja. Este concurso foi, naturalmente, uma ocasião de convívio entre os irmãos, mas também uma oportunidade para termos connosco pessoas que não vão à igreja. Estes encontros quebram muitos preconceitos e aproximam as pessoas de nós, com laços de amizade. Que o Senhor possa completar a obra iniciada em cada vida.

Resposta completa

À mesa, pergunto-lhe: "Filho, o que é que queres beber? Água ou sumo (o sumo que estava na mesa era Um Bongo)?"
Resposta: "Pode ser um Bongo, o bom sabor da selva".

4 de outubro de 2009

Festa no Céu

A pregação de hoje começou de um modo estranho. O pastor levou o credo (o credo niceno-constantinopolitano) para o púlpito. Perguntou quem o conhecia e quem o sabia recitar. Boa parte da congregação respondeu afirmativamente. Depois, leu-o à igreja e explicou, de uma forma muito simples, o que significa. De outra forma, anunciou a Salvação em Jesus Cristo. Demonstrou a diferença entre conhecer/"saber de cor" e "viver" o Cristianismo. Foi tão bonito, tão simples, mas tão profundo. Depois, perguntou à congregação quem se identificou com aquela mensagem e quem queria assumir um compromisso de vida com Jesus. Um homem, uma senhora e mais outro homem deram a sua vida a Cristo. Orámos todos juntos por eles, chorámos de alegria e terminámos o culto a abraçar estes novos convertidos. Deus seja louvado e engrandecido! Hoje, foi dia de Festa no Céu!

O preferido

Ontem, um dos candidatos à Junta de Freguesia veio, pessoalmente, entregar-nos o seu programa eleitoral. Aqui, a campanha eleitoral faz-se de porta em porta, cara-a-cara. Ao ouvir que estava alguém à porta de casa a conversar com o meu marido, o nosso filho veio espreitar quem era. "Boa tarde!" - disse o nosso filho. "Olá pequenote! Estás bom?" - respondeu o candidato. Trocaram mais algumas palavras e, depois do candidato se ir embora, o nosso filho disse com um ar convencido: "Este é um bom homem!"
(Se o nosso filho já tivesse idade para votar, aquele homem tinha ganho mais um voto, lol)

3 de outubro de 2009

Adolescentes no Teenstreet

Certo dia, o meu marido falou com os adolescentes da igreja acerca do Teenstreet. Nunca tinham ouvido falar de tal. Desde então, o sonho de participar neste evento nunca mais os largou. Parecia impossível. Se para quem vive no Continente ir à Alemanha já é um projecto arrojado, para quem vive nos Açores é duplamente arrojado. Seriam necessários mais de três mil euros para enviar um grupo de sete pessoas. Durante meses, os adolescentes trabalharam muito para conseguir juntar dinheiro para a sua participação no Teenstreet. Todos os meses, organizaram almoços na igreja, cujas verbas reverteram para este fim. Ofertas surgiram dos sítios mais incríveis, como foi o caso de uma oferta da América. O apoio da Associação Baptista Açoriana foi também muito importante. Pela graça de Deus, nas vésperas da viagem, conseguiu-se atingir a verba necessária. Os adolescentes tiveram uma experiência única e muito, muito, abençoada no Teenstreet. Voltaram maravilhados, muito tocados por Deus e cheios de amigos. Damos muitas graças a Deus por ter permitido que este sonho se concretizasse na vida destes adolescentes. E acreditamos que, a longo prazo, iremos ver os frutos desta experiência.
(No filme abaixo, podemos ouvir a presença portuguesa num dos cultos do Teenstreet)

2 de outubro de 2009

Gostar de cães

"Cão" foi uma das primeiras palavras que aprendeu a dizer. Ladra na perfeição. Não pode ver um cão que desfaz-se em sorrisos.
(Tia Tânia e tia Vera, aqui têm a vossa sucessora)

A verdade sai da boca das crianças

Durante o culto de 4ªf, fiquei a tomar conta das crianças numa sala à parte. A certa altura, tirei os óculos para os limpar. Um menino de cinco anos, que estava junto de mim, ao ver-me sem óculos, grita altíssimo para o meu filho, que estava mais distante: “Depressa, Miguel! Corre!! Corrrre!! Olha a tua mãe!! Vem ver! Olha como ela é linda!!
(perdoem-me este post, mas depois dos trinta as senhoras ficam muito sensíveis a episódios como este)

Alimentar Homens

Ele já tinha comido (e bem). Mas fiquei com a sensação de que ainda comia mais qualquer coisa. Então, perguntei-lhe:
- Filho o que é que te apetece comer mais? Queres que te vá buscar um iogurte?
-“Não, quero uma bifana!”
(Cada vez entendo melhor aquela expressão de que “é mais barato alimentar burros a Pão-de-Ló”)

1 de outubro de 2009

Ilha Verde




Por estes dias, o meu marido esteve em S.Miguel, num retiro de pastores, e tirou estas fotos. Impressionante a beleza desta ilha, criação do nosso Deus. (Arrepia)

Uma campanha diferente - continuação

E, ainda sobre o assunto do post abaixo, os restantes partidos políticos, entretanto, também decidiram fazer os seus "comícios" (leia-se, jantares). Porém, o CDS/PP foi quem apresentou os argumentos mais fortes. Conforme se podia ler hoje no jornal da ilha, o CDS convidou toda a gente para um jantar no "Vítor dos Leitões"!! Um restaurante, estilo tasquinha açoriana, do melhor que há por estes lados. Não se pode dizer que no Faial a campanha eleitoral seja só blá blá blá. Ai não, não.

