Quando, no ano passado, começámos a perceber que Deus nos estava a orientar
no sentido de regressarmos ao continente para aqui servirmos a Sua igreja,
houve um aspeto que, desde logo, nos fez refletir: o meu emprego. Depois de
vários anos como contratada, eu tinha entrado recentemente para os quadros da
Administração Pública – tinha um “emprego para a vida”. Decidimos entregar esse
assunto nas mãos de Deus e continuámos a buscar a Sua vontade. Havia, porém, um
pormenor muito delicado neste processo: é que as transferências dos Açores para
o Continente estavam (e estão), na prática, “congeladas”. Logo, o mais certo seria eu não
conseguir transferir-me e perder o meu vínculo. O Senhor acabou por nos levar a
perceber que era mesmo para voltarmos e quando Deus fala só nos resta obedecer (pois a
Sua vontade é sempre boa e perfeita). Assim sendo, falei com o meu chefe, expus
a situação e comecei a tentar uma transferência para o continente. Começou
então a surgir uma hipótese de transferência para Lisboa, mas sem certezas.
Curiosamente, em fevereiro, no dia em que estávamos a sair da nossa casa nos
Açores, para apanharmos o avião para Lisboa, o meu telemóvel tocou. Pousei as
malas, atendi o telemóvel, e era o meu chefe a dizer que a transferência tinha
sido autorizada. Percebemos que Deus estava no controlo da situação. Viemos
para Lisboa em paz, eu iria começar a trabalhar em março. Porém, daí para a
frente, o processo começou a embrulhar e a embrulhar, o que me levou a ter de
meter uma licença sem vencimento até que tudo ficasse resolvido. Os meses foram-se
passando e nunca mais se via uma luz ao fundo do túnel. Era uma assinatura que
faltava, era um papel que tinha de ser junto, era um pormenor que tinha de ser
retificado, o processo mais parecia não ter fim. A Igreja de Queluz foi
extremosa durante todo este processo. Oraram por nós, sustentaram-nos, apoiaram-nos
em tudo. A demora foi tanta que, a dada altura, comecei a temer que não se
resolvesse mais. Decidi, então, candidatar-me a um concurso público - o curso
de estudos avançados em gestão pública - que abriu aqui no continente e que,
findo o qual, me daria acesso a um lugar na Administração Pública de cá. Pela
graça de Deus, fiquei apurada neste concurso, mas, ainda antes do curso
começar, a minha transferência dos Açores para Lisboa, finalmente, resolveu-se!
Comecei a trabalhar na 6ªf passada, mantendo assim o meu vínculo e continuando
ligada a um serviço que creio que vou gostar muito. Estou muito feliz e
agradecida a Deus também pelos meses em que estive em casa, acompanhando o meu
marido, os meus filhos e a igreja, nesta fase de adaptação ao continente e ao
novo ministério. Nada aconteceu por acaso. Tudo aconteceu no tempo certo. Não
foi fácil a espera, foi muito duro. Mas saímos desta experiência com uma visão ainda
mais reforçada da soberania de Deus e da Sua fidelidade. Deus é BOM!
5 comentários:
Sempre! Ele é Sempre bom.
Que bom Adriana!
Beijinhos!
Nota: gostei demais de te conhecer ao vivo e a cores! És mesmo uma luz!
Durante estes meses, pensei muitas vezes de mim para comigo como era bom poderes estar tão disponível para a adaptação... Mesmo a trabalhar, sei que continuas, agora que já conheces os cantos à casa...
:)
A mão de Deus em tudo:)
Alegramo-nos convosco.
Realmente....Senhor é fiel
admirável testemunho
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