Já me arrependi mil vezes de ter comprado os meus óculos novos. Não é que não goste deles (antes pelo contrário), mas não são o modelo mais indicado para quem tem um filho de um ano e meio. Recentemente, e depois de várias ameaças, ele conseguiu partir-me a armação. Dirigi-me a uma casa de óculos para os tentar concertar, mas a solução mais imediata foram umas lentes de contacto descartáveis. A certa altura, o empregado da óptica perguntou-me o meu nome completo. Mal acabei de o dizer, olhou para mim e disse-me com o maior dos à vontades: “Que nome tão estranho!”. Eu, profundamente indignada, mas a tentar manter a calma, respondi-lhe que, de facto, os meus apelidos são um pouco fora do vulgar. Mas o dito senhor, voltou à carga e rematou com a seguinte frase: “É que os seus nomes não têm mesmo nada a ver uns com os outros!” Comecei, então, a sentir uma coceira na ponta dos dedos da mão (para lhe apertar o pescoço), mas, entretanto, o senhor da óptica disse-me que as lentes eram de graça. E assim tudo terminou em paz.
(Haja paciência…)