20 de outubro de 2008

Festa no Céu


Neste Domingo, a Igreja Baptista da Horta celebrou mais um baptismo. Desta vez, uma senhora. E como boa açoriana que é, tinha o desejo de baptizar-se no mar. No final do culto, a igreja dirigiu-se à Praia da Conceição e, debaixo de um sol maravilhoso (depois de uma semana cinzenta e chuvosa), celebrámos o baptismo. Na praia estavam algumas pessoas, que pararam o que estavam a fazer para ver o baptismo. Curiosamente, quando a nossa irmã se levantou das águas, as pessoas que estavam na praia (na areia e no mar) começaram a bater palmas, comentando que "foi muito lindo". E foi mesmo. A Deus toda a glória!

19 de outubro de 2008

Há mais Césares na Terra

Hoje, foi dia de eleições regionais. E quando há eleições, os pastores costumam apelar à igreja que dê bom testemunho, cumprindo os seus deveres cívicos. Normalmente, esta palavra é acompanhada daquele versículo bíblico em que Jesus disse: "Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".
Antes de sairmos de casa, disse ao meu marido: "Querido, aqui nos Açores, é melhor não citares o versículo... pode parecer que estás a aconselhar a igreja a votar em determinado partido político."

15 de outubro de 2008

Resquícios da ída ao circo

Todas as noites, é certinho. Só adormece com uma história. Naquela noite, decidi contar-lhe a história de Daniel na cova dos leões. Estava eu a dizer-lhe que "...quando Daniel chegou ao fundo da cova, os leões, por milagre, não lhe morderam", ele interrompe-me bruscamente, e começa a relatar o resto da história com um entusiasmo vibrante, dizendo: "E depois o Daniel pegou nas cordas e bateu com elas no chão e os leões saltaram de cadeira em cadeira...".
(Ainda não se esqueceu da ída ao circo)

Viver num lugar arrebatador

(Fajã - Faial)
(Flamengos e cidade da Horta, ao fundo)
(Vista para a Ilha do Pico)
(Fotos - Flickr)

14 de outubro de 2008

Festa no Céu

No domingo passado, a Igreja Baptista da Horta celebrou o seu 33º aniversário. É impressionante como numa ilha tão pequena e tão profundamente católica há uma igreja evangélica que, contra ventos e marés, mantém as suas portas abertas há 33 anos. Por vezes, sem pastor durante anos a fio. Outras vezes, com apenas um punhado de crentes. Mas sempre na linha da frente, levando a Palavra. E num culto de casa cheia, com muitos visitantes, a igreja agradeceu a Deus pela vida (e pelas vidas) que lhe tem dado. O ponto alto do culto foi o do baptismo de três irmãos. Desta vez, todos homens. O Senhor tem sido bom para esta igreja. A Ele toda a glória!
(Foto: Cascalho, Faial - in Flickr)

13 de outubro de 2008

Casa nova

Já instalados na casa nova, só temos motivos para agradecer a Deus pela forma como correu esta mudança. Pela primeira vez, nada se partiu, nada se estragou. E eu que, antes de começar a mudança, andei preocupadíssima (até mesmo desesperada) só de imaginar o montão de coisas que teríamos de desmontar, transportar, voltar a montar, arrumar e limpar (com dois bebés pelo meio), acabo por ter de dar a mão à palmatória e reconhecer que a minha preocupação foi escusada pois tudo se compôs. Os irmãos da igreja foram amorosos e ajudaram-nos muito na mudança, nas limpezas e até a tomar conta dos meninos. Sem eles, não teríamos conseguido. Custou-me um pouco entregar a chave da nossa quinta casa (custa-me sempre). Enquanto a limpava, recordava diversos momentos que ali vivemos, quer como família, quer ao serviço do Senhor, e agradecia a Deus por cada um desses momentos. Os nossos vizinhos ficaram com muita pena de irmos embora. Enfim... agora é continuar a pôr tudo nos sítios (socorro, mamã…) e seguir em frente nesta nova e abençoada casinha.

