26 de novembro de 2008

A não depressão

Certa vez, vi na televisão uma entrevista a mães que tiveram bebés com doenças cardíacas. Nunca mais me esqueci dessa entrevista. Até porque, atendendo a uma limitação de saúde que tenho, eu poderia ter sido mais uma dessas mães. Também nisto, Deus foi muito bom para comigo e para com os meus filhos. Recordo-me que, a dada altura, a entrevistadora perguntou àquelas mães: “Tiveram depressão pós-parto?”, tendo a resposta daquelas mulheres sido unânime: “Depressão? Nem tivemos tempo para isso.” De facto, o sofrimento de ter um filho recém-nascido, minúsculo, indefeso, que nos pode morrer nos braços se não for operado, de peito aberto, em poucas horas, é algo que nos deve absorver todas as energias, todas as emoções, todos os pensamentos e todas as preces.
O aproximar do fim-do-ano, leva-me a começar a fazer o balanço do que foi 2008. Para mim, este ano ficará marcado para sempre como “o ano da não depressão”. Vou explicar melhor. Este ano, tive motivos bastantes (e até de sobra) para ter caído numa depressão profunda. Mas isso não aconteceu. Não porque eu seja espectacular ou uma valentona, mas sim porque Deus foi a minha força. Esta experiência de sentir Deus, a cada dia, a dar-me quilos e quilos de força e garra foi fortíssima, este ano. Em 2008, percebi claramente a diferença entre o que é enfrentar a crueldade da vida sem Deus e com Deus. E com Deus é possível vencer. Com Deus, tudo correu bem, muito bem.
(Obrigada, Pai)

2 comentários:

Vilma disse...

Deus é bom! :)

Andreia disse...

Às vezes, por razões diversas, sinto-me em baixo. E Ele manifesta-se de muitas formas nessas alturas, dando-me os "quilos de força" que falas. E, verdade seja dita, sinto-me muito mais forte no fim de tudo. Beijinhos.