25 de setembro de 2009

Uma campanha diferente

O presidente da nossa junta de freguesia, a mulher e o filho, vieram bater-nos à porta de casa para nos convidarem para um jantar, no salão social da freguesia. Salada de atum, carne assada e feijão no forno. Curiosa esta forma de fazer campanha eleitoral.

21 de setembro de 2009

4 anos

Naquela madrugada não preguei olho. Volta e meia sentia uma dor intensa, que logo passava. Era a primeira gravidez, tudo era novo. Lembro-me de ficar na dúvida se deveria ir para o hospital ou não. "Será que já é para nascer?", pensava. Pelas oito da manhã, achei por bem ir para o hospital. Ali chegada, deitei-me sobre uma cama e comecei a clamar baixinho por Jesus. Nestas horas, todas as mulheres pedem socorro a Deus. Recordo-me que ainda me levantei e, com muita dificuldade, despejei a minha mala e arrumei as minhas roupas e as do bebé no armário do hospital. Por volta das dez e tal, não aguentei mais, e chamei a enfermeira. Levaram-me de imediato para o bloco de partos. O meu marido, que esperava notícias no corredor, viu-me passar e correu atrás de mim, enquanto vendia o nosso carro (de dois lugares apenas) pelo telemóvel. Algo do género: “O carro está em óptimo estado, posso mostrar-lho, mas só mais logo, pois agora vou entrar para o bloco de partos que a minha mulher vai ter um bebé!”. Surrealista. O Miguel nasceu pelas onze horas e quinze minutos, chorando a plenos pulmões. Recordo-me que assim que mo deram e lhe peguei, calou-se de imediato. “É tão lindo.. é tão lindo…” repeti vezes sem conta. E o sorriso rasgado do meu marido, que se dividia entre mim e o bebé num êxtase nunca visto! Foi há 4 anos… Quatro anos muito ricos em sorrisos, em amor e em gargalhadas, pois o nosso filho é muito doce, muito inteligente e extremamente cómico! É único. É um presente de amor do nosso Deus.
Muitos parabéns, filho! E muito obrigada, meu Deus, por nos teres confiado esta riqueza imensa!

15 de setembro de 2009

Cedência de passagem

A caminho de casa, no final de um dia de trabalho, o trânsito complicou-se.

Pela 2ª vez

Pelo segundo ano lectivo consecutivo, a professora do meu filho não conseguiu colocação no Continente e ficou, mais uma vez, colocada na ilha, com a turma do meu filho. A professora ficou satisfeita, pois gostou muito de cá viver no ano lectivo anterior e nós ficámos radiantes. Numa ilha profundamente católica, em que a cultura religiosa é abrangida pelos programas escolares, o meu filho tem o privilégio de ter uma professora evangélica. Uma crente fiel, dedicada e uma professora maravilhosa.
Coincidência? De forma alguma. Isto é a Mão de Deus, cuidando e abençoando de forma extremosa.
(Obrigada, Senhor)

14 de setembro de 2009

Homens ao poder

Diz-se que "as mulheres estão a tomar conta do mundo". Desde que estudam e trabalham fora, os homens estão a ficar para trás, etc, etc. Mas, sorrateiramente, e enquanto pensamos que somos as melhores, as maiores e as mais inteligentes, os homens estão a invadir e a tomar conta de domínios que eram exclusivamente nossos. Vejam a nova lei da parentalidade e as licenças partilhadas, os 30 dias de gozo exclusivo pelo pai. Mais, vejam a nova embalagem da Cerelac! Dezenas de anos depois, surge na Cerelac, pela primeira vez, um homem, lado-a-lado com a mãe!! Cuidado, senhoras! Eles andam aí!!
(E ainda bem)

12 de setembro de 2009

32

Desde miúda, aprendi a memorizar coisas por associação. É muito mais fácil. Recordo-me perfeitamente de andar a aprender a tabuada na escola e ter fixado que 8x4 era a idade da mamã. Nunca mais me esqueci. Estava sempre desejosa que a professora me perguntasse quanto era 8x4, pois essa não iria errar de certeza absoluta. Hoje, completo 8x4 anos. Hoje, sou eu a mamã. Como o tempo passa...
Dou muitas graças a Deus pela vida que me tem dado e, hoje, a minha oração é que o Senhor me ajude a viver esta mesma vida cada vez mais para Sua honra e glória.
E tu, mamã, que hoje também fazes anos, recebe o meu abraço aqui do meio do oceano e, quando eu soprar as velas, vou imaginar que estou a soprá-las contigo, como sempre fazíamos.

3 de setembro de 2009

Mulher ao volante

E para quem não se apercebeu, ou não viu o filme abaixo até ao final, chamo a atenção para a madrinha do novo avião da SATA, o "Diáspora". Sim, é uma mulher comandante! Chama-se Filipa Gonçalves, é natural da Ilha Terceira, e (agora segurem-se) tem 27 aninhos!
Os açorianos estão muito à frente!

