22 de janeiro de 2010

Como Deus trabalha

Esta tem de ficar registada. Este ano, pela primeira vez, durante as nossas férias no continente, pudemos orar em voz alta antes de todas as refeições, mesmo quando estavamos a comer em casa de familiares não crentes. O originador desta mudança foi o nosso filho. Quando alguém começava a comer sem orar, o nosso filho dizia num tom delicioso de se ouvir: "Parece que alguém se esqueceu de orar...". As pessoas acharam-lhe graça e "por respeito ao que o menino está habituado a fazer", vi familiares que nunca pensei ver, de olhos fechados a agradecer a Deus pelos alimentos.

Comportamentos em vias de extinção

Perguntar a um habitante local onde fica determinada rua e constatar que a pessoa não só fez tudo para me explicar onde era, como deixou inclusivamente o que estava a fazer e foi comigo até à tal rua, é algo de uma gentileza extrema. Aconteceu-me hoje, no centro de Ponta Delgada.

O almoço

Hoje viajei no banco da frente, por isso, apercebi-me de tudo. Mal o avião descolou, o comandante chamou a hospedeira (estes vôos só têm uma hospedeira) pelo comunicador interno e deu-lhe um recado. Esta, prontamente, levantou-se, abriu um pequeno armário e de tirou de lá um tabuleiro com uma refeição completa, de faca e garfo, com direito a pãozinho e tudo. Depois, levou o almocinho para o cockpit e eu a ver. Podem-me dizer que os aviões se pilotam de modo automático e tal, mas a verdade é que enquanto não vi aquele tabuleiro regressar vazio não descansei. Saber que o comandante esteve com as mãos ocupadas enquanto o avião voava não é assim lá muito agradável.
(Fiz uma viagem maravilhosa, graças a Deus)

21 de janeiro de 2010

Farinha do mesmo saco

Seguindo as pisadas do irmão que, quando era da idade dela, decidiu “dar banho” ao meu telemóvel, ontem, o nosso telefone de casa apareceu a boiar no banho da Mariana. Respira fundo, Adriana… respira fundo…

20 de janeiro de 2010

Tribulação

Quer para mim, quer para o meu marido, a mais dura tribulação é a que atinge os nossos filhos. Desde ontem que estou em casa, com a minha filha. Deu uma queda feia, desamparada, de um sítio alto, de cabeça, embatendo na tijoleira. Mais uma vez, Deus pôs a Sua mão. As 48h de observação estão quase a terminar e, pela graça de Deus, ela está bem disposta e a brincar (com um galo monstruoso na testa). Custa muito passar por isto, foram momentos de agonia, mas, de facto, só podemos dar graças a Deus por mais este livramento.
(Agradeço a todos vós que também oram pelos nossos filhos)

"Julie"

Em 2007/2008, a minha irmã e eu estivemos ambas grávidas, de meninas. A segunda gravidez de ambas. A menina da minha irmã nasceu 4 meses antes da minha. Já nasceu linda. Doce. Muito grande, como o pai. Sempre que estou com ela (infelizmente, poucas vezes) derreto-me com a sua meiguice. Este ano, passámos o ano abraçadas, nos miminhos. A Julieta completou dois anos de vida e a tia quer deixar-te aqui um grande beijinho de parabéns, com votos de ricas bênçãos sobre a tua vida.
(saudades)

15 de janeiro de 2010

A sucessora

Em miúda, durante seis anos consecutivos, fui o "Anjo Gabriel" nas peças de Natal da igreja. Ano após ano lá estava eu, de asas brancas aos ombros, bracinhos no ar, envergonhadíssima, dizendo: "Glória a Deus nas alturas!" Era o meu momento.
Este ano, a minha filha participou pela primeira vez na sua vida numa peça de Natal. Qual o papel que lhe coube? Nem mais.

