31 de dezembro de 2006

Balanço

2006 foi um ano bom! Iniciámo-lo com um bebé de três meses nos braços e terminámo-lo com um rapagão de 15 meses que já corre, salta, fala imensas coisas, come de tudo, risca os móveis, parte molduras e afins. Deus foi-nos ensinando a cuidar dele, longe das nossas famílias. Na verdade, é Deus quem tem cuidado deste menino e nós temos dado uma mãozinha.
Em 2006, Deus deu-me o melhor emprego que já tive na vida. Comprámos um carro de cinco lugares. Nasceram dois bebés na nossa igreja e quatro senhoras engravidaram. Converteram-se almas. O amor de Jesus contagiou pessoas (e que 2007 possa ser o ano da sua conversão). Criei um blogue. Fui pela 1ª vez ao Estádio da Luz e vi o Benfica ganhar 3-0 (se eu não escrevesse esta o meu marido não me ía perdoar). Enfim, aconteceram tantas coisas...
Que 2007 possa ser um ano muito bom para todos nós e para todos vós que passam por aqui!

30 de dezembro de 2006

É constrangedor...

...ver o nosso filho receber prendas lindíssimas e, para desânimo do ofertante (e para nosso constrangimento), vê-lo a dar mais importância ao papel de embrulho ou à etiqueta do presente, do que à prenda em si. Pior ainda, é quando ele despreza completamente o presente e vai mas é brincar com a colher de pau da avó.

29 de dezembro de 2006

Destinos de férias

Não queremos saber de sítios sossegados, nem de passeios à beira-mar. Sempre que vimos de férias ao continente passamos grande parte do nosso tempo a passear nos shoppings e nos hipermercados. Consolamo-nos a ver as lojas, a confusão dos centros comerciais e os preços (tão) baixos de todas as coisas. Regalamo-nos a conduzir nas estradas de cá e a poder andar a mais de 90km/h em certos sítios.
A diferença é que nos cansamos mais depressa. Cansamo-nos de ver tantas pessoas juntas, de ter de esperar em filas para tudo, do trânsito e da dificuldade em arranjar lugar para estacionar.

26 de dezembro de 2006

A nossa surpresa

Não dissemos nada aos meus sogros, foi surpresa absoluta. Depois do culto de domingo, apanhámos "a TAP" (como se diz no Faial) das 13h45 e voámos rumo ao continente. Desta vez, o nosso filho já comeu da sandes que nos servem durante a viagem. Gostou.
Quando chegámos ao aeroporto, o amigo Tiago estava à nossa espera, para nos levar até à casa dos meus sogros.
Quando a família nos viu, foram muitas as lágrimas, os abraços sentidos e as gargalhadas que soaram naquela casa. "Seus malandros! Não disseram nada!"..."Que bom ter-vos cá! É a melhor prenda de Natal que podíamos receber!". Escusado será dizer que o nosso filho foi mais mimado e apaparicado numa só noite do que em muitos meses de vida. A certa altura, perdi a conta às fantasias de Natal que ele já tinha comido. "Deixem lá o menino comer à vontade, o chocolate faz-lhe bem!" "Queres uma filhós, meu amor?" "Queres uma broazinha?" Às duas e meia da manhã, ainda se ouviam as gargalhadas dele. Nessa noite, adormeceu a cheirar a beijos.
Quando vivemos longe da família, aprendemos a dar-lhe mais valor. Essa é uma das coisas boas que temos aprendido a 1700 Km de distância deles. Vamos ficar por aqui uns dias.
Até breve!

23 de dezembro de 2006

Ele está entre nós!

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". Isaías 9:6

Feliz Natal!

22 de dezembro de 2006

Quando eu não estou em casa..


... o meu marido não passa fome.
(haja imaginação)

21 de dezembro de 2006

Festa no Céu

Sempre gostei muito de uma passagem que diz que quando alguém se torna filho de Deus há festa no Céu. Mas também há uma outra passagem acerca de alguém que já era filho, mas que um dia saiu da casa do pai e, alguns anos mais tarde, voltou para fazer as pazes com ele, e que relata que também neste caso houve uma enorme festa! Fico a pensar qual das duas festas será melhor. Acho que são ambas de arromba!
Ontem foi o dia da "festa" da minha amiga açoriana. Foi uma festa do tipo dois. Em assembleia, declarou querer voltar para "casa" e a família recebeu-a de braços abertos.

20 de dezembro de 2006

Estarei a ouvir bem?

Ele está a passar uma fase giríssima. Todos os dias, faz montes de descobertas! Só nesta última semana, aprendeu a dar beijinhos (dos repenicados), a dizer uma série de palavras novas (saliento o “Nó”, de “Noddy”), come de tudo (como gente grande), mas aquilo que mais me encantou foi ouvi-lo tentar CANTAR!
Estavamos a ver os anúncios na TV, quando, de repente, começo a ouvi-lo balbuciar “ai-ó-é”, “ai-ó-é”… (da música “Ai-olé, ai-olé, é Natal no Intermarché”). Passado uns minutos, ouço-o novamente: “é-i-é-i-é…é-i-é-i-é” (da música da novela da Estrelinha, a “Doce Fugitiva”).
É certo que os seus gostos musicais ainda não estão muito apurados, mas foi um momento delicioso!