Um baptizado diferente

Os novos aviões açorianos foram baptizados por um padre. Ver aqui o vídeo.

Coincidências

Ainda sobre a minha última viagem de avião. Antes de sair de casa, o meu marido aconselhou-me a ler a Bíblia enquanto fosse a voar. É um bom calmante, sublinhou. E assim foi. Em 45 minutos li 8 capítulos de João. E quando o avião se estava a fazer à pista do aeroporto de Ponta Delgada (e aquela aproximação é sempre estranha, pois é antecedida por uma curva sobre o mar que me deixa com pele de galinha), mergulhei ainda mais na Palavra que estava a ler, como que à procura de um socorro, e li precisamente esta frase de Jesus: “pois sei de onde vim e sei para onde vou”.
(Agora dá-me vontade de rir, mas na altura não achei piada nenhuma, lol.)

1 de setembro de 2009

O lugar seguro

Desde que passei por aquela experiência, em Dezembro de 2007, nunca mais consegui andar tranquilamente de avião. Ganhei medo. Mesmo medo. Aqui há uns tempos, ía eu em mais uma das minhas viagens em serviço, o vento forte, as nuvens negras, e eu com as mãos geladas, quando, a certa altura, um senhor que ía sentado ao meu lado perguntou-me assim: “Tem medo de andar de avião?” Com um sorriso amarelo, respondi-lhe: “Um bocadinho...” E ele acrescentou: “É que está a agarrar os braços da cadeira com tanta força!” Ao ouvir isto, olhei para as minhas mãos e dei conta da figura que estava a fazer. Fiquei tão envergonhada!
Há dias, recebi um e-mail, daqueles que toda a gente recebe, que era o relatório do acidente de avião da SATA, em S. Jorge. Hoje em dia, recebe-se tudo por e-mail. E eu, claro, tive de ler. E, um dos pormenores que me despertou logo a atenção foi que, após a colisão, não houve uma cadeira que ficasse agarrada à estrutura do avião. Ao ler isto, compreendi que, realmente, de nada serve agarrar-me aos braços da cadeira. De nada serve mesmo. E tantas vezes temos esta tendência de nos agarrarmos a certas coisas e depositarmos nelas a nossa segurança, quando, afinal, são coisas também elas tão frágeis e passageiras. Que erro…
Na semana passada, ao viajar de Ponta Delgada para a Horta, aconteceu-me algo inédito. Comecei a imaginar as mãos de Deus por debaixo do avião… duas mãos imensas, fortes… e o avião bem pequenino, com as suas duas ventoínhas bem minúsculas…e, enquanto imaginava isto, adormeci. Ao despertar, percebi claramente a Quem devo entregar o meu medo. E percebi que, em troca, Ele dá-nos paz.

31 de agosto de 2009

Dentadura

Esta tem de ficar registada: durante 15 meses, nunca teve dentes. Pois, em dois dias apenas, nasceram-lhe 4 dentes! Os 4 dentes de cima. Está giríssima a nossa filha, com as 4 favolas!

28 de agosto de 2009

Um elogio original

Deitado na caminha dele, de luz apagada, enquanto lhe dou um beijinho de boa noite, ele sai-se com esta:
- "Mamã, tu és a mamã mais querida do mundo! És a melhor cozinheira! És a melhor professora! Mamã, tu és... uma estrela de Rock!"
(lol)

Flashes das férias


Algo nunca visto: uma mega loja de brinquedos.
(Curiosa esta tendência natural das meninas para gostar de bonecas :)

27 de agosto de 2009

Aeroporto da Horta - 25.08.2009

Junto à pista, logo atrás da vedação, duas vacas comem erva serenamente, enquanto um avião da SATA acaba de aterrar.

23 de agosto de 2009

"Donalds"

Descobriu-os há pouco tempo e já são os bolos de eleição do nosso filho: os "donalds" (donuts).
(E para quem tem curiosidade em saber como se faz um "donald", aqui fica a receita)

Das férias

A caminho dos 5 anos de Açores, é cada vez menos difícil regressar de férias do continente. Não posso dizer que já seja fácil, pois fácil nunca será. Porém, a nossa vida já está de tal modo ligada a este lugar e a estas pessoas, que quando estamos fora sentimos saudades dos Açores.
Tivemos umas férias muito abençoadas, muito mesmo. Estar com a família e com os amigos é algo que se aprende a dar muito valor, quando vivemos a maior parte do ano a 1700 Km de distância dos mesmos. E um dos momentos mais altos destas férias foi, sem dúvida, recebermos a notícia de que, enquanto estávamos lá fora, duas pessoas entregaram a sua vida a Jesus, aqui na Ilha, num culto de domingo.
Deus tem sido tão bom para com esta Sua igreja. Há sempre tantas coisas boas para contar, que é uma pena eu andar a escrever aqui tão pouco... Vou tentar dar mais um bocadinho de tempo a este blogue, fica aqui a promessa.

