21 de maio de 2012

Decisões

Sempre me fez muita impressão a história do jovem rico (relatada em Marcos 10). Foi ele que teve a iniciativa de ir ter com Jesus. Tratou-o por Bom Mestre – ele conhecia Jesus. Foi ele que perguntou a Jesus o que é que tinha de fazer para herdar a vida eterna. Mais, a Bíblia conta que Jesus, olhando para ele, o amou… arrepiante! Eu imagino a doçura do olhar de Jesus naquele momento!... O jovem ouviu a resposta-convite diretamente da boca de Jesus: só lhe faltava uma coisa... Uma! Tão pouco… Mas, ainda, assim, o jovem decidiu não dar o passo que faltava e não quis arrepender-se do seu pecado. E a frase com que esta história termina, mexe com o meu interior. Diz a Bíblia que aquele jovem, retirou-se triste. Ele sabia que estava a tomar uma má decisão, mas ainda assim virou as costas a Jesus. E a pergunta que fica na minha mente é esta: como é que ele foi capaz?! Ele que olhou Jesus nos olhos! Ele que certamente sentiu o amor de Jesus! Ele que esteve na presença de Jesus! Como? Como é que ele pode deixar qualquer outra coisa que fosse– ainda que riquezas – sobrepor-se à decisão de herdar a vida eterna? Mas, infelizmente, esta é a decisão que muitas pessoas tomaram e continuam a tomar nos dias que correm.

Recordo a história do pai de uma amiga nossa. Ele não era crente, mas um dia ouviu umas pessoas, cheias de problemas, comentarem que estavam a pensar ir à bruxa. Aquele homem, ousadamente, disse-lhes assim: “Porque é que em vez de irem à bruxa, não vão antes à igreja da minha mulher e da minha filha? Lá eles oram a Deus e as coisas acontecem.” Pois bem, aquelas pessoas foram mesmo à igreja e converteram-se. E aquele homem, que sabia o Caminho, e que foi quem levou aquela família a Cristo, preferiu permanecer longe.

Talvez o jovem rico tivesse apenas pensado “adiar” a decisão para quando fosse mais velho. Mas a verdade é que a Bíblia não volta a falar mais nele. Quem somos nós para sabermos quantos dias ainda iremos viver? Que Deus nos dê sabedoria e ousadia para tomarmos decisões, largando todo o embaraço do pecado e mantendo o desapego daquilo que não nos acompanhará quando um dia Deus nos chamar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ter dinheiro é pecado? Devemos ser todos pobres? Juro que não entendi!

Adriana disse...

Ser rico não é pecado nenhum. O seu pecado foi o amor ao dinheiro, acima de todas as outras coisas. Esse era o deus dele.