19 de dezembro de 2006

Já lá vão 23 anos

Finalmente, tinha chegado o grande dia! Pela mão do meu pai e da minha irmã, fui até à maternidade conhecer o meu irmão mais novo. Com a sua chegada, eu perdia a titularidade de seis anos do estatuto de “filha mais nova”, para passar a ser “a do meio”. Lembro-me que subi as escadas da maternidade num ápice, ansiosa para ver o rosto do meu “irmão rapaz”. Quem já o tinha visto dizia que era um “matulão” e que tinha uns “pés muito grandes” (até hoje…). Era a minha prenda de Natal antecipada.
Recordo-me que vivi intensamente aquela espera de nove meses até ao seu nascimento. Todas as noites, antes de me deitar, dava um beijinho na barriga da minha mãe. Ainda hoje consigo visualizar aquela barriga redonda, enorme! Depois de duas raparigas, Deus abençoava-a agora com um “varão”!
“Queres vê-lo? Anda cá!” – disse-me a minha mãe num sussurro. Entrámos sorrateiramente no berçário e, no meio de muitos berços, lá estava ele… o “matulão”! A minha mãe pegou-lhe ao colo e aproximou-o de mim para eu o poder ver bem. “Ele é um bocadinho roxo”, disse baixinho. “É normal, isso passa!”, explicou-me.
A minha vida nunca mais foi a mesma desde então. Assumi o meu papel de irmã do meio com unhas e dentes, e cuidei daquele menino como nunca tinha cuidado do meu Nenuco (o que ele sofreu nas minhas mãos, tadinho…). Tantas brincadeiras, tantas recordações… até inventámos uma linguagem só nossa! “Ronobotxorobolono”!!
Hoje, é o seu aniversário, o segundo em que eu não posso estar presente. É nestes momentos que dava jeito ser “Moisés” para ir ter com ele num instantinho, dar-lhe um abraço e voltar.
Parabéns, meu querido!
(A mana ama-te muito)

17 de dezembro de 2006

"Volto já"



Pior que uma amigdalite...
... é a recaída de uma amigdalite.

14 de dezembro de 2006

De comer e chorar por mais

Abre-se o goraz ao meio, grelha-se com sal e vai-se borrifando o peixe com vinagre enquanto está na brasa. Depois de grelhado, retira-se a espinha (de preferência).
À parte, fritam-se alhos com azeite, que no fim se despejam sobre o goraz.
(o da foto foi feito pelo marido)

Constrangedor

O meu filho é obececado por bolas. Acorda a dizer 'bola' e deita-se a dizer 'bola'. Repara em todas as bolas que existem: as bolas dos candeeiros de rua, as bolas dos enfeites de Natal, as bolas dos colares das senhoras, etc.
Desta vez, ele viu uma bola onde eu não estava à espera. Apontou o dedo para a barriga de 8 meses de uma rapariga que foi pela primeira vez à nossa reunião de senhoras e gritou "bola"! Está bem visto, sim senhor!

13 de dezembro de 2006

Ainda me faz impressão...

... que os casais novos tenham quase todos uma horta e animais de criação (vacas, porcos, galinhas) em casa.
... que as pessoas daqui chamem "apartamento" à nossa casa (uma pequena vivenda geminada).
... que a minha colega de gabinete tenha um fumeiro em casa.
... que, na 2ªf passada, em resposta à minha pergunta "Como foi o seu fim de semana prolongado?", uma colega me tenha respondido o seguinte: "Estou muito cansada porque fizemos a matança do porco."
(É outra realidade
)

12 de dezembro de 2006

De pequenino...

Foi em criança que me falaram do amor de Jesus por mim e nunca mais me esqueci disto. Também foi em criança que o meu marido começou a despertar para esta Verdade, através de uma classe de Boas Novas. Não há melhor terreno para semearmos a preciosa semente do que no coração de uma criança.
Temos conhecido algumas pessoas aqui na ilha que, em criança, chegaram a frequentar a nossa igreja e que ainda hoje recordam essa experiência. Iam à escola bíblica dominical ouvir histórias e pintar desenhos. Recordam o nome do missionário que cá estava na altura e a casa onde eles moravam. Mais tarde, essas crianças deixaram de ir à igreja, até hoje. Há dias falei com uma rapariga que ainda tem em casa a “Bíblia evangélica” que lhe deram. Tem essa Bíblia aberta num altar que fez em casa, rodeada dos santinhos que herdou da avó. Também tem uma “Bíblia católica”, mas gosta mais de ler a outra. Hoje, é o filho desta rapariga (de 5 anos) quem vai à escola dominical. Começou a ir há quinze dias e já está perfeitamente integrado (as crianças são fantásticas nisto)!
Por vezes, damos menos importância às crianças do que deveríamos dar. Elas percebem mais coisas do que nós julgamos. Fico a pensar nas crianças que estão hoje connosco e desejo profundamente que nunca, mas nunca se desviem deste Caminho. Pois, não há caminho melhor.