11 de agosto de 2009

10 de agosto de 2009

De volta

Depois de três semanas no Continente, onde fomos mais uma família entre milhentas, deliciosamente anónimos, chegamos à ilha e, ao descer do avião, vemos uma enfermeira a distribuir folhetos informativos acerca da Gripe A. A enfermeira olha para o nosso filho e cumprimenta-o da seguinte forma: "Olá, Miguel!"
Já tínhamos saudades deste tratamento personalizado. Enfim, chegámos a casa!

20 de julho de 2009

Até breve...

(Finalmente, chegou o nosso tão desejado descanso. Vamos de férias :)

17 de julho de 2009

O cuidado de Deus

Hoje, ao final da tarde, o meu marido ía viajar de avião para a Ilha Terceira, para participar da Assembleia Geral da Associação Baptista Açoriana. Porém, inesperadamente, recebeu um telefone da SATA Air Açores, a informar que o vôo fora cancelado. Cancelado? Porquê? "Razões técnicas", foi a resposta. Inicialmente, o meu marido ficou desolado. Mas, quando, mais tarde, soubemos o real motivo do cancelamento (pois nos meios pequenos tudo acaba por se saber), tivemos de dar graças a Deus. Foi detectada uma avaria no avião. E está tudo dito.

10 de julho de 2009

Jornal "do dia"

Estava eu a pagar umas compras para o almoço, quando olho para o lado e vejo uma funcionária do híper a colocar jornais no expositor. “Não é tarde, nem é cedo”, pensei, “Vou fazer uma surpresa ao meu marido!” Numa corrida, pego no Jornal “A Bola” (claro) e trago-o para a caixa. Olho de relance para a capa do jornal – mais um jogador que estava na mira do Benfica e que o Porto talvez vá conseguir para si. Não é de todo a capa ideal para fazer uma surpresa a um benfiquista, mas concerteza que hão-de haver notícias mais cativantes, penso para comigo. Chego a casa, com um sorriso comprometido, como quem diz “Quem faz surpresas giras, quem é? E, zás, entrego-lhe o jornal! Os olhos dele brilharam, o sorriso foi de satisfação plena… até que começou a ler o cabeçalho do jornal… e… começo a ver o sorriso dele a ficar mais esbatido… até que acaba por me confessar: “Sabes, este jornal é de ontem, mas não faz mal! Eu gosto à mesma!”
- “De ontem?!” – repeti chocada.
Pois é, eu não sabia, mas o jornal do dia só chega à ilha da parte da tarde (e, por vezes, nem chega a ser colocado no expositor no próprio dia).
(é o preço da insularidade)

6 de julho de 2009

Inverno

Há dias, li num blogue açoriano, uma frase muito gira sobre os Açores: "Os Açores são o sítio que o Inverno escolheu para passar o Verão". E às vezes parece mesmo. Hoje, em pleno mês de Julho, a minha filha foi para escola de impermeável. Céu negro de nuvens, vento e chuva como numa manhã de Dezembro.
(E no continente um calorzão...)

3 de julho de 2009

Sereia - definição

-"Mamã, sabes o que é uma sureia?"
-"O que é?"
-"É uma menina com pernas de batatanas."
(lol)

Mariana

13 meses. Zero dentes.
(Mas devora pipocas e Maltesers, como gente grande!)

Como se aprende Inglês

Enquanto joga no computador, ouço-o gritar:
- "We did it!" - sempre que passa de nível.
- "Oh man!" - sempre que perde.
(lol)

Este miúdo deixa-me boquiaberta...

-"Sabes, mamã, a Dora e o Boots estudaram muito."- diz-me ele enquanto aponta para uma imagem, no ecrã do computador, onde aparece a boneca Dora e o seu melhor amigo, o macaco Boots, vestidos de astronautas, rodeados de marcianos coloridos.
-"Ai sim, porquê?" - pergunto-lhe eu.
-"É que para ser astromauta tem de se estudar muiiito!"
(lol)

27 de junho de 2009

Um pedido fora do vulgar

Ainda por causa disto e disto:
Antes de partir para mais uma viagem em serviço, perguntei ao meu filho:
"O que é que gostavas que a mamã te trouxesse de S. Miguel?"
Resposta: "Hum... pode ser dois tubarões-martelo gémeos!"

24 de junho de 2009

Nha, nha, nha, nha!

Olá amigos continentais! Estão todos a ter um bom dia de trabalho?
Então, continuem no vosso trabalhinho que, hoje, aqui na Ilha, é FERIADO!

23 de junho de 2009

What?

Chega ao pé de mim com o livro do "nascimento" nas mãos, abre-o na página onde está a imagem acima e diz-me, num tom de súplica: "Mamã, eu ainda não tive uns manos destes!"