:)

Deitado na cama, luz apagada, enquanto o adormeço, faz-me esta pergunta. “Mamã, hoje há igreja?” Explico-lhe que não e que vai ter de esperar até domingo. Resposta dele: “Estou mortinho por ir à igreja!”
(que esse desejo se mantenha por toda a tua vida, filho)

14 de janeiro de 2010

Testemunho

Naquela tarde ninguém podia adivinhar o que iria acontecer. Os pais de um menino decidiram fazer limpezas de fundo em casa, enquanto o filho dormia no berço. Estavam descansados, pois sabiam que a criança dormia. Sem que ninguém se apercebesse, o menino acordou e, pela primeira vez, galgou o berço, foi pela casa fora, pegou num produto químico fortíssimo, um desincrustante, que estava a ser utilizado na limpeza e, num ápice, meteu-o à boca e bebeu. Os momentos que se seguiram foram de puro pesadelo. Os médicos da ilha tentaram salvar o menino, mas a situação era tão grave que o enviaram para Lisboa. Em Lisboa continuou o pesadelo. Médicos e enfermeiros tudo faziam, mas as melhoras tardavam em chegar. A mãe do menino era crente, muito querida pela nossa igreja. E, desde o primeiro momento, a igreja esteve unida em oração. Muitas semanas se passaram, até que o menino começou a reagir. Os progressos começaram a ser animadores. A igreja nunca desfalecia na oração. Milagrosamente, o menino recuperou de tal forma que os médicos deram-no como curado. Regressou à ilha, para alegria de todos. Porém, haviam sequelas, sendo a mais preocupante o facto de um dos rins ter parado. Esta terrível tribulação teve como consequência a conversão do pai do menino. Hoje, é um crente fiel. Se esta história terminasse aqui já era um testemunho tremendo. Mas não terminou aqui. É que Deus faz sempre muito além daquilo que nós imaginamos. Ontem, o menino fez um exame aos rins. E, anos depois do sucedido, descobre-se, para surpresa de todos, que o rim “acordou”! Está a funcionar, desenvolveu-se e só tem menos dois centímetros do que o outro rim. Como Deus é maravilhoso!
Esta boa notícia fortaleceu muito a fé da nossa igreja e, em especial, a daquele casal. Milagres acontecem. Deus seja louvado!

Das férias em família

Ouvir a minha sobrinha mais velha chamar-me "Tia Didi". Passar a noite de fim de ano com a mais nova no meu colo, a levar mimos e beijos sem fim. Ver os meus filhos brincar felizes com as primas. Olhar para o lado e ver o matulão do meu irmão deitado de costas no chão a fazer um avião ao meu filho, que soltava gargalhadas estridentes enquanto voava deitado sobre os pés do tio. O amor desmedido dos avós, de paciência inesgotável. O amor dos tios, que apenas abraçam os sobrinhos uma ou, no máximo, duas vezes por ano. Ouvir a minha irmã dizer-me, com um olhar de esperança: "Se vivesses aqui, os nossos filhos podiam crescer juntos". Esta é a parte boa das férias. Esta é também a parte tão profundamente difícil das férias.

Natal



Depois de umas férias de Natal em família, repleta de prendas e miminhos, uma das grandes bênçãos que recebemos nesta época foi terem-nos perdoado, no check-in do aeroporto de Lisboa, quase 12Kg de excesso de bagagem... (uf)

Dar de coração


Ao longo de várias semanas, os irmãos da igreja ofertaram diversos géneros alimentícios para os cabazes de Natal. Azeite, óleo, farinha, arroz, feijão, ovos, frutos secos, chocolates, bacalhau, tudo isto e muito mais foi generosamente doado pelos irmãos com o objectivo de abençoar o Natal de famílias carenciadas. No primeiro ano, a igreja propos-se oferecer seis cabazes e, no final, ofereceu oito. No ano passado, a igreja completou onze cabazes. Este ano, pela graça de Deus, foram entregues dezassete cabazes. O olhar emocionado e brilhante daqueles que receberam estes cabazes é algo impossível de traduzir em palavras. Pessoas que iriam ter um Natal muito limitado puderam sentir que Deus não se esquece delas e que as ama. A mim, tocou-me especialmente a alegria de quem ofertou para os cabazes. Este ano, houve pessoas que ofertaram até, de uma vez só, um ou dois cabazes completos. Com tudo do melhor. E não são pessoas ricas, longe disso. Isto é saber amar. Desinteressadamente. E que Deus complete a obra iniciada em cada família.

10 de janeiro de 2010

De volta a casa

Desta vez, e pela primeira vez, tínhamos um familiar à nossa espera na ilha. O meu irmão. É bom tê-lo aqui.
(Foto do meu irmão. O nosso avião a aterrar.)

5 de janeiro de 2010

2010

Faço aqui uma interrupção nas nossas férias para desejar a todos um bom 2010, muito feliz.
(Até breve)