11 de dezembro de 2006

Regalitos

Um fatinho de indiana, uma caixa de Guillian, uma bandeira de Cabo-Verde e, hoje, uma caixa de Ferrero Rocher. Prendas dos utentes do meu serviço (imigrantes) a quem Deus me permitiu ajudar. "Consola", como se diz por aqui.

10 de dezembro de 2006

Gracinhas novas

O meu filho pedia-me insistentemente para provar a bebida que estava no meu copo (Guaraná). Dei-lhe a provar. Ele bebeu e disse logo a seguir: "é bom!"
Estavamos a jantar e apercebemo-nos que o canal da TV mudou. Antes de pronunciarmos alguma palavra, o canal volta a mudar. Levanto-me para ver o que se passa e vejo o meu filho a apontar o comando para a televisão, todo entretido.
Nessa mesma tarde, aprendeu a ligar o DVD.

Hoje foi diferente

Muitas pessoas pensam que a vida aqui é de tal modo calma e pacata que temos tempo para tudo e mais alguma coisa. Que grande mentira! O ministério aqui passa muito por um relacionamento próximo com as pessoas - ora na nossa casa, ora na casa deles. Tudo começa pela amizade. Os açorianos precisam de conhecer primeiro quem somos, para depois confiar. Isto requer muito tempo.
Um dos primeiros açorianos com quem o meu marido fez amizade, converteu-se neste verão. Tudo começou pelo Benfica (os homens têm destas coisas). Viam os jogos juntos, depois começaram a ir ao andebol juntos e hoje são companheiros de pesca. Desde há largos meses que frequentamos a casa do pai desse açoriano, onde temos almoçado muitas vezes ao Domingo. Hoje, também lá fomos almoçar, mas foi diferente. O tal açoriano, hoje nosso irmão, pediu que o meu marido fizesse uma oração em voz alta antes de comermos. E o pai do rapaz (dono da casa) consentiu. Estavam 16 pessoas à mesa.
São momentos como este que consolam o nosso coração! Que o Senhor possa completar a obra que começou naquela família.

7 de dezembro de 2006

Avizinham-se tempos difíceis - parte III

Preciso de uma colher de pau e não encontro nenhuma. Vou à procura. Encontro uma no chão da sala, outra na minha mesa de cabeceira e mais outra... dentro da sanita! Entretanto, continuam duas desaperecidas.

6 de dezembro de 2006

Blusa bege

A festa de aniversário da nossa freguesia é das mais giras e animadas da ilha (das poucas que não tem cariz religioso). O palco das actuações musicais fica quase à porta da nossa casa. Este ano, fomos os três petiscar nas barraquinhas dos comes e bebes. Linguiça regional, bolo de milho e sandes de albacora fazem as nossas delícias. O ambiente é familiar e sereno. Depois da filarmónica, é o grupo de cantares quem anima a festa com a chimarrita. Faz-se tarde e pedimos a conta. Trazem-nos um papelinho com uma soma feita à mão e, no cimo da conta, lemos “blusa bege”. Blusa bege? O que é isto? Rapidamente desvendamos o enigma. O “blusa bege” é o meu marido, que estava com um casaco de malha bege vestido. Pois claro, no meio de tanta gente, o rapazinho que servia às mesas tinha de se orientar!

Das duas uma

De manhã, para ir para o trabalho (na Horta) tenho duas hipóteses: ou vou pelo caminho normal e corro o risco de apanhar uma fila de carros no semáforo (atenção: é mesmo “o” semáforo, pois não há mais nenhum em toda a ilha) e demoro cerca de 10 minutos a chegar ao emprego, ou vou por um atalho e demoro cerca de 5 minutos.

5 de dezembro de 2006

O bom marido

O bom marido é aquele que nos oferece um bolinho de Natal para comer no feriado!
Farinha, fruta, melaço, açúcar, ovos, canela, café, noz-moscada, vinho do Porto, aguardente e cacau.
O que eu não contava era ter um concorrente na corrida ao bolo. Aponta o dedinho para o bolo de Natal e pede um pedacinho a toda a hora. Está a engolir o bolo e já vai esticando o dedo novamente para pedir mais.
No Natal do ano passado só bebia leitinho e agora já me dá avanços no MEU bolo...estou feita.