Um casal esquisito

Éramos casados há pouco mais de um ano e estávamos empenhados em conseguirmos um empréstimo para comprar uma casa. Não era fácil consegui-lo. Os bancos consideravam que o meu marido tinha uma “profissão de risco” (mal sabiam eles que o patrão do meu marido é o "dono do ouro e da prata"). Eu era ainda estagiária. Certo dia, num dos bancos a que fomos, ouvimos um funcionário, num tom muito divertido, dizer a um colega: ”Tenho aqui um casal ainda mais esquisito do que aquele do outro dia. É um pastor e uma advogada!” Ainda hoje recordo esta história com um sorriso nos lábios. É que é mesmo esquisito! Mas Deus faz destas coisas. Às vezes não percebemos, a curto-prazo, a razão de ser das coisas. Mas depois, mais à frente, começamos a entender o porquê. Ao longo destes anos, Deus tem usado a minha formação para abençoar o nosso ministério. O lugar onde trabalho e os conhecimentos que este me proporciona têm-nos permitido testemunhar a pessoas de um nível diferente. Pessoas que dificilmente um dia entrariam na igreja. “O que faz o seu marido?” – é a pergunta que dá início a um quebrar de preconceitos e a uma oportunidade de testemunho. A reacção inicial nem sempre é a melhor. Ainda na semana passada, vi um alto funcionário ficar branco como a cal, quando, durante uma visita à sua propriedade, o meu marido lhe respondeu à pergunta “onde trabalha?”. Hoje, não são poucas as pessoas da ilha que, ao conviver connosco, já perceberam que “um pastor evangélico” não é um ser estranho, indesejável, mas que pode ser alguém tão simples como “o simpático marido da minha colega”. Há dias, enquanto alguém desabafava comigo sobre problemas conjugais, procurava, na minha mente, encontrar palavras de conforto e esperança, quando, de repente, essa pessoa diz-me assim: “Contigo é diferente. Tu e o teu marido têm uma fé que vos une. E isso torna o vosso casamento muito forte, pois estão juntos nesse propósito.” Respirei de alívio. O testemunho já estava praticamente todo dado. Aquela pessoa já tinha percebido Quem a podia ajudar.
De facto, Deus sabe o que faz. E num meio tão pequenino, em que é tão importante evangelizarmos através dos relacionamentos, este casal “esquisito” tem uma razão de ser.

Meteorologia

E já a chegar ao final do mês de Junho, começamos, finalmente, a poder usar mangas curtas.
(Mas sem deixar o casaquinho de vista…)

9 de junho de 2009

Palavra de bombeiro - continuação

Meu dito, meu feito. Hoje ao final da tarde, chegado da escola, ao entrar em casa, olha para o chão e diz: "Com mil labaredas! Outra vez formigas em casa!"

8 de junho de 2009

A dificuldade de contar uma história

- "Mamã, conta-me uma história com a tua boquinha!"
- "Era uma vez um menino..."
- "Desculpa interromper... mas o menino posso ser eu?"
- "Ok. Era uma vez um menino chamado Miguel. E o sonho do menino era andar de combóio..."
- "Desculpa interromper... mas o meu sonho não é andar de combóio, o meu sonho é ver um tubarão-martelo."
- "Ok. Era uma vez um menino chamado Miguel e o seu sonho era ver um tubarão-martelo. Então, desceu ao fundo do mar e..."
- "Desculpa interromper, mas para ver o tubarão-martelo o menino não pode ir ao fundo do mar, senão o tubarão come o menino e depois nada de menino! Para ver o tubarão-martelo, o tubarão tem de ir à praia e depois o menino vê o tubarão na areia! Mas, pronto, tu é que estás a contar a história..."

Palavra de bombeiro

De há uns tempos para cá, o meu filho, quando contrariado, começou a dizer esta expressão:"Ora, bolas!" Durante algum tempo, pensámos que ele tinha aprendido isto na escola, com os colegas, até que, no sábado, enquanto dava o "Bombeiro Sam" na tv, ouvimos o dito bombeiro repetir diversas vezes ao longo do episódio:"Ora, bolas!"
Assim sendo, já não vou ficar admirada se, dentro de dias, ele se sair com a outra expressão do bombeiro: "Com mil labaredas!"

6 de junho de 2009

O verdadeiro dono

Há oito meses atrás, quando nos mudámos para a casa onde vivemos agora, reparei que, no quintal, sobre a casinha do gás, estava um vaso cheio de terra, com um caule seco. Podia simplesmente ter deitado fora o conteúdo daquele vaso e semeado uma nova flor. No entanto, decidi começar a pôr água naquele vaso. Depois, tirei-o de cima da casinha do gás, onde estava exposto aos fortes ventos que aqui se fazem sentir no Inverno, e coloquei-o num sítio mais abrigado. Durante os primeiros meses, nada aconteceu. Entretanto, começaram a nascer umas folhinhas verdes. Fiquei cheia de esperança. As folhinhas foram nascendo em número cada vez maior. Todos os dias, retirava as folhas secas e continuava a deitar água e a expô-la ao sol. Entretanto, o meu filho também começou a interessar-se pela flor e passei-lhe a tarefa de deitar água no vaso. No mês passado, descobrimos que rebentaram os primeiros botões de flor. Fizemos uma festa! Todos os dias íamos ver se já tinham desabrochado. Levou o seu tempo, mas quando abriram, deram umas flores lindas, cor-de-rosa escuro. Até que... aconteceu o inesperado. Na festa de aniversário da minha filha, enquanto os miúdos jogavam futebol, o meu vaso foi brutalmente atingido. Não houve um raminho que não se tivesse partido e as pétalas voaram pelo quintal. Fiquei desolada. Peguei nos ramos, voltei a espetá-los na terra. Continuei a regar o vaso e, felizmente, não morreu e continuam a nascer flores. Estava eu feliz da vida com a minha segunda vitória, quando, um dia destes, apercebi-me que a minha vizinha do lado tem um canteiro de flores iguais à minha. Parece-me coincidência a mais. O mais provável é que, afinal, aquele vaso seja da minha vizinha, e não meu, pois a casinha do gás, onde o vaso estava inicialmente, fica a dividir as duas propriedades. Agora, vou ter de lhe perguntar se o vaso é dela... (que vergonha).
Hoje pensei nesta história o dia todo e fiz o paralelismo com a nossa vida e com o ministério. Nada é nosso. Tudo tem um dono: o Senhor. Muitas vezes, apegamo-nos às coisas e amamo-las tanto e com tanta dedicação, que quando vêm as investidas da "bola de futebol" ficamos desanimados. Mas, se pensarmos bem, nós podemos cuidar, regar, amar, mas só o Dono de todas as coisas é que tem poder para dar vida a um caule seco. Só o Dono de todas as coisas tem poder para curar um ramo partido. Por isso, aqui estamos Senhor. Prontos para continuar a Tua obra. Para Tua Honra. Para Tua glória.

