16 de maio de 2013

Continentalização

Oito anos longe da vida continental é muita coisa. Ainda me estou a adaptar às novidades que vou descobrindo aqui e ali. Por exemplo, no Pingo Doce só se paga com multibanco partir de 20 euros em compras. Sacos já quase ninguém dá, só vendem. Enfim, uma série de pormenores que no Faial inexistem. Mas ontem aprendi uma nova, num café do Parque das Nações. A dada altura, apercebi-me que alguém pediu um "café sem princípio". Sem princípio? O que é isso? A explicação imediata que me deram foi esclarecedora: "Então, um café sem princípio é um café sem o princípio!" Fiquei um pouco baralhada, mas depois de pensar uns segundos, lá percebi "Ah! É um carioca!" Mas, não. A minha conclusão estava totalmente errada. É que não tem nada a ver. Um carioca é o resto do café, é fraquinho. Um café sem princípio é um café igual aos outros, mas em que a pequena chávena só é colocada debaixo da bica da máquina depois de já ter corrido o primeiro jacto de café, que se despediça. Tem a sua arte! Enfim, e foi assim que aprendi que em Portugal continental já há cafés sem princípios.
(Estamos sempre a aprender)

3 comentários:

Avozinha disse...

Parece que tenho que me mudar para Portugal continental...

Adriana disse...

:) Pois, parece que aprendi uma novidade mesmo fresquinha... Ontem, voltei a ouvir. :)

Dulce disse...

Tb aprendi essa há pouco. Parece que se chama igualmente "um café sem ponta". Sem ponta por onde se lhe pegue, é o que é!