4 de dezembro de 2006

O preço mais alto

Quando decidimos viver para servir, aprendemos a ser desprendidos dos bens materiais, dos empregos, dos lugares, dos hábitos, mas nunca das pessoas que amamos. Mesmo quando Deus nos traz para muito longe, essas pessoas vêm connosco, bem dentro do nosso peito. Este é o preço mais alto que temos de pagar: a saudade. Há dias em que é muito difícil. E Deus sabe disto, pois acredito que não é por acaso que nunca fomos tão acarinhados e tão estimados pelas pessoas, como aqui nesta pequena ilha. E esse amor é tão compensador! É nele que encontramos forças quando vemos o olhar emocionado dos nossos pais e irmãos, na internet.
Mas quando pensamos nas pessoas que hoje estão connosco a servir a Jesus, nas que se converteram, nas que estavam afastadas e voltaram, e nas que estão a ser evangelizadas, a balança tem de continuar a pender para este lado. Não é fácil, mas quando entregamos as nossas vidas para o ministério, a nossa alegria e realização passa a estar nestas coisas. Mesmo havendo um preço alto a pagar.

3 de dezembro de 2006

O inesperado

No culto de hoje, durante a celebração da Ceia, o meu marido diz: "Tomemos o pão!". Faz-se silêncio... e ouve-se o nosso filho dizer bem alto: "PÃ!"

A prova do crime

Ele sabe que não deve mexer nos armários da cozinha,
mas foi mais forte do que ele...

2 de dezembro de 2006

O meu jantarzinho de ontem

Lulas de Mostarda, Filetes de Peixe, Bacalhau à Abade, Vitela à Tailandesa, Lombo de Porco Assado, Escalopes de Frango Grelhados, Saladas Mistas, pudins diversos, frutas, vinhos branco e tinto, águas, sumos, café.
(Foi o jantar de Natal do meu serviço. O Governo Regional é amigo!)

30 de novembro de 2006

Está explicado

Andava eu toda entusiasmada com o crescente número de visitas ao meu blogue, tendo chegado a comentar com o meu marido "querido, o meu blogue está ao rubro!", quando descobri a verdade nua e crua: a minha mãe descobriu o meu blogue!

Vizinhança - continuação

Batatinhas caseiras (vieram trazer-nos)

29 de novembro de 2006

Mais uma p'ró clube

Ainda há dias, comentei um post de uma amiga minha que ía ser "bi-tia", dizendo: "Também queria!"
Pois, Deus realizou o meu desejo! Recebi a notícia de que também vou ser "bi-tia"! A minha cunhada mais velha está de bebé e eu estou que não posso!
(E, já agora, vou deixar aqui um recadinho: ó "Daniela", diz-se por aí que "não há duas sem três"...)

O empregado da pastelaria

Esta personagem merece um post. É um rapaz com vinte e poucos anos, muito esticadinho, magrito, sempre bem-disposto, com a cintura das calças a chegar ao umbigo, um sotaque bem entranhado e uns 3500 volts naquelas veias. É uma figura impressionante! Ele, sozinho, dá conta do recado todo. Tira bicas, faz trocos, levanta mesas, serve bagaços, e, pelo meio, ainda tem disposição para dizer gracinhas aos clientes. Ontem, eu e o meu marido fomos lá, ao final da tarde. Quando ele nos viu, disse muito depressa “Boa tarde, jovens!” Nós sorrimos e ficámos meio-aparvalhados a olhar um para o outro, pensando: “aquele miúdo chamou-nos ‘jovens’?” Ele já sabe o que nós vamos tomar, aliás, ele já sabe o que toda a gente vai tomar. Ele sabe que o meu marido bebe sempre um copo de água com o café. Ele sabe que eu gosto de uma “meiazinha” (é uma meia de leite, mas ele usa diminutivos para tudo). Que figurão! Sempre contente e motivado, com um trabalho tão cansativo.
Obrigada pela tua boa disposição, rapaz! E ai de ti se daqui a uns anos já não me chamares “jovem”!

28 de novembro de 2006

Há dias assim..

Há dias mais fáceis e há dias mais difíceis. Hoje tem sido muito difícil.

Agradecimento

Ao canal "Fashion tv" e a todos os momentos de publicidade que passam na tv: muito obrigada!
Com a vossa ajuda, ele come sopa, come papa, come fruta...é um descanso!

26 de novembro de 2006

Nunca vi nada assim

No Faial, as iluminações de Natal são um assunto muito sério. A casa do meu vizinho é prova disto mesmo.
Muitos açorianos foram emigrantes na América e importaram de lá estas tradições. Curioso.

