Para o tio Gustavo

Louvai ao Senhor com címbalos altissonantes (Sl. 150:5)

Afinal, ainda se fala em oração...

A música do alfabeto, do "Carrocel da Fantasia", que volta e meia passa no canal Panda, ensina às crianças que uma das palavras começadas pela letra "o" é "oração". A música é tão rápida que nem me tinha apercebido disso, mas, assim sendo, acho que já ganhei o dia! Nem tudo está perdido...

Agradecimento

Há 2 anos e meio atrás, quando esperava o nosso primeiro filho, tivemos uma experiência marcante. Recebemos tantas ofertas para o enxoval do bebé que não tivemos de comprar praticamente nada. Na altura, eu não estava a trabalhar e foi tocante ver a forma como Deus cuidou de nós.
Depois do meu filho, nasceram mais sete bebés na nossa igreja e eu dei quase tudo o que tinha às futuras mamãs (excepto aquelas ofertas de valor, como, por exemplo, os casaquinhos que a minha mãe fez à mão).
Nesta segunda gravidez, eu não esperava tanto, mas, mais uma vez, recebi muitas ofertas, ainda mais e melhores do que da primeira vez.
Ontem, ao estender as roupinhas da Mariana no estendal, agradecia ao Senhor por todas aquelas ofertas lindas, minúsculas, dignas de uma princesa.
(Muito obrigada, de coração, a todos vós a quem Deus tocou para abençoar a Mariana)

Conclusão

Depois de vários dias de ensino intensivo, o nosso filho aprendeu a dizer “Camacho”. Quando, finalmente, interiorizou que o treinador do Benfica era o Camacho, substituíram-no pelo Chalana. Atendendo aos acontecimentos dos últimos dias, acho que não vale a pena, para já, ensinar-lhe mais nenhum nome.
(Avô Zé: ele aprendeu a gritar o “Briosa” que lhe ensinaste. Mais um para o nosso clube do coração)

Homens

Uma coisa interessante que está a acontecer na nossa igreja é o facto de Deus lhe estar a acrescentar homens. Até há um tempo atrás, a igreja era constituída predominantemente por mulheres. Hoje já não é assim. Há dias, no culto, durante o louvor, dividimos um cântico entre homens e mulheres. Na parte em que eram só os homens a cantar, eu estava à espera de ouvir uma voz de conjunto mais baixa e tímida. Qual quê! Surpreendentemente, os homens (que já são mais) louvaram ao Senhor de uma forma tão intensa e profunda, que ficámos todos muito tocados com aquele louvor. Arrepiante.
(Louvado seja o nosso Deus)

"Couva"

Apresento-lhe o prato do jantar. Bacalhau, batatas, ovo e bróculos. Tudo em pedaços muito pequenos.
-“O que é isto?” – pergunta-me ele.
Estremeço com a pergunta (por causa dos bróculos…) e começo a responder-lhe:
- “É delicioso!” (pausa) “É bacalhau, batatinhas, tété…” (pausa) Fico à espera que ele se contente com esta resposta, mas ele diz-me de imediato…
-“E… e….”
(Começo a ficar aflita…)
-“E… e… couva!! (couve)” – conclui ele com um enorme sorriso malandro.
(espertalhão)

Hora de ponta

Baby Shower

Na 2ª feira passada, as mulheres da nossa igreja fizeram, em nossa casa, um Baby Shower para a Mariana. Recebi muitas prendas cor-de-rosa, coisas lindas. Rimo-nos imenso. Mas os momentos que mais me tocaram foram aqueles em que orámos juntas por esta bebé, que já amamos tanto...

Letra A

A Alê desafiou-me a falar de palavras com a letra inicial do meu nome: a letra A. Para além da própria Alê (que também se inicia com "A"), aqui vai uma pequena lista de palavras que me são muito queridas:

Açores: há dias, disseram-me que quando falo dos Açores os meus olhos brilham. Nunca me tinha apercebido disso, mas se "os olhos são o espelho da alma" então faz todo o sentido. Não é pequeno o amor que Deus tem semeado no meu coração por esta terra e por estas gentes. Os meus filhos são açorianos. Seja o que for que o futuro me reservar, os Açores já nunca mais se vão despegar de mim.

