2 de maio de 2007

Crise

Quando o nosso filho viu que, naquele que tem sido o seu quarto, restava pouco mais do que as paredes azuis que o pai pintou ainda há poucos meses, deitou-se no chão, de barriga para baixo, com a cabeça escondida entre as mãos e começou a dizer com voz de choro: “O nem-nem, o nem-nem!”. O “nem-nem” é o boneco com que ele dorme desde pequenino. Emocionada, mas a tentar fazer-me forte, peguei-lhe e fui-lhe mostrar que ainda ali estava o “nem-nem”. Abraçou-o com muita força e perguntou-me: “O bebé?” O bebé é um ursinho, mais novo do que o “nem-nem”, com quem ele também gosta de dormir. Fui, então, buscar o “bebé” ou “bebé fofinho” (nome completo), e ele também o abraçou com muita força. Explicámos-lhe que vai ter uma casa nova, com um quarto muito bonito, mas não sabemos se ele entendeu. Sabemos que, pelo menos, acalmou-se e, dali a pouco, já estava outra vez a brincar feliz da vida.

6 comentários:

James Bond Indiano disse...

os objectos de vinculação são extremamente significativos na vida das crianças. Ele de certo compreendeu que eles estão bem e a salvo.

Anónimo disse...

Tadinho a defender os filhotes! LOL

Avozinha disse...

A nossa Maria é mais velha, já mudou há quase dois meses e ainda distingue a "casa nova" da "nossa casa"...

Portucale disse...

As crianças habituam-se mais facilmente às mudanças, os adultos... fazem mais filmes!!!
Ainda bem que o os amiguinhos estavam a salvo! Agora vão todos viver uma nova aventura!

Anónimo disse...

sim ele vai abituar se rapido... talvez melhor e mais rapido k voces, o importante foi feito por a salvo os amiguinhos e explicar lhe a situacao.

Anónimo disse...

Tadinho ele ja n via as coisas dele... mas ele vai adurar a casa nova :) beijinhos