28 de maio de 2009

1 ano

Faz hoje um ano que nasceu a nossa menina. Hoje é dia de agradecer muito, muito, muito a Deus por esta vida tão encantadora que enriqueceu ainda mais a nossa família. Mariana, somos todos absolutamente apaixonados por ti. Obrigada, bom Deus!

27 de maio de 2009

Quiz Açoriano

Afeiçoadinha e pechinchinha. São estes os dois principais adjectivos que os açorianos atribuem à minha filha. Alguém sabe o que significam?

Protector

Nas urgências, deito a minha filha sobre a marquesa para a médica a auscultar. A bebé começa a choramingar. Ao ver isto, o meu filho corre para a marquesa, inclina-se sobre a irmã, começa a dar-lhe festinhas e a dizer muito depressa: "Calma maninha, calma! Não custa nada! Está tudo sobre o controlo! Está tudo sobre o controlo!"
(A médica e eu desmanchámo-nos a rir)

22 de maio de 2009

Auscultação

Ontem foi dia de consulta na pediatra. À noite, decidiu brincar aos médicos. Pegou no seu colorido estetoscópio e começou a auscultar-me, enquanto eu respirava fundo. Perguntei-lhe o que é que ele estava a ouvir e ele respondeu-me:
- "Hum... hum... estou a ouvir Jesus a bater à porta do teu coração!"
(lol)

19 de maio de 2009

Educação paterna

Alguém sabe onde estão os meus tachos?


Terra de partidas

O dia de ontem foi marcado por mais uma partida. Uma família da nossa igreja mudou-se para o continente. A 9ª família que parte da ilha, em quatro anos de ministério. Esta é uma das dificuldades do ministério nas ilhas: a mobilidade. Pela graça de Deus, outros têm chegado e continuam a chegar. Porém, é difícil termos de passar por frequentes despedidas de pessoas que amamos. Consola-nos ver que partem bem, firmes na fé, o que nos dá uma sensação boa de "missão cumprida". Fica a saudade e o desejo de que Deus continue a abençoar estes queridos irmãos, agora em terras continentais.

Cenas do quotidiano

Enquanto estendo a roupa, a minha vizinha amamenta as filhas.

13 de maio de 2009

Animal doméstico açoriano

(uma vaca, no jardim :)

Um homem perfeito

Há dias, o meu marido decidiu contar a história de Noé ao nosso filho. Dizia-lhe ele que “Naquele tempo, os homens eram todos muito maus e faziam coisas más. Porém, havia um único homem que era justo e perfeito, que agradava a Deus. E ele chamava-se… Noé!”
Resposta: “Papá, pode ser Noé Miguel?”
(lol)

20 de abril de 2009

O diálogo

À noite, na caminha dele, a luz já apagada, enquanto lhe dou uns miminhos de boa-noite, ele faz-me esta inesperada pergunta:
-"Mamã, já deste o teu coração a Jesus?"
Respondo-lhe que sim, sorrindo. Faço uma pausa... e decido arriscar a pergunta:
-"E tu, filho? Já deste o teu coração a Jesus?"
-"Já. (pausa) Mas às vezes eu faço umas mausuras (expressão açoriana para "maldades") e fico com umas manchinhas pretas no meu coração, mas depois Jesus limpa essas manchinhas."
-"E depois de que cor fica o teu coração?"-pergunto-lhe eu, esperando a típica resposta "fica branquinho".
Resposta dele: "Fica vermelho!"
(Na sua pureza, descobri que o meu filho já ama o Senhor. Descobri também que ele se preocupa que os outros também amem Jesus. Nunca esquecerei esta nossa conversa, meu amor.)

Linguagem rebuscada

Ao dirigir-me à casa de banho, onde o meu filho tomava banho, começo a ver a água do banho chegar ao soalho de madeira do corredor. Entro na casa de banho e, pelo segundo dia consecutivo, apanho-o, divertidíssimo, a mandar água para fora da banheira. Num tom severo, digo-lhe: "Estou muito triste contigo! Ontem, prometeste-me que não voltavas a mandar água para fora e afinal repetiste o mesmo!"
Resposta dele: "Mamã, amanhã não vou mandar água! Dou-te a minha palavra de honra!"
(lol)

10 de abril de 2009

Páscoa - pelo meu filho.

