O meu filho mais novo tem
um hábito, que é comum a muita gente, e que me incomoda bastante: ele gosta de
roer as unhas. Depois de muitas tentativas para o tentar demover de o fazer e
depois de inúmeros apelos nesse sentido, decidi jogar a “cartada final” e
fiz-lhe uma proposta irrecusável (e desesperada também). Disse-lhe: “- Se
parares de roer as unhas, dou-te uma prenda… a prenda que tu escolheres!” Ao
ouvir isto, os olhos dele começaram a brilhar muito e um sorriso rasgado
confirmou a sua satisfação plena perante o que acabara de ouvir. “A-prenda-que-tu-escolheres”
eram as palavras que ecoavam no ar. Eram também as palavras que me arrependi de
ter dito, logo no segundo seguinte a tê-las pronunciado. Porém, “o prometido é devido”.
E assim foi. Os dias foram passando e o meu filho teve a força de vontade de
parar de roer as unhas. Chegado o dia da recompensa, perguntei-lhe o que queria
que eu comprasse. Confesso que estava com receio da resposta (e dos muitos
euros que isso poderia representar), porém, a sua escolha foi surpreendente. A
prenda escolhida, de entre todo o universo de prendas possíveis, foi aquilo de
que ele mais gosta – e que poucas vezes lhe compro - mas que não é nada de
muito valioso: um saquinho de rede com queijinhos “Babybel”. Achei a sua
escolha amorosa, pois eu podia dar-lhe algo muito mais valioso, porém, os
queijinhos são o que há de mais valioso para ele.
Este episódio lembrou-me de imediato o profeta Eliseu e a “prenda” original que um dia escolheu receber da parte de Elias. Antes de ser arrebatado, o profeta Elias perguntou a Eliseu, seu discípulo: “Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti” (II Reis 2:9). Elias tinha sido usado por Deus para operar milagres tremendos, pelo que certamente poderia fazer algo “enorme” por Eliseu, como dar-lhe riquezas ou saúde. No entanto, Eliseu não pediu aquilo que seria de esperar pela lógica humana, mas escolheu algo que Elias considerou uma “coisa dura”: - Peço-te que haja sobre mim dobrada porção de teu espírito.” Aquilo que Eliseu mais desejava era continuar a servir a Deus, dando seguimento ao grande ministério de Elias, bem ciente, na sua humildade, de que para isso necessitava do poder do Espírito Santo de Deus. Não ía ser fácil, é certo. Porém, Eliseu fez a melhor escolha e Deus respondeu ao seu pedido, dando-lhe a “herança” desejada. Eliseu teve um ministério tremendo, tendo sido usado por Deus para operar muitos e poderosos milagres. Para ele, o Senhor era aquilo que de mais precioso possuía, era o seu tesouro.
Este episódio lembrou-me de imediato o profeta Eliseu e a “prenda” original que um dia escolheu receber da parte de Elias. Antes de ser arrebatado, o profeta Elias perguntou a Eliseu, seu discípulo: “Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti” (II Reis 2:9). Elias tinha sido usado por Deus para operar milagres tremendos, pelo que certamente poderia fazer algo “enorme” por Eliseu, como dar-lhe riquezas ou saúde. No entanto, Eliseu não pediu aquilo que seria de esperar pela lógica humana, mas escolheu algo que Elias considerou uma “coisa dura”: - Peço-te que haja sobre mim dobrada porção de teu espírito.” Aquilo que Eliseu mais desejava era continuar a servir a Deus, dando seguimento ao grande ministério de Elias, bem ciente, na sua humildade, de que para isso necessitava do poder do Espírito Santo de Deus. Não ía ser fácil, é certo. Porém, Eliseu fez a melhor escolha e Deus respondeu ao seu pedido, dando-lhe a “herança” desejada. Eliseu teve um ministério tremendo, tendo sido usado por Deus para operar muitos e poderosos milagres. Para ele, o Senhor era aquilo que de mais precioso possuía, era o seu tesouro.
Que a nossa primeira
escolha possa ser sempre a dedicação das nossas vidas a Deus, para que possamos
usufruir do gozo de sermos usados pelo poder do Seu Espírito para
desenvolvermos ministérios que honrem e dignifiquem o Senhor.
(Texto publicado na Revista Lar Cristão nº 182, Outubro/Dezembro 2017)
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