Ameixas: em miúda tratavam-me por "Maria Ameixa". Escusado será explicar o porquê. Nunca me esqueço de umas férias de verão em que trabalhei na apanha da ameixa... apanhava uma, comia duas... Até hoje gosto imenso de fruta e de ameixas então...

Avós: Hoje em dia, resta-me uma avó, de quem sou a cara chapada, mas que, infelizmente, vive a muitos e muitos quilómetros de distância de mim. Consola-me saber que os restantes avós estão todos na presença do Senhor. Todos eles pessoas marcantes, únicas, que recordo com muitas saudades.

Abraçar: é uma das coisas melhores desta vida. Abraçar o meu marido, o meu filho... Abraçar a família nas chegadas do aeroporto... abraçar os meus amigos, os irmãos da igreja...

Amigo: Jesus. Nunca contou a ninguém os segredos que lhe confidencio. Tem sempre tempo para me ouvir e interessa-se sinceramente por tudo o que se passa comigo. Dá-me presentes que estava longe de merecer. Tem-me ajudado a transformar a minha maneira natural de ser (que não é nada boa). Nunca me falhou. Perdoa-me sempre. Ama-me muito e acha-me especial. Não consigo imaginar a minha vida sem este Amigo.

Passo este desafio à Daniela.

A lancha para o Pico, ontem...

http://www.youtube.com/watch?v=Wbvz2SnbPMk

32 semanas

Mariana com 2 Kg e volta dada. Está quase...

Um verdadeiro super-herói

Depois do que vi hoje de manhã no Canal Panda não posso mais concordar com a teoria de que todos os desenhos animados são péssimos. Na série "Maya & Miguel" surgiu hoje uma nova personagem: o André. O mais recente vizinho do bairro onde moram os gémeos Maya e Miguel tem a particularidade que se pode ver na imagem acima: falta-lhe um braço. No entanto, as crianças que assistiram ao episódio de hoje puderam aprender que o André, mesmo sem ter um braço, é um menino igual aos outros e um bom desportista. No final, o meu filho dizia-me: "O André não tem um braço, partiu-o. Mas (ainda) tem um!" (como quem diz que um braço era suficiente para fazer todas as coisas). Achei-lhe graça.

Gostei muito de ver este importante tema ser abordado com tanta naturalidade. E a mensagem passou para as crianças.

Sinais dos tempos

Hoje, na minha consulta de obstetrícia, estavam cinco mulheres grávidas na sala de espera. Duas estavam a vigiar o decorrer da gravidez. Três íam fazer uma interrupção voluntária da gravidez.

"Jacob dois-dois"

Há um desenho animado que eu consigo compreender perfeitamente e com o qual me identifico um pouco. É o "Jacob dois-dois" (versão portuguesa de "Jacob two-two"). O Jacob é um menino tímido, mas interiormente determinado. Por graça, apelidam-no de "dois-dois" porque tem de repetir as coisas duas vezes para ser ouvido.

Já uma vez falei aqui acerca de timidez. E aquilo que disse nessa altura continua a repetir-se até hoje. Deus continua a envolver-me frequentemente em situações "impróprias para tímidos", o que me faz depender da força Dele continuamente.

Desta vez, foram as palestras que tive de fazer em várias ilhas. É curioso que, quando oro ao Senhor e me coloco na sua dependência, consigo dar uma palestra de uma hora, para várias dezenas de pessoas, com a mesma tranquilidade com que respiro. Por outro lado, já me aconteceu ir para uma reunião de trabalho sem ter orado e atrapalhar-me toda para transmitir uma simples informação a meia dúzia de gatos-pingados. Isto são lições de vida que me têm feito interiorizar mais e mais o que o poder de Deus pode fazer em nós.

Mesmo quando se é, por natureza, uma pessoa do tipo "dois-dois", Deus pode usar-nos para abençoar outros.