"O Natal é quando Jesus era bebé. A Páscoa é quando Jesus era grande. Os homens maus mataram Jesus numa cruz de madeira e embrulharam-no numa toalha. Mas depois Jesus rexuitou (ressuscitou). O Tomé não acreditou que Jesus rexuitou, mas depois viu-o e já acreditou. Agora, Jesus vive no Céu, com os anjos. Mas Ele desce para viver no coração dos meninos que gostam dele."
-"Quem te ensinou tudo isso?"-perguntei eu.
-"Foi a minha professora." (da pré-escola)
(Uma boa Páscoa para todos! E que cada vez possam existir mais e mais professores cristãos nas escolas portuguesas)

9 de abril de 2009

Escola Bíblica de Férias

Durante esta semana, os meninos e meninas da Igreja Baptista da Horta estão a ter uma Escola Bíblica de Férias. Com a colaboração da missionária da APEC nos Açores e com a preciosa ajuda do grupo de adolescentes da igreja, estas crianças têm tido tardes cheias de música, concursos bíblicos, pintura e trabalhos manuais. Que esta actividade possa marcar a vida destas crianças e ser uma bênção para as mesmas.

7 de abril de 2009

Vizinhança

No Domingo, ainda não eram nove horas, estava eu a estender roupa, quando vejo o meu vizinho (já idoso), sair de casa com um sacho na mão, rumo à sua pequena horta. Passado um bocado, ouço-o gritar: "Ah, mulher! Ah, mulher!", pensando eu que ele estava a chamar pela sua mulher. Mas o meu vizinho não parava de gritar "Ah, mulher!". Foi a tal ponto, que acabei por pousar a roupa e espreitar para ver o que se passava. Quando olho, ele estava de pé, junto ao limite da sua propriedade, a olhar para mim. A "mulher" era eu (lol).
-"Ó vizinho, desculpe, não percebi que era para mim..." (disse eu, cheia de vontade de rir).
-"Queres couves?" (aqui, é comum as pessoas tratarem-se por "tu", mesmo que não se conheçam) - perguntou-me. Disse-lhe que sim. Tirou um porta-chaves do bolso e, com uma chave, cortou duas couves lindas para mim.
-"Comes estas e depois vens cá que eu dou-te mais."-disse-me ele. Agradeci-lhe e voltei para casa com as minha couves.
É bom viver ao lado de pessoas como estas. Gente sã, de bom coração.
(Que Deus te retribua em dobro, querido vizinho)

:)

De há uns tempos para cá, ele só quer jogar no computador. Jogos do Noddy, da Maya & Miguel, da Dora, da Moranguinho, etc. E eu estou sempre a dizer-lhe "Já chega! Olha que ficas com os olhos em bico! Vai agora brincar ou desenhar!" Há dias, em resposta, ele disse-me assim: "Ó mamã, aquele senhor da loja do chinês, que veio da China, ele passa muito tempo ao computador, não passa?"

6 de abril de 2009

Festa no Céu

Ontem, o pastor estava ausente da ilha, porém, à hora marcada, a igreja estava composta, pronta para cultuar o Senhor. Antes de começar o culto, os irmãos que o íam dirigir estavam muito nervosos, conscientes da tamanha responsabilidade que tinham em mãos. São crentes relativamente novos, mas com uma fé firme e a atitude certa. Numa frase, o culto foi maravilhoso. Cada cântico que era cantado, cada palavra que era dita, eram como um bálsamo suave. No final, a irmã que estava a dirigir o culto, encerrou-o com uma oração. Estava ela a dizer a Deus estas palavras: "...e se alguém sentiu o desejo de se entregar a Ti, que o faça.", quando, de repente, ouve-se, do meio da congregação, a voz de uma senhora, tremida pelos soluços do choro, dizendo: "Eu entrego-me a ti, Jesus!" Aquela oração já não chegou ao "Amen". A senhora foi à frente, orámos por ela e recebeu Jesus como seu Senhor e Salvador. Ontem, eu fui a última a sair do salão do culto, e, quando olhei para os bancos, achei graça ao montão de lenços de papel que ficaram sobre os mesmos. Muitas lágrimas correram. Lágrimas de Festa. Mais uma.
(A Deus toda glória!)

3 de abril de 2009

Diálogos

Estava ele a apanhar flores silvestres, feliz da vida, gritando: "Chegou a Primavera!", quando, de repente, sai-se com esta: "Sabes mamã, as flores gerem mel."
Eu (perdida de riso por dentro): "Ai sim? E sabes qual é o bichinho que produz o mel?"
Resposta imediata: "São as óbelhas!"
(lol)

"Ó de casa"

Acho piada viver numa casa que não tem campainha. Acho piada que os meus vizinhos também não tenham campainha.

