Há oito meses atrás, quando nos mudámos para a casa onde vivemos agora, reparei que, no quintal, sobre a casinha do gás, estava um vaso cheio de terra, com um caule seco. Podia simplesmente ter deitado fora o conteúdo daquele vaso e semeado uma nova flor. No entanto, decidi começar a pôr água naquele vaso. Depois, tirei-o de cima da casinha do gás, onde estava exposto aos fortes ventos que aqui se fazem sentir no Inverno, e coloquei-o num sítio mais abrigado. Durante os primeiros meses, nada aconteceu. Entretanto, começaram a nascer umas folhinhas verdes. Fiquei cheia de esperança. As folhinhas foram nascendo em número cada vez maior. Todos os dias, retirava as folhas secas e continuava a deitar água e a expô-la ao sol. Entretanto, o meu filho também começou a interessar-se pela flor e passei-lhe a tarefa de deitar água no vaso. No mês passado, descobrimos que rebentaram os primeiros botões de flor. Fizemos uma festa! Todos os dias íamos ver se já tinham desabrochado. Levou o seu tempo, mas quando abriram, deram umas flores lindas, cor-de-rosa escuro. Até que... aconteceu o inesperado. Na festa de aniversário da minha filha, enquanto os miúdos jogavam futebol, o meu vaso foi brutalmente atingido. Não houve um raminho que não se tivesse partido e as pétalas voaram pelo quintal. Fiquei desolada. Peguei nos ramos, voltei a espetá-los na terra. Continuei a regar o vaso e, felizmente, não morreu e continuam a nascer flores. Estava eu feliz da vida com a minha segunda vitória, quando, um dia destes, apercebi-me que a minha vizinha do lado tem um canteiro de flores iguais à minha. Parece-me coincidência a mais. O mais provável é que, afinal, aquele vaso seja da minha vizinha, e não meu, pois a casinha do gás, onde o vaso estava inicialmente, fica a dividir as duas propriedades. Agora, vou ter de lhe perguntar se o vaso é dela... (que vergonha).
Hoje pensei nesta história o dia todo e fiz o paralelismo com a nossa vida e com o ministério. Nada é nosso. Tudo tem um dono: o Senhor. Muitas vezes, apegamo-nos às coisas e amamo-las tanto e com tanta dedicação, que quando vêm as investidas da "bola de futebol" ficamos desanimados. Mas, se pensarmos bem, nós podemos cuidar, regar, amar, mas só o Dono de todas as coisas é que tem poder para dar vida a um caule seco. Só o Dono de todas as coisas tem poder para curar um ramo partido. Por isso, aqui estamos Senhor. Prontos para continuar a Tua obra. Para Tua Honra. Para Tua glória.
2 comentários:
Pois é..., nada é nosso.
"porque d'Ele e por Ele, para Ele são todas as coisas!" (Romanos 11)
loooool so mesmo tu,mas coitadinha de qualquer forma devia tar esquecida......
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