9 de novembro de 2006

Todo o tempo do mundo

Vou ter de falar nisto. É inevitável.
Uma das coisas que perdemos quando aqui chegamos é a má educação ao volante.
No início, tínhamos o hábito de dar uma apitadelazita ao carro da frente quando o semáforo ficava verde, apitávamos quando dois carros se cruzavam e paravam na converseta ali mesmo nas nossas barbas, enfim, todas aquelas manhas que se apanham no continente. Mas cedo nos apercebemos que tínhamos de deixar de agir assim. É que as pessoas pediam tantas desculpas, com tanto arrependimento, que quase só faltava saírem do carro para nos virem dar um abraço e fazer as pazes. Uma pessoa até se sentia mal, no fim.
Hoje, conduzimos com toda a serenidade. Se dois automobilistas param uns bons segundos a conversar à nossa frente, é porque deve ser um assunto importante. Se não for importante, também não faz mal, nós esperamos. Se a vaca se solta da corda e nos aparece de frente numa curva, trava-se e depois com jeitinho ultrapassa-se a mimosa. Nada de nervos!

4 comentários:

Anónimo disse...

Que giro! he he he he
Isso ai é mesmo diferente, deve ser espectacular!

Sara CS disse...

Fizeste lembrar-me da nossa "Glória", Adriana!

Adriana disse...

Lol! A "Glória" e o "Glorioso"! Ainda os tenho, estão na estante do meu escritório!

Jónatas Lopes disse...

Isso é qualidade de vida