5 de outubro de 2008

Pela 6ª vez...

Nos próximos dias, vamos andar "um bocadinho" atarefados. Senhoras e senhoras, pela 6ª vez, nos últimos 5 anos, vamos mudar de casa (só com um pouco de humor é que isto lá vai...).
(Até breve)

Contradições

Faz-me confusão que num país onde a vida humana é desvalorizada ao ponto de uma mulher poder chegar a um hospital e fazer um aborto porque sim, nesse mesmo país a vida humana seja sobrevalorizada ao ponto de a minha filha ter vários colegas de turma, cujos nomes já constam dos cabides onde se penduram as mochilas e os casacos dos bebés, e que já pagam a mensalidade, mas que estão a faltar à creche por, simplesmente, ainda não terem nascido.

3 de outubro de 2008

Coincidências...

Aproximo-me do portão da escola para ir buscar o meu filho. As crianças são mais que muitas, excitadíssimas. Abraço o meu filho e vejo a educadora dele aproximar-se de nós com uma expressão diferente do habitual. Estende-me a mão, que eu seguro, e começa a falar comigo de mão dada. "Sabe, estive a ler a ficha que preencheu com os dados da família e vi que são evangélicos... e, sabe, fiquei muito feliz porque eu também sou evangélica (da Assembleia) ... e em quinze anos de profissão é a primeira vez que tenho um aluno evangélico." Com um sorriso de orelha-a-orelha e o meu coração a estoirar fogo-de-artifício, respondi-lhe que também eu ficava muito feliz por saber que a educadora do meu filho é evangélica.
Como é possível? Em pleno Açores, no ano em que o meu filho entra para a escola, uma professora crente, que não estava nesta ilha, é colocada aqui e fica com a turma dele. São coisas como esta que me fazem acreditar cada vez menos em coincidências. São coisas como esta que reforçam a minha fé no Deus de Amor, que cuida dos seus.

2 de outubro de 2008

O bolo dos tubarões

Durante semanas, o meu filho andou a pedir-nos um bolo de aniversário "com um tubarão, velas e foguetes e tudo". O seu sonho concretizou-se com este exemplar confeccionado por uma senhora que faz bolos por encomenda, melhor do que ninguém nesta ilha. Ao vivo, o bolo era um encanto. Até a areia era comestível (bolacha ralada). O mar parecia ter vida, com o retoque da espuma branca das ondas. Por dentro era de puro chocolate... O bolo foi um sucesso na escola, para casa veio apenas a tábua da base. E o melhor de tudo, foi o sorriso deslumbrado do nosso filho, que tudo merece. Tudo.

Cinderela

Na 6ªf passada, ao chegar a casa, reparei que a minha filha trazia apenas um sapatinho calçado. Fiquei desfeita... Nem queria acreditar que tinha perdido um dos seus sapatinhos rosa, novinhos à estreia. Vasculhei o carro ao pormenor, o meu marido foi procurar o sapatinho na rua, mas nada... Dei-o por perdido. Até que, ao passar em frente a uma loja, algo despertou a minha atenção na montra (ver foto acima). Lá estava ele, em grande destaque!
Vivam as terras pequenas e as pessoas de coração bom!
(e já ganhei o dia)

Recaída

(No berço, com os brinquedos da mana bebé)

:)

Há dias, a educadora do meu filho chamou-me à parte para me dizer que ele tem uma linguagem muito perceptível e rica para a sua idade. “Para além de falar bem, ele usa até palavras rebuscadas” – explicou a educadora. Desde então, tenho ficado ainda mais atenta ao que ele diz e, de facto, a educadora tem razão. Por exemplo, ainda ontem, na igreja, dei com ele a dizer, muito gentilmente, a um menino: “Queres uma das minhas próprias bolachas?”
(lol)