Conheci-a com sete anos de idade, era uma açoriana pequenina. Durante os
cultos, vinha muitas vezes sentar-se ao meu lado e dava-me a mão. E eu já sabia
para o que era. Enquanto o meu marido pregava, eu fazia-lhe festinhas na mão,
muito devagarzinho, dedo por dedo. Depois, quando terminava,
ela trocava de mão, muito depressa, para continuar a levar festinhas. Esta menina passou por momentos muito difíceis na sua família
e eu percebia a sua carência. Por vezes, ía encostando a cabecinha ao meu ombro
e quase adormecia (se é que não passava mesmo pelas brasas) encostadinha a mim.
Ela faz este ano dezassete anos. Está da minha altura, se é que não me passou já.
O meu filho apelidou-a de “mini-Adriana”, pois, de costas, confunde-nos. Temos
o mesmo corte de cabelo. Ultimamente, já não vinha tanto para
junto de mim, pois já é uma adolescente crescida. Mas, quando estive agora no
Faial, no culto de domingo, veio sentar-se ao meu lado. Pegou na minha mão,
olhou para ela por momentos e disse-me: “As tuas mãos continuam iguais”. Sorri
para ela. Depois, com um jeito meio envergonhado, colocou a sua mão sobre a
minha, como fazia quando era pequenina. Percebendo a sua saudade, agi com
naturalidade, como se ela fosse a menina pequena de outrora e comecei a dar-lhe
festinhas. E assim foi durante toda a pregação. Missões é também isto. Amar as
pessoas. Vai muito mais além do ensino, do discipulado e do aconselhamento. É criar
laços com as pessoas. É acrescentar a nossa família. Que Deus guarde esta jovem
sempre no Seu caminho e que ela possa ser sempre uma mulher virtuosa, cheia do
temor do Senhor.
16 de junho de 2014
13 de junho de 2014
Regresso aos Açores
Regressar aos Açores foi mesmo um presente divino. Um ano e meio depois de termos vindo para o continente, pude voltar ao Faial, com os meus dois filhos mais velhos, a convite da União Feminina da Igreja Baptista da Horta. Pudemos rever aquele lugar paradisíaco e muitas caras que amamos (de dentro e de fora da igreja). Os meus filhos consolaram-se com os seus amiguinhos açorianos, com quem puderam brincar e fazer muitas pulseirinhas de elásticos (a 'febre' também já lá chegou). Foi muito bom reencontrar a igreja tão bem, tão saudável e feliz. Tive o privilégio de entregar os estudos bíblicos do retiro anual de senhoras (com muito temor e tremor). Romanos 12:1 e 2. "Transformação total". Foram 3 dias maravilhosos, de muita união, partilha e coração aberto para aprender do Senhor. Um tempo marcante para todas nós. Que o que o nosso Deus ali começou possa permanecer e dar muito fruto, para glória de Deus!

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