Parque de diversões

Diz-se por aqui que "os Açores tem oito ilhas e um parque de diversões" (a Ilha da Terceira). Foi lá que estive nestes últimos dias, em serviço. Estas viagens são aquilo de que menos gosto no meu emprego, por implicarem a separação do meu marido e filho. Desta vez foram dois dias (duas eternidades). Depois, viajar na Sata-Açores com um "alerta laranja", é, no mínimo, motivo para ir "à rasquinha"! Mas, graças a Deus, correu tudo bem!
Foi muito bom passear pela cidade de Angra e ver aquele comércio todo (não é Lisboa, nem nada que se pareça, mas já anima). Estive na "Benetton" e na "Prénatal" (há quanto tempo!). Os terceirenses são muito simpáticos, gostam de touradas à corda, estão sempre prontos para conviver e têm um sotaque delicioso: "Vou ao hipre (híper), num instiante", "Ilha do Puique" (Pico)!
Fui participar numa conferência, onde dei uma comunicação, e o meu nome apareceu no nº 18553 do "Diário Insular". Por isso, estou insuportavelmente vaidosa. Sinto-me a um passo da capa da "Caras"!

22 de novembro de 2006

A 1ª mentira

Do canto da sala, vejo-o aproximar-se da televisão, desligá-la e fugir a correr. Ele sabe que não deve fazer isto. O pai pergunta-lhe "Foste tu que desligaste a televisão, filho?" Resposta imediata: "Nã!"

Ainda me faz impressão - parte II

A embalagem do fiambre da mercearia do nosso bairro e a grossura das fatias
(se não pedirmos para cortarem fatias fininhas, comemos bifes de fiambre)

21 de novembro de 2006

Vizinhança

A amizade entre vizinhos é algo em vias de extinção no continente. Aqui, também isto, é bem diferente.
Quando viemos para cá morar, apercebemo-nos de que os vizinhos não nos observavam apenas, eles queriam mesmo conhecer-nos e dar-se connosco. Lembro-me de um dia estar a estender roupa e uma menina, que me estava a observar da janela da sua casa, perguntar-me “Ó vizinha, vai ter uma menina ou um menino”, e eu respondi “é menino”, então, ela vira-se e diz para a mãe, que estava escondida atrás dos cortinados, ”Mãe, ela diz que é um menino!”
Certa vez, uma outra vizinha veio bater-nos à porta com um pedaço de bolo de noz, caramelo e banana, especialmente para mim, que estava, na altura, grávida de oito meses. Nunca me esqueci deste gesto.
Assim, fomos travando conversa com os vizinhos, e em pouco tempo, os nossos “bom dia” e “boa tarde” já recebiam como resposta “Bom dia, vizinhos! Hoje está forte chuva, poderes de frio, nem se vê o Pico. Quer umas couves para a sopa do seu bebé? E uns tomates? Também quer salsa?” E hoje, também já entramos na onda, e dizemos “Vizinha, pegue lá este peixinho que o meu marido pescou esta noite!”
Eles sabem que temos uma fé diferente e que não participamos das festividades religiosas da freguesia, mas isso não tem sido obstáculo a um relacionamento saudável entre nós. Antes pelo contrário, aos poucos, temos tido oportunidade de falar e, acima de tudo, mostrar como é uma vida com Jesus. E a reacção até acaba por ser boa, porque também têm “uma cunhada no continente que é de uma igreja protestante”, ou conhecem o fulano ou fulana tal que é da nossa igreja e o assunto já não é uma novidade absoluta. O nosso filho também tem contribuído muito para esta nossa boa integração porque toda a gente se mete com ele e assim temos oportunidade de falar com as pessoas.
Agora andamos à voltas com uma série de potes de doce caseiro que nos deram (figo, amora, uva..). Aqui há dias eram pepinos (até congelei pepinos)! Enfim, as pessoas tratam-nos muito bem. Graças a Deus também por isso!

20 de novembro de 2006

Tagarela

“ábua” (água)
“pá” (sapato)
“uz” (luz)
“cã” (cão)
“mama” (fico sempre na dúvida com esta..)
“papa” (também é controversa, ou é “papá” ou “papa”)
“Saia” (Sara, uma rapariga da nossa igreja)
“pã” (pão)
“Kik” (“Kika”, a ama dele)
“na, na” (não)
“ta-tau” (esta ele já diz bem)

A terra voltou a tremer

Depois do sismo de 98, o Faial voltou a “abanar”. A causa deste abalo chama-se “Mega Hong Kong”, uma loja de chineses enorme, semelhante às que vê no continente. Tem um pouco de tudo e muito mais barato do que nos outros sítios.
Não se fala de outra coisa na ilha. Os jornais locais deram a capa a este “mega” acontecimento. Os comerciantes estão em alvoroço com esta invasão chinesa.
E eu fico contente por ter mais um sítio para ir dar uma volta, que não o hiper.

