Estava eu a pagar umas compras para o almoço, quando olho para o lado e vejo uma funcionária do híper a colocar jornais no expositor. “Não é tarde, nem é cedo”, pensei, “Vou fazer uma surpresa ao meu marido!” Numa corrida, pego no Jornal “A Bola” (claro) e trago-o para a caixa. Olho de relance para a capa do jornal – mais um jogador que estava na mira do Benfica e que o Porto talvez vá conseguir para si. Não é de todo a capa ideal para fazer uma surpresa a um benfiquista, mas concerteza que hão-de haver notícias mais cativantes, penso para comigo. Chego a casa, com um sorriso comprometido, como quem diz “Quem faz surpresas giras, quem é? E, zás, entrego-lhe o jornal! Os olhos dele brilharam, o sorriso foi de satisfação plena… até que começou a ler o cabeçalho do jornal… e… começo a ver o sorriso dele a ficar mais esbatido… até que acaba por me confessar: “Sabes, este jornal é de ontem, mas não faz mal! Eu gosto à mesma!”
- “De ontem?!” – repeti chocada.
Pois é, eu não sabia, mas o jornal do dia só chega à ilha da parte da tarde (e, por vezes, nem chega a ser colocado no expositor no próprio dia).
(é o preço da insularidade)
- “De ontem?!” – repeti chocada.
Pois é, eu não sabia, mas o jornal do dia só chega à ilha da parte da tarde (e, por vezes, nem chega a ser colocado no expositor no próprio dia).
(é o preço da insularidade)
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