28 de maio de 2011

3 anos

A nossa filha faz hoje 3 anos. A nossa única menina. Linda, inteligente, perspicaz, independente, sempre pronta a ajudar. É obediente e pede desculpa facilmente. Fã absoluta do irmão mais velho, maternal para com o mais novo. Vaidosa. Canta afinadamente. Líder. Tem uma característica deliciosa: consegue rir-se de si própria. Damos muitas graças a Deus pela nossa princesa, que de há 3 anos para cá enche os nossos dias de alegria. Parabéns, filha!

27 de maio de 2011

Linguagem rebuscada

Desde pequenino que me dizem que o meu filho tem uma linguagem rebuscada (ver aqui). Pois parece que a tendência mantém-se. Há dias, quando a minha mãe esteve aqui nos Açores, ouvi um diálogo delicioso entre o meu filho e a avó:
Avó: - "Queres alguma coisa antes de ires para a cama?"
Resposta: "Hum.. ok, pode ser um lacticínio!"
(lol)

Eureka!

Por estes dias o meu marido e o meu filho foram ao cabeleireiro. Regressados de lá, o meu filho sai-se com esta:
-"Mamã, sabes, o cabeleireiro tinha um colar no pescoço..." - diz com um ar pensativo.
-"Pois..." - disse eu, meia embasbacada com a observação dele, sem saber muito bem o que dizer mais acerca do estilo "fashion" do senhor, temendo até o que ele me pudesse perguntar a seguir... Mas, de imediato, ele próprio descobriu a razão de ser da coisa:
-"Já sei! O meu cabeleireiro é um homem do rock!"
(lol)

24 de maio de 2011

No meio do mundo

(Ir. Márcia Venturini e Pr. Francisco de Souza)

Nas minhas últimas semanas de gravidez, li o livro "No meio do mundo - as memórias açorianas de Márcia Venturini". Amei. O livro leva-nos a viajar até meados dos anos 70, quando se iniciou o trabalho baptista nos Açores. Uns Açores muito diferentes dos de hoje, menos desenvolvidos. Uns Açores, ainda assim, muito semelhantes aos de hoje, em que a principal dificuldade dos missionários era tentar fazer perceber às pessoas que precisam de Cristo quando essas mesmas pessoas já se consideram religiosas. Ler este livro foi muito emocionante para mim, pois conheço pessoalmente algumas das personagens, ou, noutros casos, os seus descendentes. Foi como que perceber o início da minha própria história. O relato da fundação das primeiras igrejas açorianas, a construção do templo da Praia da Vitória e muitos outros episódios, deixa-nos arrepiados. Puros milagres. O trabalho nos Açores teve no seu início pastores maravilhosos: Francisco de Souza, Diné Lota, Elton Rangel... Vieram do outro lado do oceano para trazer a Palavra aos açorianos. Curiosamente, dias depois de acabar de ler o livro, recebemos a visita do pastor Joed Venturini de Sousa, filho de Márcia Venturini, também ele, naturalmente, uma das personagens do livro. Aparece como menino e, mais tarde, como um jovem, que colaborava no ministério dos pais, por exemplo, ajudando nas obras de construção do templo. Ouvi-lo falar dos seus pais e do início do ministério nos Açores, com pormenores que não vêm no livro, foi maravilhoso. Também ele um servo de Deus, que nos deixou uma poderosa palavra de encorajamento. Quase dá vontade de escrever a continuação do livro. Ao conhecer a história do início do trabalho nos Açores percebemos o imenso amor que Deus tem pelos açorianos. Uma história de muitas lutas e de miraculosas vitórias. Aconselha-se esta leitura. Muito edificante.

Um episódio curioso

No meu segundo dia de internamento na maternidade, entrou no meu quarto uma senhora cuja imagem já me era familiar, pois recordava-me dela das outras vezes em que ali estive internada. Pertence à igreja católica e vai distribuir a "comunhão" (hóstias) pelos doentes. Expliquei-lhe que era evangélica e a senhora aceitou bem. Conversámos um pouco, ela deu umas festinhas ao meu bebé e foi embora. No quarto ao lado, estava internada uma irmã da nossa igreja. Se não fosse uma terceira mulher que estava ali internada, aquela senhora tinha ído embora da maternidade sem distribuir uma única hóstia, pois as mães eram quase todas evangélicas. O Faial já não é o que era, terá provavelmente pensado.

Novos nascimentos

Dois dias antes do Tomás, nasceu o João Pedro, filho de um casal da nossa igreja. Foi o colega de maternidade do Tomás. Desde Outubro passado, nasceram cinco novos bebés na nossa igreja: duas meninas e três rapazes. Em Junho nascerá o 6º e, para já, último bebé deste ano: o Miguel. É uma alegria e uma bênção ter uma igreja cheia de bebés.

13 de maio de 2011

Tomi

Faz amanhã uma semana que o Pastor Tomi foi para o Céu. O co-responsável (com Deus) de termos vindo para os Açores. A notícia da sua inesperada partida deixou-nos perplexos (partiu tão cedo...), saudosos, mas também em paz. Ele era um servo de Deus e cumpriu a sua missão aqui. Ao saber da sua partida, recordei o ano de 2004, quando, num retiro de pastores, quis Deus que o pastor Tomi (então, presidente da Convenção Baptista) e o meu marido tivessem uma conversa. O meu marido partilhou com ele o desejo de servir uma igreja que estivesse sem pastor e o pastor Tomi falou-lhe dos Açores. Foi assim que tudo começou. Semanas mais tarde, recebeu-nos no seu gabinete, na Igreja de Queluz, onde nos falou mais a fundo do ministério da Igreja da Horta. O panorama não era muito atractivo. Tratava-se de uma igreja pequena, que tinha passado por problemas graves recentemente. Por outro lado, o Faial era uma ilha pequena, distante e iríamos ficar isolados da família e amigos. Procurando mostrar-nos um possível aspecto positivo, recordo que nos disse com o seu peculiar sentido de humor: "Bem, se forem para os Açores terão uma grande hipótese de ter uma casa com vista para o mar!" Curiosamente, viemos viver para o único lugar da ilha onde não se vê o mar. Depois de termos vindo para os Açores, recebemos a sua visita por duas ou três vezes. Era uma pessoa tão fácil de receber. Simples. Talvez as pessoas não saibam, mas eram tão importantes estas visitas. Tínhamos oportunidade de lhe falar do nosso trabalho, das dificuldades e das vitórias. Orava sempre por nós, impondo-nos as mãos. Levava-nos a comer fora (o que também sabe sempre bem). Sentíamo-nos muito apoiados. Da última vez que cá esteve, em 2007, trouxe consigo a esposa, Bela - um amor de senhora. Em conjunto, ministraram para os casais da nossa igreja num abençoado retiro. Partiu agora para o Senhor. Nos nossos corações ficam as boas recordações e um sentimento de gratidão pela marca que deixou nas nossas vidas. Era um servo do Senhor.