19 de novembro de 2006

Meu dito, meu feito

(o destino da máscara que me deram nas urgências)

17 de novembro de 2006

Inauguração

O nosso filho estreou o quarto dele. A sua alegria e excitação ao ver que tínhamos criado um espaço só para ele, de paredes azuis clarinhas, repleto de brincadeiras e cores, emocionou-nos muito.
Quando entrou no quarto, começou a correr feito barata tonta, a querer brincar com tudo ao mesmo tempo, tropeçava, levantava-se, ria às gargalhadas, chutava as bolas, depois escondeu todos os peluches dentro da tenda, uma loucura... e nós riamos, consolados, em pé à porta do quarto.
És a alegria da nossa casa. Que Deus te abençoe, meu querido.

Estás perdoada!

Confesso. Durante meses a fio alimentei dentro de mim uma vontade imensa de apertar o pescoço àquela mulher! Nunca lhe tinha visto o rosto nem a fisionomia, mas a sua voz conhecia-a de longe.
Todos os fins-de-semana, pela manhãzinha, sou bruscamente despertada pela voz gritante de uma vendedora desesperada por vender a sua mercadoria. E a voz, que começa por ouvir-se muito ao looonnge, vai-se aproximando e aproximando, até soar mesmo ali debaixo da minha janela! É de ficar com 'pele de galinha'! E eu penso para comigo “Ó minha senhora, ainda não percebeu que está toda a gente a dormir? Como é que quer que alguém lhe compre alguma coisa se as pessoas a devem odiar?”
No outro dia, calhou estar acordada, e assim que ouvi a voz da dita vendedora, corri para a janela. Pensei: “É desta que vou ver quem és e o que é que andas a vender a esta hora da madrugada!”
Quando ela se aproximou, percebi nitidamente “batata-doooce!”
Ó amiga, então são batatas-doces que andas a vender? Então esquece, estás perdoada! Há lá coisa melhor neste mundo do que batatas-doces?
Hoje já não me importo mais com a vendedora das batatas-doces. Agora, ando a tentar perdoar o senhor que passa com a carripana do peixe, apitando desalmadamente, por volta das 9 horas.

16 de novembro de 2006

Ainda me faz impressão...


... chegar ao hiper e os iogurtes estarem esgotados porque o contentor não chegou.

Obrigada, Papá!

Diz-se que “em terra de cegos, quem tem olho é rei”, e é verdade.
Tenho-me lembrado inúmeras vezes deste ditado quando estou sentada em frente ao teclado da igreja, domingo após domingo. Tenho sido a titular exclusiva do teclado (se bem que, este ano, uma menina da igreja já começou a ter aulas de piano no Conservatório da Horta). E dou por mim a pensar que o pouco que aprendi tem sido muito importante neste lugar. Tudo o que tenho aprendido, mesmo as coisas mais banais, têm acabado por vir a ser muito úteis, mais à frente. Outra área em que vejo isso claramente é em relação aos meus estudos, que me têm permitido trabalhar num lugar estratégico para conhecer pessoas, acabando o meu emprego por ser um prolongamento do ministério.
Tudo tem um propósito, é impressionante!
E assim, graças ao que o meu papá Zé me ensinou, vou continuando a ser a “rainha” do teclado, até ao dia em que aquela menina que entrou para o Conservatório me der uma “sova” de Chopin. (espero que seja em breve)

15 de novembro de 2006

Nas urgências

Médico: "Adriana, isto só lá vai com antibiótico! E nada de beijinhos ao bebé, até lhe vou dar uma máscara para usar quando estiver com ele".
Eu rio-me interiormente com a história da máscara, imaginado já o meu filho a arrancá-la da minha cara no 1º segundo que a vir e respondo: "Tudo bem, Sr. Dr. Peço-lhe apenas que, ao prescrever o antibiótico, tenha em atenção que ainda estou a amamentar."
Médico: "Concerteza, vou receitar-lhe um que não faz mal ao bebé. E, já agora, o seu bebé tem quê? Um mês?"
Eu (à procura de um buraco para me esconder): "Tem.. tem treze meses.."
Este episódio fez-me lembrar aquela história de uma senhora que, no dia das mães, foi dar testemunho na igreja e começou assim o seu discurso: "O meu menino tem 40 anos!".

O preço de um santo

Desenganem-se! Não vou fazer aqui nenhuma exposição teológica acerca do preço de um santo. Este post é mesmo um desabafo "chocado" relativamente aos muitos euros que pode custar um santo (de barro, entenda-se). Eu não fazia ideia disto, até que parei em frente de uma montra cheinha deles e fui confrontada com esta realidade. Uma imagem com cerca de um palmo de altura está na casa dos 70 e muitos euros! Uma santinha com um dedo de altura custa 25 euros! Nunca pensei.

14 de novembro de 2006

13 de novembro de 2006

Avizinham-se tempos difíceis - parte 2

"Não mexas aí, faz dói-dói!"
"Não ponhas isso na boca!"
"Não vás para as escadas!"
"Aí, não!"
Resposta dele: "Na, na, na!!"