2 de abril de 2009

Açores a tremer (e nós a temer)

2ª Feira - 30/03/2009
18:24
Sismo sentido nas ilhas do Faial, Pico e S. Jorge
Foi sentido um sismo nas ilhas do Faial, Pico e S. Jorge às 18:24h (hora local/UTC) com epicentro a cerca de 2 km a E de Pedro Miguel, Ilha do Faial. De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento foi sentido com intensidade máxima IV/V (Escala de Mercalli Modificada) na ilha do Faial.
18:56
Sismo sentido na ilha do Faial
Foi sentido um sismo às 18h56 (hora local/UTC) com epicentro a cerca de 3 km a E de Ribeirinha, ilha do Faial. De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento foi sentido com intensidade máxima II (Escala de Mercalli Modificada) em Ribeirinha, ilha do Faial.
21:18
Sismo sentido na ilha do Faial
Foi sentido um sismo às 21h18 (hora local/UTC) com epicentro a cerca de 2km a ESE de Ribeirinha, ilha do Faial. De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento foi sentido com intensidade máxima II/III (Escala de Mercalli Modificada) em Ribeirinha, ilha do Faial.
3ª Feira: 31/03/2009
Sismo sentido na ilha do Faial
Foi sentido um sismo às 06h59 (hora local/UTC) com epicentro a cerca de 2km a E de Ribeirinha, ilha do Faial. De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento foi sentido com intensidade máxima II/III (Escala de Mercalli Modificada) em Ribeirinha, ilha do Faial.
4ª Feira: 01/04/2009
Sismo sentido nas ilhasTerceira e S. Jorge
Foi sentido um sismo às 06h05 (hora local/UTC) com epicentro a cerca de 28km a SSW de S. Mateus, ilha Terceira. De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento foi sentido com intensidade máxima V (Escala de Mercalli Modificada) nas ilhas Terceira e S. Jorge.
(Fonte: Observatório Vulcanológico e Sismológico da Universidade dos Açores)

31 de março de 2009

Sentiste?

Desde que estamos nos Açores, há uma pergunta que, de vez em quando, temos de fazer um ao outro. A pergunta é: "Sentiste?" Ontem, por volta das 18h30, o meu marido deu um salto da secretária, pegou na bebé ao colo (que estava a brincar no tapete) e perguntou-me assustado: "Sentiste?" Mais um sismo. E o de ontem à tarde meteu respeitinho.

30 de março de 2009

A casa 57-A

Esta é a casa 57-A, conforme anunciam os seus gigantescos números. Não vá o carteiro ser míope...
(Ao vivo, os números parecem ainda maiores do que na foto)

Quiz Açoriano - continuação

Há 15 dias atrás, comprei uns sapatos de queda corrida.
Alguém sabe o que é isto?
(Não vale para açorianos)

27 de março de 2009

Duas histórias

É raro conseguir ver televisão. Mas, ontem, vi um bocadinho do programa da Judite de Sousa. Era sobre pais que perdem filhos e tocou-me imenso. Hoje de manhã, fui levada a pensar na morte na perspectiva oposta. Quando fui levar o meu filho à escola, ele saiu-se com esta: “Mamã, a minha amiga M. disse que o pai dela está num buraco, com muita terra por cima. Ele morreu.” Até estremeci ao volante. A “amiga M.” tem apenas 3 anos de idade, tal como o meu filho. Que dor! A crueldade da morte leva-nos inevitavelmente a uma reflexão. Vivemos o nosso dia-a-dia como se a vida, nesta terra, fosse eterna. Fazemos planos, juntamos bens, acumulamos faltas de perdão, adiamos decisões importantes, porque “há todo um futuro pela frente”. E se for hoje o nosso último dia nesta terra? Recordo, a este propósito, duas histórias reais, que acompanhei. Dois homens e dois desfechos diferentes. O primeiro homem, estava todos os domingos à porta da igreja, dentro do seu carro, esperando que a mulher e os filhos saíssem do culto. Nunca entrava. Talvez tenha entrado uma ou duas vezes, para ver os filhos participarem nalgum culto de Natal ou de Páscoa. Um dia, ouvi o pastor convidá-lo para ir ao culto e, de dentro do carro, respondeu: “Um dia, hei-de ir.” Nunca chegou a ir. Morreu dali a pouco tempo. O segundo homem era açoriano. Enquanto a mulher e a filha estavam na igreja, ele ficava na rua, à porta, ouvindo a Escola Bíblica Dominical e o culto, em segredo. Um dia, decidiu entrar. Era eu que estava a dar a lição da escola dominical e falava sobre a importância de construirmos a nossa casa sobre a Rocha, em vez de a construirmos sobre a areia. Ele entendeu! “É como a história dos 3 porquinhos: a casa de palha, a casa de paus e a casa de cimento!” – comentou na sua simplicidade. Veio a entregar-se a Jesus, já na sua ilha de origem. Foi ali baptizado. No filme do seu baptismo, é curioso ver a alegria com que se ergueu das águas, tendo levantado os braços no ar e, de seguida, baixou-os em simultâneo, como quem diz: “Yes”. Faleceu dali a poucos meses. Quando o fomos visitar ao hospital, disse-me serenamente, sorrindo, com o seu sotaque açoriano: “Não tenho medo nenhum de morrer”. Partiu para o Senhor.
Enquanto é tempo, eu escolho ser como este segundo homem.