7 de maio de 2007

Fervor açoriano

Ouço uma colega de emprego a partilhar com outra como vai ser o seu fim-de-semana: “Na sexta-feira tenho uma reunião do núcleo de escuteiros, no sábado tenho um retiro e promessas, no domingo vou à procissão da N. Sra. de Fátima, que vai passar da freguesia da Conceição para a freguesia da Matriz e na 2ª feira vou à procissão da Matriz para as Angústias.”
Ao ouvir a descrição do programa religioso da minha colega fiquei, mais uma vez, boquiaberta com o fervor dos católicos açorianos. Esta minha colega é casada, tem filhos e tem uma casa para cuidar, mas tem tempo para todas estas actividades.
É curioso que também os evangélicos açorianos não costumam faltar ao culto a meio da semana, nem às reuniões semanais de mulheres. São um exemplo nesta área.


4 comentários:

Anónimo disse...

De facto, querer é poder!

Alecrim disse...

Porque é que há reuniões de mulheres? Para que servem?

(Não é uma crítica, apenas uma pergunta)
Beijinho, Adriana.

Adriana disse...

Alecrim:
Numa terra onde ainda há um estigma grande em relação aos evangélicos e onde muitas pessoas não vão à nossa igreja por terem medo/vergonha que alguém as veja lá entrar, estas reuniões têm sido muito importantes para quebrar esse preconceito. As reuniões de mulheres muitas vezes não são no templo da igreja, mas nas casas das senhoras. São reuniões de partilha, estudo bíblico e, essencialmente, de oração. Como a maior parte das mulheres começou a frequentar a igreja há poucos anos, nestas reuniões podem esclarecer dúvidas de uma maneira mais pessoal e partilhar as suas dificuldades na caminhada cristã (muitas vezes sofrem a oposição da família e amigos). Tem sido através destas reuniões que algumas mulheres foram evangelizadas e estão hoje na igreja.
Beijinhos (gostei do novo blogue!)

Raquel Úria disse...

Mas acho que mesmo cá no continente, nos meios menos urbanos também continua a ser assim. Talvez não tanto, mas quase. Conheço muitos católicos que passam a vida em actividades da igreja (alguns também já foram meus colegas de trabalho).