No mês passado completámos dois anos de Queluz. Não posso deixar passar
esta data sem aqui escrever umas linhas, pois Queluz ocupa hoje um lugar
demasiado importante nos nossos corações. Recordavamos há dias, o momento em
que o avião que nos trouxe dos Açores levantava voo do Faial, sob muita emoção
nossa. Recordávamos as palavras que trocámos naquele momento, de que
dificilmente voltaríamos a pertencer a uma igreja que nos amasse tanto e a quem
nós amassemos tanto. Mas estavamos certos
de que era essa a vontade de Deus. E era mesmo. Em apenas dois de Queluz, temos a incrível sensação de que sempre pertencemos aqui. Sentimo-nos completamente em casa. Somos
felizes aqui. Pois o amor de Deus é inesgotável. Temos recebido tanto amor e tanto apoio por parte destes irmãos
que os nossos corações estão já muito ligados. E temos
recebido também um profundo sentimento de compaixão e amor por
estas vidas, por esta igreja e por esta cidade. Estão a
acontecer coisas tão bonitas na igreja de Queluz! E creio no meu coração que o
melhor está por vir.
11 de março de 2015
Mulheres
Aqui há tempos, bateram no nosso carro, numa rotunda. O outro carro estava
completamente fora de mão e a culpa foi 100% sua, sem qualquer sombra de dúvida.
O condutor era um senhor na casa dos seus cinquenta e tal anos, com um carro
pequeno. Estava eu e o senhor de pé, lado-a-lado, junto aos carros, à espera da
polícia, quando um condutor que passava por ali, abrandou junto de nós e abriu
o vidro. Olhou-me nos olhos com um ar de raiva e desprezo, gritando furioso: “-
Já viste bem a porcaria que fizeste?" (não foi bem porcaria que ele
disse). E, enquanto dizia isto, a mulher dele, sentada ao seu lado, nervosa e envergonhada, dizia-lhe
assim: “Segue… segue e cala-te!” E sem me dar espaço para dizer nada, meteu
prego a fundo e lá partiu, sempre a gesticular, convencido de que fui eu – a mulher
- a autora daquela triste manobra.
Por estes dias assinalou-se o Dia Internacional da Mulher. E assinalou-se
muito bem.
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