À vontadinha

A nossa senhoria telefona-nos a dizer que no sábado vem cá um senhor pintar a casa por fora. Diz-nos que não precisamos de ficar presos em casa por causa disto, basta que deixemos uma das portas destrancadas para que o senhor possa servir-se de uma tomada eléctrica.
O pitoresco desta história é que isto é dito com toda a sinceridade e descontracção!
Aqui ainda persiste este clima de confiança entre as pessoas. Ainda há muito boa gente que deixa as portas abertas. Ora, para quem vem de um sítio onde o que está a dar são portas blindadas, isto faz no mínimo umas "cócegas"!

11 de novembro de 2006

Já são 4

Depois de doze meses em branco, em cerca de um mês e meio já lhe nasceram 4 dentes (aliás, 4 favolas)!

Depois do pesadelo

Há dias sonhei que se se deu um terramoto e eu andava aflita à procura do meu marido e do meu filho. É o que faz ouvir tantas histórias acerca do sismo de 98 que arrasou, diz-se, 70% do Faial.
Para viver nos Açores é preciso ter fé. As tempestades que por vezes assolam estas ilhas, os terramotos, os vulcões, são tudo coisas que fazem com que os açorianos sejam pessoas voltadas para Deus. De que nos vale a nossa força e sabedoria humana perante uma catástrofe da natureza? Só Deus para nos acudir. Assim se explica a força da religião neste lugar, que com a ajuda da insularidade tornou os Açores, ao longo dos tempos, num "oásis do catolicismo".
Hoje, as coisas começam a mudar, principalmente a nível das camadas mais jovens, mas ainda há marcas fortes desta tradição. Recordo-me de, certa vez, estar com o meu filho na pastelaria e de uma senhora, que se meteu com ele, perguntar-me "ele já foi baptizado?". Em Lisboa talvez me perguntasse "como se chama o menino?", ou, "quantos mesinhos tem?", mas nunca se já tinha sido baptizado.
No entanto, outra coisa que se pode perceber depresa é que ser religioso não significa ser feliz. Por exemplo, o número de divóricos neste lugar é impressionante. É visível que as pessoas estão à procura de conhecer Deus de uma forma mais real e íntima. Por isso, quando se entregam a Jesus, transferem aquela "fé" com que já se nasce neste lugar, para o Senhor e são crentes muito fiéis. Que Deus nos continue a ajudar a transmitir a verdadeira fé a estas pessoas tão queridas.

Horta - vista oeste

(fotos tiradas pelo marido)

10 de novembro de 2006

No caminho

Sozinha, ao volante, vejo uma paisagem deslumbrante à minha frente. São oito e tal da manhã, vou trabalhar. Vou cheia de sono (há treze meses que não sei o que é dormir uma noite completa), mas vou de boa-vontade, pois tenho a sorte de gostar imenso daquilo que faço. Aproveito para fazer um balanço do que tenho vivido e a frase que sobressai é que Deus é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos. Não quero dizer que seja fácil, mas vale mais a pena viver para servir do que viver para ser servido.

9 de novembro de 2006

Avizinham-se tempos complicados

Na loja do chinês, pede-me "boia, boia" (bola).
Na caixa do hiper, pede-me "baião, baião" (balão).

Todo o tempo do mundo

Vou ter de falar nisto. É inevitável.
Uma das coisas que perdemos quando aqui chegamos é a má educação ao volante.
No início, tínhamos o hábito de dar uma apitadelazita ao carro da frente quando o semáforo ficava verde, apitávamos quando dois carros se cruzavam e paravam na converseta ali mesmo nas nossas barbas, enfim, todas aquelas manhas que se apanham no continente. Mas cedo nos apercebemos que tínhamos de deixar de agir assim. É que as pessoas pediam tantas desculpas, com tanto arrependimento, que quase só faltava saírem do carro para nos virem dar um abraço e fazer as pazes. Uma pessoa até se sentia mal, no fim.
Hoje, conduzimos com toda a serenidade. Se dois automobilistas param uns bons segundos a conversar à nossa frente, é porque deve ser um assunto importante. Se não for importante, também não faz mal, nós esperamos. Se a vaca se solta da corda e nos aparece de frente numa curva, trava-se e depois com jeitinho ultrapassa-se a mimosa. Nada de nervos!

8 de novembro de 2006

Para ti

Sem ninguém lhe perguntar por contas, uma utente do meu serviço diz-me em viva voz, com toda a naturalidade e simpatia, que sabe quem é o meu marido e o que ele faz. Os meus colegas já não ficam surpreendidos, toda a gente o conhece. E eu não consigo esconder a satisfação de ver que as pessoas daqui o conhecem e estimam muito.
E, de facto, quem é que pode não gostar dele?
A sua integração na ilha tem sido óptima. Para além de já falar com sotaque (ele não admite isto), tornou-se um exímio pescador.
Provavelmente, ele nem se recordará, mas faz hoje três anos que foi consagrado. Tenho tido a alegria de acompanhar o seu percurso (que é também o meu) e, de facto, posso dizer que vejo claramente Deus na sua vida.
Parabéns, este post é para ti!

7 de novembro de 2006

Perdição

Já começas a aparecer nas montras da padaria e eu ando a fazer-te vista grossa, como se me fosses indiferente.
Ai, ai, Bolo de Natal, em Dezembro conversamos! Dás dez a zero ao bolo rei.

6 de novembro de 2006

Também por aqui?

Muitos faialenses têm casa no Pico para ir desanuviar do stress, ao fim de semana. Já achei muita piada a isto do ir "desanuviar do stress" do Faial. Hoje compreendo-os.
Não se trata do stress da vida em Lisboa, que eu bem conhecia. É o stress de viver num sítio tão pequeno que as caras, os lugares e as rotinas são sempre as mesmas.
O problema é que, muitas vezes, quando chegamos ao Pico, encontramos lá o Faial em peso.

Pontaria

Numa ilha tão pequena, moramos na única zona que não tem vista para o mar. Até sabe bem, para desenjoar.

Futuro promissor

O pai já lhe antevê o seguinte percurso futebolístico:
Flamengos/Santa Clara/Benfica/Real Madrid/Benfica

Histórias de café

Entro na pastelaria e peço "uma sandes e um Santal, para levar".
Ao dizer "para levar" eu pretendia apenas que me embrulhassem a sandes. Mas não foi só isto que aconteceu.
Grande foi o meu espanto quando o empregado da pastelaria me estendeu um saco da farmácia, daqueles pequeninos, com o meu lanche lá dentro. Por momentos fiquei confusa: mas onde é que eu estou? Na farmácia ou na pastelaria?
Enfim, o senhor só quis ser simpático.
Pior aconteceu a uma colega minha de trabalho, na Ilha das Flores. Ela pediu um galão, mas quando lho trouxeram, reparou que não trazia os pacotinhos do açúcar. Então, ela pediu açúcar. "Já pus", disse o senhor do café. "E até já mexi", acrescentou. Quase só faltou dizer "E até já provei, está no ponto!"

4 de novembro de 2006

Há dias assim



Hoje sentimos saudades de casa. Há dias assim.

O bom nome

Num lugar com apenas quinze mil habitantes, onde em cerca de uma hora e meia damos a volta à ilha, aprendemos depressa a importância de preservar o nosso bom nome. Aqui, ou se é crente ou não se é crente. E os açorianos são crentes fiéis.

3 de novembro de 2006

Nem-nem

Quando lhe digo o famoso "a galinha põe o ovo..", não reage.
Mas se lhe canto "põe, põe, galinha, põe, põe.." (à moda dos açores), rasga um sorriso e estica de imediato o dedo indicador contra a palma da mão oposta, repetidamente.
Quando tem sono, diz-me "nem-nem", em vez de "ó-ó".
Não fomos nós que lhe ensinámos estas coisas. Mas aos treze meses já começa a revelar que é um filho da terra.

Stop!

A causa dos nossos maiores problemas de trânsito!

2 de novembro de 2006

Parece que foi ontem

Faz por estes dias dois anos que pisámos juntos pela primeira vez a ilha azul. Vínhamos conhecer o ambiente e as gentes daqui, para ver se gostávamos deles e eles de nós. Na verdade, vínhamos com um certo ‘receio’ de gostarmos deles e eles de nós, por causa de tudo o que isso poderia implicar nas nossas vidas. Mas no fundo, era como se já sentíssemos que iria ser um amor à primeira vista.
Quando aterravamos, recordo-me que olhámos pela janela do avião e demos de caras com uma vaca, como que em jeito de boas-vindas. A seguir, o silêncio. O brilho do verde que não encontro igual em nenhum outro lugar. O mar azulão, imenso.
“Tão bonito”, pensámos os dois, que há umas horas atrás estavamos na Linha de Sintra.
Durante os dias que aqui estivemos absorvemos cada paisagem, cada palavra, cada gesto, cada sabor… e depois olhavamos um para o outro pensando “será que é aqui que Ele nos quer?”
Faz por estes dias dois anos. Parece que foi ontem.
Hoje já somos parte deste lugar. Até já tratamos as vacas por “tu”.

1 de novembro de 2006

Rapazainhes

Este blogue é dedicado aos dois "rapazainhes" da minha vida. O continental e o açorianito.

Pode ser que sim, pode ser que não..

Nunca pensei em meter-me numa coisa destas, mas foi ao ver e comentar os blogues dos meus amigos que comecei a descobrir que também gosto de opinar e dar a minha achega.
Penso que todas as pessoas podem ter coisas interessantes para dizer e eu tenho vivido coisas tão giras e diferentes, que acho uma pena não as poder partilhar convosco.
A dúvida é esta: será que vou conseguir ter tempo para manter um blogue?
Pode ser que sim, pode ser que não.


(Obrigada, mana, pela tua ajuda)